Da Escravidão ao Trabalho Livre:

contribuições para o trabalho do assistente social

Autores

  • Marcia Campos Eurico FACULDADE PAULISTA DE SERVIÇO SOCIAL - FAPSS SP

DOI:

https://doi.org/10.26512/ser_social.v19i41.14947

Palavras-chave:

Questão Étnico-racial, Questão Social, Trabalho, Serviço Social

Resumo

O artigo busca problematizar a questão étnico-racial, seus contornos específicos no âmbito das relações sociais no Brasil, e o processo de transição do trabalho escravo para o trabalho livre, bem como a manutenção das bases de desumanização da população negra. É o racismo, ao invés da ausência dele, que molda as relações sociais e o processo de trabalho, o que exige que a profissão se aproprie de referenciais teóricos capazes de desvelar a base da desigualdade social, na perspectiva histórica. A análise sobre a significativa presença da população negra no Brasil, sua inserção, em geral, precária no mundo do trabalho e as diversas violações de direito a que está exposta cotidianamente exigem uma luta coletiva, capaz de unir os diversos sujeitos sociais, as diversas áreas do conhecimento e eixos de pesquisa na transformação da realidade social e o Serviço Social não pode fugir desta batalha.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcia Campos Eurico, FACULDADE PAULISTA DE SERVIÇO SOCIAL - FAPSS SP

Doutoranda em Serviço Social - PUC/SP ”“ Área de Pesquisa: racismo institucional, relações inter-raciais. Mestra em Serviço Social ”“ PUC/SP ”“ Dissertação: Questão racial e serviço social: uma reflexão sobre o racismo institucional e o trabalho do assistente social. Docente na Faculdade Paulista de Serviço Social - FAPSS. Assistente Social do Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS. Experiência com projetos de prevenção na área DST/HIV/AIDS: gênero e sexualidade.

Referências

CASHMORE, E.; BANTON, M (et al.). Dicionário de relações étnicas e raciais. Trad. Dinah Kleve. São Paulo: Selo Negro, 2000.

COSTA, E. V. Da senzala à Colônia. 5. ed. São Paulo: Unesp, 2010.

DFID/PNUD. Programa de Combate ao racismo institucional no Brasil. Brasília: 2005.

EURICO, M. C. A percepção do assistente social acerca do racismo institucional. Serviço Social & Sociedade, Ano XXXIII, n. 114, p. 290-310, 2013.

______. Raízes da discriminação racial no Brasil. In: Construindo a Igualdade Racial: II prêmio de artigos científicos. Prefeitura de São Paulo: Cone, 2011.

GUIMARÃES, A. S. A. Racismo e antirracismo no Brasil. São Paulo: 34, 1999.

IANNI, O. A ideia de Brasil moderno. São Paulo: Brasiliense, 1992.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Indicadores sociais mínimos (ISM). Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/populacao/17374-indicadores-sociais-minimos.html>. Acesso em: 05/12/2017.

JACOUDE, L. O combate ao racismo e à desigualdade: o desafio das políticas públicas de promoção da igualdade racial. In: THEODORO, M. (Org.) As políticas públicas e a desigualdade racial no Brasil: 120 anos após a

abolição. Brasília: Ipea, 2008.

MOURA, C. Dialética radical do Brasil negro. São Paulo: Anita, 1994.

______. O racismo como arma ideológica de dominação. Princípios, n. 34, ago.-out./1994a.

ROCHA, R. F. A questão étnico-racial no processo de formação em Serviço Social. Serviço Social e Sociedade, Ano XXX, n. 99, p. 540-561, 2009.

SEYFERTH, G. Colonização, imigração e questão racial no Brasil. Revista USP, n. 53, p. 117-149, mar.-maio/2002.

SILVEIRA JÚNIOR, A. A cultura pós-moderna no Serviço Social em tempos de crise. Temporalis, Ano XVI, n. 31, p. 167-187, jan.-jun./2016.

Downloads

Publicado

06-02-2018

Como Citar

EURICO, Marcia Campos. Da Escravidão ao Trabalho Livre:: contribuições para o trabalho do assistente social. SER Social, Brasília, v. 19, n. 41, p. 414–427, 2018. DOI: 10.26512/ser_social.v19i41.14947. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/14947. Acesso em: 5 out. 2024.