Psicologia Fenomenológica da Imaginação em Sartre: A Eidética da Imagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/rfmc.v6i1.20415

Palavras-chave:

Fenomenologia. psicologia fenomenológica. imaginação. imagem. hylé.

Resumo

Este artigo pretende investigar a crítica sartreana da teoria da imaginação tal como esta é esboçada em sua obra A Imaginação (1936): ver-se-á que Sartre pretende dar conta de uma nova variação eidética da consciência, a consciência imaginante, e de seu correlato, a imagem como modo específico que esta consciência imaginante possui para apreender uma presença a partir de uma ausência. Assim, a questão: o que deve ser uma consciência para que ela imagine um X qualquer que não está nem realmente e nem presentemente dado no campo fenomênico? Levando a cabo uma desconstrução teórica das psicologias e filosofias seiscentistas e setecentistas (bem como das psicologias positivistas do século XIX), Sartre espera renovar a teoria da imagem a partir de uma análise eidética: nesta toada, a imagem, como veremos, deixará de ser uma mera sensação renascente ou enfraquecida do objeto real. Além disso, a presente obra em curso de análise pretenderá, igualmente, operar uma crítica precisa à noção husserliana de hylé (matéria da imagem mental).

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Biografia do Autor

Gustavo Fujiwara, Universidade Federal de São Paulo

Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo com doutorado sanduíche na Université Paris VIII. Bolsista FAPESP.

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Publicado

12-12-2018

Como Citar

FUJIWARA, Gustavo. Psicologia Fenomenológica da Imaginação em Sartre: A Eidética da Imagem. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, [S. l.], v. 6, n. 1, p. 343–378, 2018. DOI: 10.26512/rfmc.v6i1.20415. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/20415. Acesso em: 3 jul. 2024.