Ancestralidade e identidade no romance “O caminho de casa”, de Yaa Gyasi

Autores

  • Fernanda Bortoletto Universidade Estadual de Maringá
  • Geniane Diamante Ferreira Ferreira Universidade Estadual de Maringá

DOI:

https://doi.org/10.26512/cerrados.v33i66.54865

Palavras-chave:

Ancestralidade, Identidade, Literatura Pós-Colonial

Resumo

Este estudo tem como objetivo analisar as representações da ancestralidade no romance O caminho de casa (2017), da autora ganense Yaa Gyasi. O trabalho representa um recorte da dissertação de mestrado de uma das autoras e apresenta primeiramente o romance sob foco e então as relações ancestrais entre os personagens entre si e também com o próprio continente africano. Como esse é um romance eivado de personagens femininas, não olvidamos de tratar a questão de gênero, mesmo porque a África, em si, se configura como a mãe, o útero da humanidade. Para abordar o tema da ancestralidade, nos atemos a alguns dos símbolos da obra e nos pautamos na teoria de Smolka (2000) e Oliveira (2005). Já quanto à pauta do gênero, correlacionada com o pensamento e história de Gana, lançamos mão da fundamentação teórica fornecida por Heide Göttner-Abendroth (2013) e Blay (2009).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADEBANWI, Wale. Death, national memory and the social construction of heroism. The Journal of African History. Vol. 49, n. 3, nov. 2008, p. 419-444. https://doi.org/10.1017/S0021853708003642.

AGYEKUM, Kofi. The Sociolinguistic of Akan Personal Names. Nordic Journal of African Studies, v. 15, n. 2, 2006. https://doi.org/10.53228/njas.v15i2.24

BLAY, Yaba Amgborale. Color Symbolism. In: ASANTE, Molefi Kete; MAZAMA, Ama (eds.). Encyclopedia of African religion. Los Angeles: SAGE Publications Ltd., 2009.

BLAY, Yaba Amgborale. Asase Yaa. In: ASANTE, Molefi Kete; MAZAMA, Ama (eds.). Encyclopedia of African religion. Los Angeles: SAGE Publications Ltd., 2009.

CÉSAR, Chico. Chico César. Mama África (Remasterizado). YouTube, 2022. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=xKL_aJEcNJg> Acesso em: 10 nov. 2022

CHEVALIER, Jean; GHEERBRANT, Alain. Dicionário de símbolos: mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números. Tradução de Vera da Costa e Silva, Raúl de Sá Barbosa, Angela Melim e Lúcia Melim. 16. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 2001.

GYASI, Yaa. O caminho de casa. Tradução de Waldéa Barcellos. 1 ed. Rio de Janeiro: Rocco, 2017.

HOOKS, Bell. O feminismo é para todo mundo: políticas arrebatadoras. Tradução de Bhuvi Libanio. 15. Ed. Rio de Janeiro: Rosa dos tempos, 2021.

LEITE, Fábio. Valores civilizatórios em sociedades negro-africanas. África: Revista do Centro de Estudos Africanos. USP, São Paulo, v. 18-19, n. 1: pp. 103-118, 1995/1996

LILLY, Weckea. Fire. In: ASANTE, Molefi Kete; MAZAMA, Ama (eds.). Encyclopedia of African religion. Los Angeles: SAGE Publications Ltd., 2009.

MARTIN, Denise. Rocks and stones. In: ASANTE, Molefi Kete; MAZAMA, Ama (eds.). Encyclopedia of African religion. Los Angeles: SAGE Publications Ltd., 2009.

MAZAMA, Ama. Ogun. In: ASANTE, Molefi Kete; MAZAMA, Ama (eds.). Encyclopedia of African religion. Los Angeles: SAGE Publications Ltd., 2009.

OLIVEIRA, Eduardo David de. Filosofia da ancestralidade: corpo e mito na filosofia da educação brasileira. 353f. - Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Educação Brasileira, Fortaleza (CE), 2005.

SMOLKA, Ana Luiza Bustamante. A memória em questão: uma perspectiva histórico-cultural. Educação & Sociedade. Ano XXI, n. 71, jul, 2000. p.166-193.https://doi.org/10.1590/S0101-73302000000200008.

Downloads

Publicado

17-12-2024

Como Citar

Bortoletto, F., & Diamante Ferreira Ferreira, G. (2024). Ancestralidade e identidade no romance “O caminho de casa”, de Yaa Gyasi. Revista Cerrados, 33(66), 7–16. https://doi.org/10.26512/cerrados.v33i66.54865

Edição

Seção

Literatura e teoria de autoria negra no Atlântico Sul