Ninguém escreve ao coronel: o realismo histórico de Gabriel García Márquez
Mots-clés :
Gabriel García Márquez, Lukács, Ninguém escreve ao coronel, Romance históricoRésumé
Ninguém escreve ao coronel (1958) procura conjugar, no curto espaço de suas noventa e poucas páginas, eventos da história recente da Colômbia, a dimensão humana de um idoso que já esteve no topo de uma hierarquia, e agora não representa nada, com a escassez material de uma família cujo saldo com a vida é um filho morto. Dessa forma, e utilizando as considerações de György Lukács sobre o romance histórico, procuramos defender o isolamento e a privação, que são tema e forma dessa narrativa garciamarqueana, como a figuração da totalidade de um período histórico específico que vai tragar as personagens, consumir suas forças e se alimentar da sua aparente inação.
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