Re-primarização revisitada:
uma análise das variáveis decisórias no agronegócio argentino da soja (1993”“2015)
DOI:
https://doi.org/10.18472/SustDeb.v9n2.2018.28611Palavras-chave:
Agronegócio da Soja, Argentina, Retenções, Neo-extrativismo, Re-primarizaçãoResumo
A produção argentina de soja da década de 1990 até a década de 2010 mostrou grandes mudanças, tanto
nas técnicas de produção, quanto nas relações de “pingue-pongue” entre o agronegócio e os governos
nacionais. O objetivo deste artigo é apresentar uma nova perspectiva, baseada em estatísticas, sobre
a produção de soja na Argentina. Analisamos as variáveis de inovação tecnológica, previsão do tempo,
preço, expansão territorial e o papel do Estado, para mostrar a extensão de suas influências na tomada
de decisões por parte dos representantes do agronegócio e para subsequente produção e exportação
de soja. Como resultado, mostramos que o recurso primário ‘soja’ não é igual à s commodities de soja
que são exportadas: o refinamento nacional ocorre diluindo o argumento de primarização no debate sobre o neoextrativismo e redefinindo o papel real da soja. Os governos nacionais controlam o poder
de ‘o quê’ e ‘quanto’ é produzido para decidir ‘sob que forma’ a soja será exportada.
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