Anselmo e Descartes, dois Argumentos Lógico-teológicos
DOI:
https://doi.org/10.26512/rfmc.v8i1.31015Palavras-chave:
a existência de Deus, Descartes, Anselmo, lógica clássica, lógica intuicionistaResumo
Este texto é uma versão profundamente revisada de uma conferência realizada sobre esse assunto em fevereiro de 2018, durante a jornada de estudo em Nancy, nos Arquivos Vuillemin, e em maio de 2018, na Universidade de Brasília. Ao contrário do que afirmei nessas conferências, como em uma publicação anterior, a formalização do argumento de Descartes (que desenvolvo aqui em dedução natural) mostra que uma lógica mínima não é suficiente para traduzir o argumento de Descartes; a lógica intuicionista é necessária para que esse argumento seja válido. Se a tradução do argumento de Anselmo que eu apresento no início contradiz a análise e as conclusões de Vuillemin sobre esse assunto, por outro lado, a interpretação de Vuillemin do sistema de Descartes como uma filosofia intuicionista é confirmada pela formalização que segue. Por fim, o pluralismo filosófico próprio do espírito da classificação de Vuillemin também é esclarecido pela conclusão deste artigo.
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