Reflexões em torno de uma nova agenda para o enfrentamento da pobreza e das desigualdades sociais

Resumo

O artigo discute a forma como se da a percepção da pobreza no marco das sociedades capitalistas contemporâneas e a  evolução das políticas públicas desenhadas para lidar com o fenômeno, traçando um paralelo entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento. Destaca, inicialmente, o substantivo avanço representado pela emergência e consolidação das políticas de bem-estar no pós-guerra. Trata, na sequência da reinterpreção conceitual da pobreza, sintetiza na noção de exlclusão social e de suas implicações no tocante aos limies da políticas de bem-estar na abordagem desta nova configuração da pobreza. Recupera, rapidamente, a crise e as transformações do capitalismo a partir dos anos 70, para salientar aspectos relacionados à reforma do Estado, onde ressalta a tendência à descentralização e, com ela, o crescente envolvimento do poder local nas ações de combate à pobreza. Salienta, por fim, a complexidada do desafio que se coloca para os governo locais, especialmente no âmbito dos países preriféricos, no desempenho de tal tarefa, seja no tocante à capacidade de mobilização de rescursos ou de promover uma adequada coordenação das ações e atividades afetas à questão.