A Sustentabilidade Integral como força motriz para a mudança paradigmática no estilo de vida humano
DOI:
https://doi.org/10.18472/SustDeb.v8n3.2017.21392Resumo
Desde a Cúpula da Terra do Rio de Janeiro (Cúpula do Rio, Conferência do Rio ou Cúpula da Terra
- Português: ECO92), o termo sustentabilidade passou a ser utilizado em praticamente todas as
reuniões internacionais e adentrou definitivamente na agenda de compromisso de diversas entidades
e empresas. Contudo, aparentemente, o conceito de sustentabilidade permanece uma incógnita em
termos de limites e abrangência. O objetivo do presente artigo científico é introduzir uma discussão
sobre o conceito de sustentabilidade. Dessa forma, a partir de um resgate de seu significado e da
verificação da fluidez de seu conteúdo, apontou-se a ausência de uma clara sistematização conceitual.
Se por um lado esse cenário permite uma contínua expansão de seu conteúdo e o não engessamento
de seu conceito, por outro lado, esse discurso figurado pode acobertar problemas que a sociedade
e seus agentes não querem tratar, mas apaziguar. Portanto, o presente artigo adota o conceito de
sustentabilidade enquanto o despertar do ser humano para o seu potencial e para expansão do seu “eu
interior”. É a assunção da responsabilidade individual, a partir da percepção do agir localmente, até
o comprometimento social que se expande para atitude perante o outro, o entorno e o planeta Terra.
Downloads
Referências
AMADO, N. B. O papel dos recursos naturais na reprodução do processo econômico: contribuição à crítica ecológica do capitalismo. Doctoral dissertation (Doctorate in Science). Post-Graduation in Energy. Environment and Energy Institute (IEE), USP, São Paulo, 2010.
ARODUDU, Oludunsin et al. Towards a more holistic sustainability assessment framework for agro-bioenergy systems””A Review. Environmental Impact Assessment Review, v. 62, p. 61-75, 2017.
AUTY, R. M. Natural resources, capital accumulation and the resource curse. Ecological Economics. 61 (2007), p. 627-634.
BARBIERI, J. C. Desenvolvimento e meio ambiente: as estratégias de mudanças da Agenda 21. 7. Ed. Petrópolis, DJ:Vozes, 2005.
BIRNIE, P.; BOYLE, A. International Law & the Environment. Second edition. Oxford University Press Inc., New York, United States of America, 2002.
CABRAL, W. Sustentabilidade Integral. Available on: http://stoa.usp.br/wagnerk/files/-1/16705/trabalho+de+STPP+-+professor+Cabral.pdf. Accessed on: 10 sep. 2017.
CARVALHO, J. F. O declínio da era do petróleo e a transição da matriz energética brasileira para um modelo sustentável. Doctoral dissertation (Doctorate in Energy). Post-Graduation in Energy. Environment and Energy Institute (IEE), USP, São Paulo, 2009.
CECHIN, A. D.; VEIGA, J. E. A economia ecológica e evolucionária de Georgescu Roegen. Revista de Economia Política, vol. 30, nº 3 (119), jul. /set. 2010, pp. 438-454.
COSTA, H. K. M.; MOUTINHO SANTOS, E. Sustainability and the Allocation of Oil Royalties: a theoretical contribution. In Giannetti, B. F.; Almeida, C. M. V. B.; Bonilla, S. H (editors), INTERNATIONAL WORKSHOPADVANCES IN CLEANER PRODUCTION, 3, 2011, São Paulo. Proceedings. São Paulo: UNIP, 2011.
COSTA, H. K. M.; SIMOES, A. F.; SANTOS, E. M.; BECK, R. T. Reflexão sobre o Conceito de Sustentabilidade e a Proposição de sua Integralidade. In: 4th International Workshop Advances in Cleaner Production, 2013, São Paulo. Proceedings of the 4th International Workshop, Sao Paulo - Brazil (http://www.advancesincleanerproduction.net/). São Paulo: UNIP, 2013. v. 4. p. 1-10.
COSTA, H. K. M.; BARBOSA, L. G. N.; SIMOES, A. F.; MOUTINHO DOS SANTOS, E. Analysis of Bordering Counties in Sao Paulo State and Oil Exploration from the Perspective of Integral Sustainability. In: 5th International Workshop Advances in Cleaner Production, 2015, Sao Paulo. Proceedings of 5th International Workshop Advances in Cleaner Production. São Paulo: UNIP, 2015. v. 1. p. 1-10.
COSTA, H. K. M.; SIMOES, A. F.; MOUTINHO DOS SANTOS, E. Destinação das rendas petrolíferas e sustentabilidade integral: o caso dos municípios paulistas confrontantes. In: X Congresso Brasileiro de Planejamento Energético, 2016, Gramado. Anais do X Congresso Brasileiro de Planejamento Energético. Itajubá: Sociedade Brasileira de Planejamento Energético, 2016. v. 1. p. 1-12.
COSTA, H. K. M.; BRASIL, N. W.; BERMANN, C. Reflexões sobre o conceito de sustentabilidade, sua adjetivação e a unicidade humana. In: II SICAM - II Simpósio Interdisciplinar de Ciência Ambiental, 2016, SP. Anais do II Simpósio Interdisciplinar de Ciência Ambiental. São Paulo: PROCAM, 2016. v. 2. p. 1-12.
COSTA, H. K. M.; BRASIL, N. W.; MOUTINHO DOS SANTOS, E. Reflections on the Concept of Sustainability, its Adjectives and Human Unity. In: VI International Workshop Advances in Clean Production, 2017, São Paulo. VI International Workshop Advances in Cleaner Production. São Paulo: UNIP, 2017. p. 1-10.
DALY, H. E. Beyond growth: the economics of sustainable development. Boston: Beacon Press, 1996.
FERREIRA, G. A. Desenvolvimento sustentável. In: Direito e desenvolvimento: análise da ordem jurídica brasileira sob a ótica do desenvolvimento. (Welber Barral, org.). São Paulo: Editora Singular, 2005, p. 73-94.
FURUKAWA; YAMAMURA, C. Termodinâmica: ciência que trata da energia e da entropia. Class notes. Post-Graduation in Energy. Environment and Energy Institute (IEE), USP, São Paulo, 2004.
ESPINOSA, Angela; WALKER, Jon. A complexity approach to sustainability: theory and application. World Scientific, 2017.
EGMOND, N. D.; VRIES, H.J.M. Sustainability: The search for the integral worldview. Futures 43 (2011) 853”“867.
GATTI, L.; SEELE, P. Evidence for the prevalence of the sustainability concept in European corporate responsibility reporting. (Report). Sustainability Science, Jan, 2014, Vol.9(1), p.89(14).
GEORGESCU-ROGEN, N. The Entropy Law and The Economic Process. Cambridge, Massachusetts: Harvard University Press, 1999 ©1971.
GEORGESCU-ROGEN, N. Energy and Economic Myths. Institutional and Analytical Economic Essays. New York: Pergamon Press, 1976.
GOMIS, A. J. B.; PARRA, M. G.; HOFFMAN, W. M.; MCNULTY, R. E. Rethinking the Concept of Sustainability. (Report). Business and Society Review, Summer, 2011, Vol.116(2), p.171(21).
HÁK, T.; JANOUÅ KOVÁ, S.; MOLDAN, B. Sustainable Development Goals: A need for relevant indicators. Ecological Indicators, v. 60, p. 565-573, 2016.
HARDIN, G. The Tragedy of commons. Science, vol. 162, 1968, p. 1244-1245.
JEPPESEN, S. Exploring an Explicit Use of the Concept of Sustainability in Transport Planning. Systemic Practice and Action Research, 2011, Vol.24(2), pp.133-146.
MENDONÇA, F. de A. Geografia e meio ambiente. 8. ed. São Paulo: Contexto, 2005.
MOUTINHO DOS SANTOS, E. Energia, gás natural & sustentabilidade. Associate Professor in Energy. Post-Graduation in Energy. Environment and Energy Institute (IEE). USP. São Paulo, 2004.
NABAVI, E.; DANIELL, K. A.; NAJAFI, H. Boundary matters: the potential of system dynamics to support sustainability? Journal of Cleaner Production, v. 140, p. 312-323, 2017.
OPP, S. M. The forgotten pillar: a definition for the measurement of social sustainability in American cities. Local Environment, v. 22, n. 3, p. 286-305, 2017.
PIETRZAK, M. B.; BALCERZAK, A. P. Assessment of Socio-Economic Sustainability in New European Union Members States in the years 2004-2012. 2016. Available at: http://www.badania-gospodarcze.pl/images/Working_Papers/2016_No_5.pdf. Assessed on: 23 ago. 2017.
PRZEPIORKA, E. Quais as necessidades humanas? Interview on 23-October-2010, Centro de Sustentabilidade, Fundação Alphaville, Santana do Paranaíba, São Paulo, 2010.
RIBEIRO, W. C. Geografia política e gestão internacional dos recursos naturais. Revista de Estudos Avançados. 2010, vol.24, n.68, p.69-80.
ROGGE, K. S.; REICHARDT, K. Policy mixes for sustainability transitions: An extended concept and framework for analysis. Research Policy, v. 45, n. 8, p. 1620-1635, 2016.
SACHS, I. Desenvolvimento, direitos humanos e cidadania. (1998). Instituto de Pesquisa de Relações Internacionais Fundação Alexandre Gusmão. Seminário Direitos Humanos no Século XXI, 10 e 11 de setembro de 1998, Rio de Janeiro. Available on: www.mre.gov.br/ipri. Accessed on: 23 sep. 2017.
SACHS, I. Preface to the book by José Eli da Veiga. In: VEIGA, J. E. (autor). Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. 2. ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.
SACHS, I. Caminhos para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Garamond, 2002.
SEN, A. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das letras, 2000.
SOINI, K.; DESSEIN, J. Culture-Sustainability Relation: Towards a Conceptual Framework. Sustainability, v. 8, n. 2, p. 167, 2016.
SOUZA, M. A. A. de. Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável: as metáforas do capitalismo. Professora Titular de Geografia Humana (Disciplina Planejamento) da USP e Presidente do TERRITORIAL Instituto de Pesquisa, Informação e Planejamento. Palestra proferida em 2002.
TAPIA-FONLLEM, C.; CORRAL-VERDUGO, V.; FRAIJO-SING, B. Sustainable behavior and quality of life. In: Handbook of environmental psychology and quality of life research. Springer International Publishing, 2017. p. 173-184.
VARGAS, J. I. Energia como fator limite para o desenvolvimento sustentável. Revista de Estudos Avançados, 1996, vol.10, n.27, pp. 295-306.
VEIGA, J. E. Desenvolvimento sustentável: o desafio do século XXI. 2. ed. Rio de Janeiro: Garamond, 2006.
WCED - World Commission on Environment and Development (Gro Harlem Brundtland, Chair). 1987. Our Common Future. Oxford University Press, Oxford.
WEISS, E. B. Justice pour les générations futures. Paris: Editions Sang de la Terre, 1993, p. 15.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A submissão de trabalho(s) científico(s) original(is) pelos autores, na qualidade de titulares do direito de autor do(s) texto(s) enviado(s) ao periódico, nos termos da Lei 9.610/98, implica na cessão de direitos autorais de publicação impressa e/ou digital à Revista Sustentabilidade em Debate do(s) artigo(s) aprovado(s) para fins da publicação, em um único número da Revista, autorizando-se, ainda, que o(s) trabalho(s) científico(s) aprovado(s) seja(m) divulgado(s) gratuitamente, sem qualquer tipo de ressarcimento a título de direitos autorais, por meio do site da Revista, para fins de leitura, impressão e/ou download do arquivo do texto, a partir da data de aceitação para fins de publicação. Portanto, os autores ao procederem a submissão do(s) artigo(s) Revista, e, por conseguinte, a cessão gratuita dos direitos autorais relacionados ao trabalho científico enviado, têm plena ciência de que não serão remunerados pela publicação do(s) artigo(s) no periódico.
A Revista encontra-se licenciada sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações (Proibição de Realização de Obras Derivadas) 3.0 Brasil, para fins de difusão do conhecimento científico, conforme indicado no sítio da publicação, que permite o compartilhamento do texto e o reconhecimento de sua autoria e publicação original nesta revista.
Os autores têm permissão para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva dos trabalhos publicados na Revista Sustentabilidade em Debate (por exemplo, em um capítulo de livro), desde que seja assinalado que os textos foram originalmente publicados nesta revista e que seja mencionado o DOI correspondente. Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir o seu texto online, após a publicação (por exemplo, em repositórios institucionais ou nas suas páginas pessoais).
Os autores declaram expressamente concordar com os termos da presente Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a submissão caso seja publicada por esta Revista.