História(s) e memória(s) de resistência no romance A casa velha das margens, de Arnaldo Santos
Mots-clés :
Século XIX. Angola. Memória de resistência. Romance.Résumé
Ao lermos o romance angolano A casa velha das margens (1999), acompanhamos o protagonista Emídio Mendonça, filho de um colono português e de uma negra natural da terra, em uma viagem da capital Luanda até a região do Dondo, território simbólico de sobrevivência das tradições locais. Também retornamos ao século XIX, momento histórico em que os naturais da terra e aqueles que com ela se identificaram passaram a se utilizar com maior veemência da escrita para defender seus interesses. Neste breve trabalho, veremos como a recuperação de um período de resistência do país, por meio da elaboração ficcional, permite lançar reflexões possíveis e pertinentes sobre os papéis da memória e sua contribuição para o momento em que a obra foi lançada.
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