Organizações sociais:

(des)controle social e restrições ao direito à saúde

Autores

  • Karen Santana de Almeida

DOI:

https://doi.org/10.26512/ser_social.v0i15.12940

Palavras-chave:

Política de Saúde, Publicização, Controle social, Eqüidade e organizações sociais

Resumo

As propostas de reforma do Estado-que fizeram parte da agenda governamental nacional e internacional dos anos 90-alteraram a perspectiva de consolidação de um padrão de proteção social (proposto pela Constituição Federal de 1988) das políticas sociais, em especial as de saúde. A criação de Organizações Sociais (publicização) visava à alteração do modelo de prestação de serviços estatais sob o argumento de proporcionar-lhe mais eficiência por meio de uma maior autonomia gerencial e financeira. Entretanto, essas propostas geraram questionamentos em relação ao exercício do controle social e à observância do princípio da eqüidade no acesso aos serviços disponibilizados. À luz dessa discussão teórica ”“ apreendida durante a fase de pesquisa bibliográfica ”“ analisamos a experiência de gestão do Hospital Sarah, enfatizando o acesso aos serviços e a prioridade de atendimento aos usuários. A metodologia da pesquisa de campo baseou-se na análise qualitativa dos dados obtidos em entrevistas com roteiro semi-estruturado e de documentos oficiais.

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Biografia do Autor

Karen Santana de Almeida

Mestre em Política Social pela Universidade de Brasília.

Referências

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Publicado

08/14/2009

Como Citar

ALMEIDA, Karen Santana de. Organizações sociais:: (des)controle social e restrições ao direito à saúde. SER Social, [S. l.], n. 15, p. 115–140, 2009. DOI: 10.26512/ser_social.v0i15.12940. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/12940. Acesso em: 23 abr. 2024.