Abrantes, o Naturalismo e o Teísmo

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DOI :

https://doi.org/10.26512/rfmc.v6i1.20225

Mots-clés :

Paulo Abrantes. naturalismo. teísmo. filosofia da mente. epistemologia.

Résumé

Este artigo pretende apresentar e discutir as principais teses de Paulo Abrantes acerca do naturalismo, um dos temas que ele mais desenvolveu em sua trajetória acadêmica. Percorrendo a maior parte de seus textos mais importantes sobre o assunto, o texto se debruça sobre a exposição que Abrantes faz sobre o naturalismo na epistemologia e filosofia da ciência, de um lado, e na filosofia da mente e metafísica, por outro lado. Seu trabalho mostra a grande diversidade de abordagens encontradas sob o título de “naturalista” nessas áreas da pesquisa filosófica. Abrantes aponta para uma distinção básica entre naturalismo metafísico e naturalismo metodológico. Embora aponte para a possibilidade de um naturalismo metodologicamente neutro, ele parece estar mais inclinado a admitir que mesmo o naturalismo metodológico tem de assumir compromissos ontológicos. Em vista do contraste com a metafísica teísta, que ajuda a entender melhor o que unifica os diferentes tipos de naturalismo, o artigo avalia os argumentos em favor do naturalismo metafísico mínimo admitido por Abrantes e propõe que, tanto para se entender o naturalismo em filosofia quanto em ciências naturais, a versão metodológica neutra é a mais recomendada.

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Biographie de l'auteur-e

Agnaldo Portugal, Universidade de Brasília

Professor do Departamento de Filosofia da Universidade de Brasília (UnB).

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Publié-e

2018-12-10

Comment citer

PORTUGAL, Agnaldo. Abrantes, o Naturalismo e o Teísmo. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, [S. l.], v. 6, n. 1, p. 73–104, 2018. DOI: 10.26512/rfmc.v6i1.20225. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/20225. Acesso em: 22 déc. 2024.