Crítica marxiana ao enfrentamento da pobreza nos limites da razão política

Autores/as

  • María Fernanda Escurra Universidade do Estado do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.26512/ser_social.v17i37.13433

Palabras clave:

Marx, Crítica, Gerenciamento, Pobreza

Resumen

Neste artigo explora-se um pequeno texto escrito por Marx em que ele analisa o pauperismo clássico inglês do século XIX e concentra sua crítica nas formas de consciência da burguesia que orientavam o gerenciamento desse fenômeno social nos limites da razão política. Por essa razão, são feitas breves considerações sobre os limites da emancipação política em oposição à emancipação humana. Entendido como problema político, administrativo, de beneficência, ou mesmo atribuído a deficiências individuais do próprio pobre, o fenômeno da pobreza é inteiramente compatível com a “crítica positiva”, tipo de crítica circunscrita ao mundo tal como ele existe. Desde o tempo em que Marx escreveu seu artigo até os dias de hoje, conclui-se que pouco mudou na forma como a pobreza é compreendida pela teoria social corrente. Esta interpretação hegemônica não é capaz de apreender o fenômeno, a sua gênese e persistência, pelo simples fato que não leva em conta a especificidade da forma de organização social capitalista. Daí a necessidade de restaurar a teoria social de Marx como uma "crítica negativa" desta forma de vida social.

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Biografía del autor/a

María Fernanda Escurra, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Assistente Social, Coordenadora de Programa Ambiental da Faculdade de Engenharia da UERJ. Doutora em Serviço Social/UERJ.

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Publicado

2016-06-01

Cómo citar

ESCURRA, María Fernanda. Crítica marxiana ao enfrentamento da pobreza nos limites da razão política. SER Social, Brasília, v. 17, n. 37, p. 296–309, 2016. DOI: 10.26512/ser_social.v17i37.13433. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/13433. Acesso em: 22 jul. 2024.

Número

Sección

Artigos Cientí­ficos - Temáticos

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