Estoicismo, Ceticismo e Consciência Infeliz

Uma Alegoria Hegeliana da Modernidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rfmc.v8i2.29355

Palavras-chave:

Hegel, Fenomenologia do Espírito, Estoicismo, Ceticismo, Consciência Infeliz

Resumo

O presente artigo busca sugerir que, já na Fenomenologia do Espírito (1807), Hegel desenvolve uma leitura historicista do desenvolvimento do direito na modernidade. Escrita a partir de metáforas, propomos que a tríade estoicismo, ceticismo e consciência infeliz referenciaria o percurso do pensamento moderno, perpassando a doutrina do contrato social, o construtivismo moral de Kant, e a eticidade hegeliana ”“ lida, aqui, a partir do entendimento de que o direito se subjuga à ética contextualmente situada, manifesta na religião. As consequências para essa leitura consolidam-se na percepção de que Hegel, na Fenomenologia do Espírito, traça a visão de que é preciso superar o dualismo entre consciência e natureza, a fim de compreender que a própria experiência ética fornece os termos da razão que, por sua vez, reflete e incorpora a natureza.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Henrique Raskin, Universidade Positivo

Coordenador e Professor de Relações Internacionais na Universidade Positivo. Doutor em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (aprovado com louvor, 2019) e mestre em Ciência Política pela Columbia University (2014), possui graduação em Relações Internacionais pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (2012). Foi Professor Substituto no Curso de Relações Internacionais da Universidade Federal do Pampa (2017) e possui produções acadêmicas nos seguintes temas: Relações Internacionais, Teoria Política, Filosofia Política, História do Pensamento Filosófico, Idealismo Alemão e Filosofia da Ciência.

Referências

FRATESCHI, Yara. A Física da Política: Hobbes contra Aristóteles. Campinas: Editora da Unicamp, 2008.
HEGEL, Georg Wilhelm Friedrich. Grundlinien der Philosophie des Rechts oder Naturrecht und Staatswissenschafl im Grundrisse [PhR]. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 1989.
__________. Linhas Fundamentais da Filosofia do Direito [FD]. Tradução: Paulo Meneses et al. São Leopoldo: Ed. Unisinos, 2010.
__________. Fenomenologia do Espírito [FE]. Tradução: Paulo Meneses. 8ª edição. Petrópolis: Vozes, 2013.
__________. Phänomenologie des Geistes [PhG]. Frankfurt am Main: Suhrkamp Verlag, 1989.
HOBBES, Thomas. Leviatã ou Matéria, forma e poder de um estado eclesiástico e civil. Tradução: João Paulo Monteiro e Maria Beatriz Nizza da Silva. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
HYPPOLITE, Jean. Introdução à Filosofia da História de Hegel. Lisboa: Edições 70, 1983.
KANT, Immanuel. Crítica da Razão Prática [CRPr]. Tradução: Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1986.
__________. Kritik der praktischen Vernunft [KpV]. Leipzig: Reclam, 1986.
LOCKE, John. Dois Tratados Sobre o Governo. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
LUFT, Eduardo. “Subjetividade e Natureza”. In: UTZ, Konrad; BAVARESCO, Agemir; KONZEN, Paulo Roberto. Sujeito e Liberdade na Filosofia Moderna Alemã. Porto Alegre: Evangraf, 2012.
RAWLS, John. Lectures on the history of moral philosophy. Cambridge: Harvard University Press, 2000.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem da desigualdade. Tradução: Maria Lacerda de Moura. 2002a. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/desigualdade.pdf>.
__________. Do Contrato Social. Tradução: Rolando Roque da Silva. 2002b. Disponível em: <http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/contratosocial.pdf>.
WAHL, Jean. Le Malheur de la Conscience dans la Philosophie de Hegel. Presses Universitaires de France: Paris, 1951.
WEBER, Thadeu. Ética e Filosofia Política: Hegel e o Formalismo Kantiano. 2ª edição. Porto Alegre: EdiPucrs, 2009.
ZAGORIN, Perez. Hobbes and the Law of Nature. Princeton: Princeton University Press, 2009.

Downloads

Publicado

31-12-2020

Como Citar

RASKIN, Henrique. Estoicismo, Ceticismo e Consciência Infeliz: Uma Alegoria Hegeliana da Modernidade. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, [S. l.], v. 8, n. 2, p. 233–250, 2020. DOI: 10.26512/rfmc.v8i2.29355. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/29355. Acesso em: 26 dez. 2024.