Política de Assistência Social e a posição da família na política social brasileira

Autores

  • Marta Silva Campos
  • Regina Célia Tamaso Mioto

DOI:

https://doi.org/10.26512/ser_social.v0i12.12932

Palavras-chave:

Família, Assistência social, Política social

Resumo

O artigo discute o lugar que a família ocupa nos sistemas de proteção social. Considera três propostas analíticas relativas ao tema em pauta: a família do provedor masculino, o "familismo" e a família no Estado de Bem-Estar Social de orientação social-democrata. Analisa a posição da família em nossa política social, mediante exame de elementos legais e operacionais e destaca sua relevância na política de assistência da sociedade brasileira. Considerando as tendências de redução da "capacidade protetora" do grupo familiar, devido a transformações demográficas e culturais e ao empobrecimento da população, sugere regressividade da política social vigente já que a expectativa de solidariedade da sociedade passa a centrar-se irrealisticamente na família.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marta Silva Campos

Professora da Faculdade de Serviço Social e do Programa de Estudos Pós- Graduados em Serviço Social da PUC-SP.

Regina Célia Tamaso Mioto

Professora do Departamento de Serviço Social da Universidade Federal de Santa Catarina.

Referências

BARG, L. Los vínculos familiares: reflexiones desde la práctica profesional Buenos Aires, Argentina: Espado Editorial, 2003.

BATTAGLIOLA, F. Des aides aux familles aux politiques familiales 1870-1914. Genèses, Paris, n. 40, p. 144-161, sept. 2000.

BIANCO, L. Sotto lo stesso tetto. In: ARANCIO, S. (a cura). Politiche per le famiglie. Torino: Gruppo Abele, 1995.

BOSCHETTI, I. Seletividade e residualidade na Política de Assistência Social. In: CARVALHO, D.; SOUZA, N. H. B.; DEMO, P. (Org.). Novos paradigmas da Política Social. Brasília: Ocidental, 2002.

CAMPOS, M. S. Democratização e desigualdade social no Brasil: notas sobre algumas implicações profissionais. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, v. 19, n. 57, p. 9-27, jul. 1998.

______. Direitos Sociais no Brasil hoje. Revista Estudos, Goiânia, v. 26, n. 4, p. 547-557, out/dez 1999.

DONATI, P. Famiglia, soggetti e politiche sociali. II Bambino Incompiuto, Roma, n. 2, p. 9-24, 1996.

DE MARTINO, M. Políticas sociales y família: Estado de bienestar y neo-liberalismo familiarista. Fronteras, Montevideo, Uruguay, n. 4, p. 103-114, set. 2001.

ESPING-ANDERSEN, G. Social foundations of postindustrial economies. New York: Oxford University Press, 1999.

______. The three worlds of Welfare Capitalism. Cambridge: Polity Press, 1990.

EUROSTAT. Les femmes et les hommes dans 1'Union Européenne: portrait statistique. Luxembourg: Office des Publications Officielles des Communautés Européennes, 1995.

FARGION, V. Timing and the development of Social Care Services in Europe. West European Politics, special issue on Recasting European Welfare States, v. 23, n. 2, april 2000.

FERREIRA, I. Boschetti. Assistência Social: os limites à efetivação do direito. Katálysis, Florianópolis, n. 4, p.65-74, maio, 1999.

FERRERA, M. // Welfare State in Itália: sviluppo e crisi in prospettiva comparata. Bologna, Itália: II Mulino, 1984.

FOLHA DE SÃO PAULO, São Paulo, 30 out. 2002.

FONSECA, A. M. M. Família e política de renda mínima. São Paulo: Cortez, 2001.

JELIN, E. La tensión entre el respeto a la privacidad y las responsabilidades del Estado. In: FASSLER, C. et al. (Org). Género, família y políticas sociales. Montevideo: Trilce, 1997.

LENOIR, R. Family policy in France since 1938. In: AMBLER, J. S. (Ed.), The French Welfare State: surviving social and ideological change. New York: New York University Press, 1991. p. 144-185.

LEWIS, J. Introduction. In: Politique familiale et place de la famille. In: MIRE. Comparer les systèmes de protection sociaie en Europe du Sud. Paris: MIRE, 1997. v. 3: Rencontres de Florence, p. 329-339.

______. Gender and welfare regimes. In: LEWIS, G.; Recontre de Florence; CLARKE, J. (Ed.). Rethinking social policy, London: Sage, 2000.

MARSHALL, T. H. Política social. Rio de Janeiro: Zahar, 1967.

MARTIN, C. Protection sociaie et protection par la famille: quelques spécificités? In: MIRE. Comparer les systèmes de protection sociaie en Europe du Sud. Paris: MIRE, 1997. v. 3: Rencontres de Florence, p. 341-361.

MIOTO, R. C. T. Novas propostas e velhos princípios: subsídios para a discussão da assistência à s famílias no contexto de programas de orientação e apoio sócio-familiar. Fronteras, Montevideo, p. 94-102, sep. 2001.

PEREIRA, P. A. P. Desafios contemporâneos para a sociedade e a família. Serviço Social e Sociedade, São Paulo, n. 48, p. 103-114, 1995.

______. Necessidades sociais: subsídios à crítica dos mínimos sociais. São Paulo: Cortez, 2000.

PIERSON, P. Three Worlds of Welfare Research. Comparative Politicai Studies, v. 33, n. 6/7, p. 791-821, AugVSept. 2000.

PRUZAN, V. B. Politiche e modelli familiari in Danimarca. In Politiche per le famiglie. Quaderni de Animazione e Formazione. Animazione Sociaie. Pp. 31-36. Torino: Edizione Gruppo Abele, 1995.

ROCHA, M. G. de la. The erosion of a survival odel : urban household responses to persistent proverty. In: GENDER, PROVERITY AND WELL-BEING: INDICATORS AND STRATEGIES, 1997, Kerala. Session IV: Social services, poverty and the reproductive crisis: the urban dimension. Trivandrum, Kerala, 24-27 novembro 1997. (Mimeogr.).

ROCHA, M. G. de la; GRINSPUN, A. Private adjustments: households, crisis and work. In: GRINSPUN, A. (Ed.). Choices for the poor: lessons from national poverty strategies. New York: UNDP, 2001.

SARACENO, C. Mutamenti delia famiglia e politiche sociali in Itália. Bologna, Itália: II Mulino, 1998.

______. The Ambivalent Familism of the Italian Welfare State. Social Politics, Illinois, 60-82, Spring, 1994.

SCHULTEIS, F. La famille: une catégorie du droit social? Une comparaison franco-allemande. In: MIRE. Comparer les systèmes de protection sociale en Europe. Paris: MIRE, 1996. v. 2: Rencontres de Berlin, p. 203-234.

SGRITTA, G. B. Famiglia, mercato e Stato. Milano: Franco Angeli, 1988.

SILVA, M. O. S. A política social brasileira no século XXI: redirecionamento rumo aos Programas de Transferência de Renda. In: CARVALHO, D.; SOUZA, N. H. B.; DEMO, P. (Org.). Novos paradigmas da política social. Brasília: Ocidental, 2002.

VALIENTE, C. Le rejet de I'héritage autoritaire: la politique de la famille en Espagne. In: MIRE. Comparer les systèmes de protection sociale en Europe du Sud. Paris: MIRE, 1997. v. 3: Rencontres de Florence, p. 389-411.

VASCONCELOS, P. Redes de apoio familiar e desigualdade social: estratégias de classe. Análise Social, Lisboa, v. 37, n. 163, p. 507-544, verão, 2002.

YAZBEK, M. C. Política social: assistência social e filantropia. In: CARVALHO, D. B. B. de (Org.). Novos paradigmas da Política Social. Brasília: UNB, Departamento de Serviço Social, 2002.

Downloads

Publicado

08/14/2009

Como Citar

CAMPOS, Marta Silva; MIOTO, Regina Célia Tamaso. Política de Assistência Social e a posição da família na política social brasileira. SER Social, [S. l.], n. 12, p. 165–190, 2009. DOI: 10.26512/ser_social.v0i12.12932. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/SER_Social/article/view/12932. Acesso em: 25 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos Temáticos