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Resenha
1 As resenhas devem ter de 1.200 a 1.400 palavras. O número total de palavras deve incluir o texto e peritextos, ou seja, incluir os títulos, os resumos e palavras-chave (nos dois idiomas), as referências bibliográficas, notas de rodapé etc.
2. Extensão dos arquivos: Os arquivos devem ter extensão .doc, .docx ou .rtf.
3. As resenhas devem, obrigatoriamente, conter:
a) Título, que corresponde à referência da obra resenhada no formato ABNT;
b) Referências, em formato ABNT, em lista ao final do texto (vide seção “Referências”), caso haja citações. Só devem ser incluídas nas referências obras efetivamente citadas.
4. Não serão aceitas resenhas de textos publicados há mais de 2 anos da data da submissão da resenha ao sistema.
Fabulações e cenas especulativas
A proposta deste dossiê temático é estimular artigos que analisem fabulações e cenas especulativas atentas às histórias alternativas aos arquivos oficiais. Afrofuturismo e ficções científicas, perspectivismos ameríndios e multinaturalismos, realidades mais-que-humanas, narrativas não-humanas, viradas animais e cosmologias decoloniais receberão uma atenção especial para esta edição. Trata-se de um paradigma emergente, em consolidação, que revisa criticamente modos mais oficiais, realistas e canônicos de narrativa nas artes e na literatura. Se, segundo Sadya Hartman, os arquivos de vigilância são incapazes de abarcar a história da pulsão das vidas rebeldes dos guetos negros, a ficção especulativa revela-se como uma fonte, uma forma de escrita histórica que não se conforma com a violência e a violação das narrativas hegemônicas. Mundos futuros, mundos em ruínas e lacunares ensejam, portanto, narrativas que propõem outros mundos. Serão bem-vindas obras de caráter comparatista, que situam suas análises nas fronteiras ou fricção de linguagens, como o cinema, a literatura, a artes dramáticas, a cultura pop, as séries de TV e as artes visuais.
Literatura negra e indígena no Brasil
A literatura oral nunca fez parte do cânone, que sempre privilegiou a escrita, legitimada pela branquitude, pela colonialidade e pelo Império. São séculos de apagamento, silenciamento, invisibilidade, epistemicídio e desumanização. Temos uma dívida impagável com os ancestrais desse país que fundaram a nação e ficaram fora dela, subalternizados e apagados da história. Este dossiê é uma forma de reparação, uma tentativa de dar visibilidade à luta dos povos originários e negros deste país. Este número da Revista Cerrados aceitará artigos que contribuam para fomentar a discussão sobre a literatura negra e indígena feita no Brasil, na perspectiva da oralidade, da ancestralidade e das resistências.
Literatura e teoria de autoria negra no Atlântico Sul
Com intuito de dar visibilidade à produção da crítica contemporânea negra, esta chamada propõe um volume de ensaios e artigos orientados pela interseção entre literatura e teoria de autoria negra no atlântico sul. Desde o início da escravização transatlântica até a diáspora negra do presente, a negritude tem sido uma forma de contestar e subverter o racismo estrutural. Junto com a ação coletiva, definidora de comunidades negras e as relações interraciais, sempre existiu a reflexão, o pensamento e a expressão de autores/autoras, artistas e intelectuais negros e negras. Convidamos, para compor esse dossiê, trabalhos de pesquisa que refletem sobre essas formas de expressão, especialmente literárias, mas também em outros meios artísticos da palavra, e sua conexão e potência para gerar uma política engajada com novas formas de pensar a raça, a negritude, o privilégio branco e a ação coletiva. Desejamos reunir reflexões sobre a imensa e rica produção atual da crítica brasileira em uma dimensão internacional. De que forma as teorias e arte de Abdias de Nascimento, Beatriz Nascimento, Lélia Gonzalez, Denise Ferreira da Silva e Conceição Evaristo, dentre outras/outros, podem dialogar criticamente com autores/autoras negros/negras de outras regiões diaspóricas? Qual é a recepção e influência desses e outras/outros teóricas/os afro-brasileiras/os dentro e fora do Brasil? Qual é o diálogo que no Brasil se produziu com os pensadores negros/negras diaspóricos desde W. E. B. DuBois até Fred Moten? Se o espaço do Atlântico Sul foi uma região de intercâmbio específico, de que forma a produção Luso-Africana, assim como de pensadores/as africanos/as, influencia ou diverge da crítica brasileira? De que forma as religiões de matriz africana, as noções de “ancestralidade” e relações entre o quilombismo e o indigenismo têm marcado a arte e literatura negra brasileira? Há movimentos políticos (Black Lives Matters e movimentos anti-carcerários) e artísticos (afro-futurismo) que tem ultrapassado fronteiras, gerando nova força política nas suas interseções globais? Qual é a potência de interseccionalidade de gênero, de sexualidade e de outras divergências do poder normativo, assim como políticas de aliança não-negra? Com particular interesse, então, com base nessas indagações, serão aceitos trabalhos que considerem: as consequências e potência de conceitos artísticos e políticos desenvolvidos pela crítica negra na dimensão histórica e atual: a “dupla consciência” de W. E. B. DuBois e a teoria de Frantz Fanon; o pan-africanismo e suas versões luso-africanas; o “quilombismo” de Abdias de Nascimento e de Beatriz de Nascimento, as relações com marxismo e a psicanálise de Lélia Gonzales a Neusa Santos Souza, levando em consideração as diferenças entre as perspectivas críticas e teóricas e as noções de comunidade que essas referências geram; a definição de descolonização como “a restauração total do valor expropriado do labor e terra negra e indígena” (Denise Ferreira da Silva); a escrevivência (Conceição Evaristo) como teoria da expressão negra; o afropessimismo (Wilderson) e a ancestralidade (Pinho) como base de política negra; as reparações históricas coletivas e individuais e o afrofuturismo como horizonte imaginário do futuro.
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