Abrantes, o Naturalismo e o Teísmo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rfmc.v6i1.20225

Palavras-chave:

Paulo Abrantes. naturalismo. teísmo. filosofia da mente. epistemologia.

Resumo

Este artigo pretende apresentar e discutir as principais teses de Paulo Abrantes acerca do naturalismo, um dos temas que ele mais desenvolveu em sua trajetória acadêmica. Percorrendo a maior parte de seus textos mais importantes sobre o assunto, o texto se debruça sobre a exposição que Abrantes faz sobre o naturalismo na epistemologia e filosofia da ciência, de um lado, e na filosofia da mente e metafísica, por outro lado. Seu trabalho mostra a grande diversidade de abordagens encontradas sob o título de “naturalista” nessas áreas da pesquisa filosófica. Abrantes aponta para uma distinção básica entre naturalismo metafísico e naturalismo metodológico. Embora aponte para a possibilidade de um naturalismo metodologicamente neutro, ele parece estar mais inclinado a admitir que mesmo o naturalismo metodológico tem de assumir compromissos ontológicos. Em vista do contraste com a metafísica teísta, que ajuda a entender melhor o que unifica os diferentes tipos de naturalismo, o artigo avalia os argumentos em favor do naturalismo metafísico mínimo admitido por Abrantes e propõe que, tanto para se entender o naturalismo em filosofia quanto em ciências naturais, a versão metodológica neutra é a mais recomendada.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Agnaldo Portugal, Universidade de Brasília

Professor do Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília (UnB).

Referências

ABRANTES, Paulo & ALMEIDA, Fábio. P. L. “Criacionismo e Darwinismo confrontam-se nos tribunais ... da razão e do direito”. Episteme (Porto Alegre), v. 24, 2006, pp. 357-401.

ABRANTES, Paulo & BENSUSAN, Hilan. “Conhecimento, ciência e natureza: cartas sobre o naturalismo”. In: SIMON, Samuel (org.) Filosofia e Conhecimento: Das formas platônicas ao naturalismo. Brasília: EdUnB, 2003, pp. 273-333.

ABRANTES, Paulo. “Naturalizando a epistemologia”. In: ABRANTES, Paulo (org.) Epistemologia e Cognição. Brasília: Editora UnB, 1994, pp. 171-218.

ABRANTES, Paulo. “Naturalismo epistemológico: apresentação”. Cadernos de História e Filosofia da Ciência (UNICAMP), Campinas, v. 8, n.2, 1998, pp. 7-26.

ABRANTES, Paulo. “Naturalismo em Filosofia da Mente”. In: FERREIRA, A et alii (Org.) Encontro com as Ciências Cognitivas. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2004a. V. 4, p. 5-37.

ABRANTES, Paulo. “Metafísica e Ciência: o Caso da Filosofia da Mente”. In: CHEDIAK, Karla; VIDEIRA, Antonio Augusto Passos (Org.). Temas de Filosofia da Natureza. Rio de Janeiro: UERJ, 2004b, pp. 210-239.

ABRANTES, Paulo. T. “Nagel e os Limites de um Reducionismo Fisicalista (Uma introdução ao artigo ‘What is it like to be a bat?”’. Cadernos de História e Filosofia da Ciência. Campinas, Série 3, v. 15, n. 1, 2005, pp. 223-244.

ABRANTES, Paulo. “El programa de una epistemología evolucionista”. In: ROSAS, Alejandro (ed.). Filosofía, Darwinismo y Evolución. Bogotá: Universidad Nacional de Colombia, 2007, pp. 121-179.

ABRANTES, Paulo. Método e Ciência ”“ Uma Abordagem Filosófica. Belo Horizonte: Fino Traço, 2013.

ABRANTES, Paulo. Imagens de natureza, Imagens de Ciência. 2. ed. ”“ revista e ampliada. Rio de Janeiro: Editora da UERJ, 2014.

ARTIGAS, M.; SANGUINETI, J. Filosofía de la Natureza. Pamplona: Ediciones Universidad de Navarra, 1984.

CRISP, Thomas. “On Naturalistic Metaphysics”. In: CLARK, Kelly (ed.) The Blackwell Companion to Naturalism. Oxford: Blackwell, 2016, pp. 61-74.

CHURCHLAND, Patricia. “Epistemology in the age of neuroscience”. Journal of Philosophy LXXXIV, October 1987, pp. 544-552.

DARWIN, Charles. “Letter to William Graham, Down, 3rd of July, 1881”. In DARWIN, Francis (ed.) The Life and Letters of Charles Darwin including an Autobiographical Chapter. London: John Murray, Vol. 1,

, pp. 315-16.

DARWIN, Charles. On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life. 2nd edition, London: John Murray, 1860.

DAVIDSON, Donald. “Mental events”. In: ROSENTHAL D. (ed.) The Nature of Mind. New York: Oxford University Press, 1991, p. 247-56.

HACKING, Ian. Representing and Intervening ”“ Introductory Topics in the Philosophy of Natural Sciences. Cambridge: Cambridge University Press, 1983.

HALVORSON, Hans. “Why Methodological Naturalism?”. In CLARK, Kelly (ed.) The Blackwell Companion to Naturalism. Oxford: Blackwell, 2016, pp. 136-149.

LEVINE, Joseph. “Naturalism and Dualism”. In: CLARK, Kelly (ed.) The Blackwell Companion to Naturalism. Oxford: Blackwell, 2016, pp. 209-219.

McGINN, C. The Problem of Consciousness. Oxford: Blackwell, 1993.

NAGEL, Thomas. The Last Word. Oxford: Oxford University Press, 1997.

PLANTINGA, Alvin. Warrant and Proper Function. New York/Oxford: Oxford University Press, 1993.

PLANTINGA, Alvin. Where The Conflict Really Lies ”“ Science Religion and Naturalism. New York/Oxford: Oxford University Press, 2011.

QUINE, Willard V. “On What There is”. The Review of Metaphysics, Vol. 2, No. 5 (Sep., 1948), pp. 21-38.

REA, Michael. World Without Design ”“ The Ontological Consequences of Naturalism. Oxford: Oxford University Press, 2002.

RUSE, Michael Can a Darwinian Be a Christian? The Relationship between Science and Religion. Cambridge: Cambridge University Press, 2000.

SEARLE, John. The Mistery of Consciousness. New York: The New York Review of Books, 1997.

Downloads

Publicado

10-12-2018

Como Citar

PORTUGAL, Agnaldo. Abrantes, o Naturalismo e o Teísmo. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, [S. l.], v. 6, n. 1, p. 73–104, 2018. DOI: 10.26512/rfmc.v6i1.20225. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/20225. Acesso em: 26 abr. 2024.