A RESSACA PÓS-HUMANISTA
HUMANOS, PÓS-HUMANOS E O CUSTO DA COMPLEXIDADE
Palavras-chave:
Pós-humanismo, Complexidade, Ontologia Orientada ao Objeto, Teoria do Ator-Rede, Teoria SocialResumo
O humanismo não é apenas uma coceira sutil nas costas da modernidade, um simples detalhe filosófico nas mãos de um indivíduo ou grupo. Talvez, essa matriz humanista permanece dissolvida no meu cotidiano, nos seus mínimos detalhes insuspeitos, como uma espécie de cola impossível de remover. E se ela for, antes de qualquer viagem especulativa ou deslize de caráter de figuras bizarras, uma instituição, ou melhor, várias instituições dissolvidas na própria materialidade do cotidiano? E se o preço do seu abandono for enorme, ainda assim valeria a pena? Caso a resposta seja positiva, como eu defendo nesse ensaio, o que deve ser feito? Vamos explorar um pouco algumas das implicações do pós-humanismo, em especial os custos quando é levado até as últimas consequências. Na busca de uma resposta razoável, três características revelam esse suposto deslize, descritas aqui em três seções: o humanismo ético, político e epistêmico.
Downloads
Referências
BALZAC, Honoré. A comédia humana: estudos de costumes: cenas da vida privada. São Paulo: Globo, 2012.
BENNETT, Jane. Vibrant Matter: A Political Ecology of Things. Durham: Duke University Press, 2010.
BERGSON, Henri. As duas fontes da moral e da religião. São Paulo: Editora Zahar, 1932.
BRYANT, Levi. Democracy of Objects. London: Open Humanities Press, 2011.
DOSTOEVSKY, Fyodor. Notes from underground. Nova York: Vintage Classics, 1994.
DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Os irmãos Karamazov. Rio de Janeiro, Editora abril cultural,1970.
FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: NAU Editora, 1973. p. 21.
GARCIA, Tristan. What is something? An Introduction through Modernity to the Ontology of Form and Object. Scotland: Edinburgh University Press, 2014.
GRUSIN, Richard (Org.). The Non-Human Turn. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2015
HARMAN, Graham. Object-oriented ontology: a new theory of everything. London: Pelican Books, 2018.
HEIDEGGER, Martin. Basic Writings. New York: Harper and Row, 1977
JAMES, William. O pragmatismo: um novo nome para algumas formas antigas de pensar. Lisboa: Imprensa Nacional. 1997.
KAFKA, Franz. Um relatório para uma academia. In: _____. Um médico rural: pequenas narrativas. São Paulo: Editora Companhia das Letras, 2011.
LATOUR, Bruno. The Pasteurization of France. Cambridge: Harvard University Press, 1988.
LUKÁCS, Georg. Ensaios sobre literatura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1965.
MORTON, Timothy. Hyperobjects: Philosophy and Ecology after the end of the world. Minneapolis: University of Minessota Press, 2013.
NIETZSCHE, Friedrich. A Gaia Ciência. São Paulo: Editora Escala, 2006.
NIETZSCHE, Friedrich. Human all too human: A book for free Spirits. London: Edinburgh Press, 1910.
ORWELL, George. A revolução dos bichos. Paraná: UENP, 2000.
SARTRE, Jean Paul. A nausea. Portugal: Europa América, 1968.
SARTRE, Jean-Paul. Existentialism is a Humanism. United States: Yale University, 2007.
SÓFOCLES. The Three Theban Plays. Londres: Penguin Books, 1982
WINNER, Langdon. Do artifacts have politics? Daedalus, v. 109, n.1, pp. 121-136, 1986. Acessado em 23 de maio de 2023. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/20024652
ŽIŽEK, Slavoj. Living in the End of Times. London, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Das Questões
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, sendo o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License o que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
