A regulação do acesso a recursos genéticos no Brasil:
sugestões para um novo cenário
DOI:
https://doi.org/10.18472/SustDeb.v4n2.2013.9167Palabras clave:
Biodiversidade, Recursos genéticos, Bioprospecção, Conhecimento tradicionalResumen
A relação entre o uso dos recursos genéticos, justiça social e conservação da biodiversidade tem se mostrado uma das principais questões dentro da temática ambiental atual. O Brasil exerce papel de liderança nas discussões internacionais relativas aos recursos genéticos e é pioneiro na criação de uma regulamentação interna específica. Esta, porém, vem sendo duramente criticada pelos stakeholders e precisa ser aprimorada, a fim de manter o protagonismo brasileiro. Este artigo discute os principais pontos de conflito atuais e quais características um marco regulatório nacional deve ter para contorná-los. As sugestões se baseiam em três pilares: uma nova relação com os bioprospectores, pautada pelo incentivo à legalização; uma repartição de benefícios difusa, com regras simples capazes de captar os lucros da bioprospecção; e um aproveitamento da sinergia entre a existência de comunidades tradicionais/indígenas e a manutenção da biodiversidade.
Descargas
Citas
conhecimentos tradicionais associados no Brasil. Biota Neotropica, Campinas, v. 5,
n. 1, 2005.
BARREIRO, E. J.. Biodiversidade: fonte potencial para a descoberta de fármacos.
Química Nova, v. 32, n. 3, p. 679-688, 2009.
BISHOP, J. et al.. Building Biodiversity Business. Shell International Limited and the
International Union for Conservation of Nature: Londres, Reino Unido e Gland, Suíça,
2008.
BRASIL. Casa Civil. Consulta Pública. Brasília, 2008. Disponível em: <http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/consulta_publica/consulta_biologica.htm>. Acesso
em: 30/07/2010.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Secretaria de Biodiversidade e Florestas
(SBF). Departamento do Patrimônio Genético (DPG). Relatório de Atividades 2009.
Brasília, 2010a. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/estruturas/222/_arquivos/
relatorio_de_atividades_2009_222>. Acesso em: 12/09/2013.
BRASIL. Ministério do Meio Ambiente (MMA). Calendário informativo: patrimônio
genético e conhecimentos tradicionais associados à biodiversidade. Brasília, 2010b.
Disponível em: <http://www.mma.gov.br/sitio/
index.php?ido=publicacao.publicacoesPorSecretaria&idEstrutura=150>. Acesso em:
15/09/2013.
BRASIL. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Comissão Econômica para
America Latina e Caribe (CEPAL) e Deutsche Gesellschaft für Internationale
Zusammenarbeit (GIZ). Avaliação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do
Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm 2007-2010). Brasília, 2011.
BRASIL. MMA. Ministério do Meio Ambiente, Secretaria de Biodiversidade e
Florestas, Departamento do Patrimônio Genético. Relatório de Atividades 2011.
Brasília, 2012. Disponível em: http://www.mma.gov.br/patrimonio-genetico/
conselho-de-gestao-do-patrimonio-genetico/relatorios-de-atividades. Acesso em:
08/10/2012.
CONVENTION ON BIOLOGICAL DIVERSITY (CDB). History of the Convention.
Disponível em: <http://www.cbd.int/history/>. Acesso em: 11 set. 2012.
CLEMENT, C. R.. Um pote de ouro no fim do arco-íris? O valor da biodiversidade e do
conhecimento tradicional associado, e as mazelas da lei de acesso ”“ uma visão e
proposta a partir da Amazônia. Amazônia: Ciência & Desenvolvimento, Belém, v. 3,
n. 5, p. 7-28, 2007.
DAUDA, B.; DIERICKX, K.. Benefit sharing: an exploration on the contextual discourse
of a changing concept. BMC Medical Ethics, v. 14, n. 36, 2013.
DIAS, C. C.; COSTA, M. C.. Cooperação Internacional e Bioprospecção no Brasil e no
Peru. Revista Eletrônica de Comunicação, Informação e Inovação em Saúde, v. 1, n.
1, p. 123-127, Rio de Janeiro, 2007.
DUTFIELD, G.. Protecting Traditional Knowledge: Pathways to the Future. Issue Paper
No. 16 - ICTSD Programme on IPRs and Sustainable Development, Genebra, Suíça,
2006.
FRAXE-NETO, H. J.. Serviços e bens fornecidos pelos ecossistemas: Conservação
da natureza como estratégia de desenvolvimento. Texto para discussão do Núcleo
de Estudos e Pesquisas do Senado. Brasília, 2012.
GOMES, G. G.. Biodiversidade como fonte de desenvolvimento para a indústria
farmacêutica: Uma análise crítica ao atual marco regulatório de Acesso e Repartição
de Benefícios. Trabalho de conclusão de curso. Escola Superior de Guerra: Rio de
Janeiro, 2011.
GUIMARÃES, A. F.. Marketing verde e a propaganda ecológica. ComCiência, n. 136,
2012. Disponível em: <http://comciencia.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151976542012000200010&lng=es&nrm=iso>.
Acesso em 20/10/2013.
INTERCONTINENTAL MARKETING SERVICES (IMS). Health. Disponível em: <http://
www.imshealth.com/portal/site/imshealth>. Acesso em: 15/06/2010.
MARIUZZO, P.. Legislação ainda não garante a repartição de benefícios. Ciência e
Cultura. v. 65, n. 1, São Paulo, 2013.
NKHATA, B. A.; MOSIMANE, A..; DOWNSBOROUGH, L.; BREEN, C.;ROUX, D. J. A
typology of benefit sharing arrangements for the governance of social-ecological
systems in developing countries. Ecology and Society, v. 17, n. 1, 2012.
PATERSON, I.; ANDERSON, E.. A.. The Renaissance of Natural Products as Drug
Candidates. Science, v. 310, p. 451-453, 2005.
REZAIE, R. et al.. Brazilian health biotech: fostering crosstalk between public and
privatesectors. Nature Biotechnology, v. 26, n. 6, p. 627-644, 2008.
SACCARO Jr, N. L.. A regulamentação de acesso a recursos genéticos e repartição
de benefícios: disputas dentro e fora do Brasil. Ambiente e Sociedade. vol.14, no.1.
Campinas, 2011.
TAMAYO, G.; GUEVARA, L.; GAMEZ, R. BiodiversityProspecting: The INBio Experience
(Chapter 41). In BULL, A. T. (Org.). Microbial Diversity and Bioprospecting. ASM
Press: Washington, D.C., 2004.
UNION FOR ETHICAL BIOTRADE (UEBT). Barômetro de Biodiversidade 2012. 2012.
Disponível em: <http://www.ethicalbiotrade.org/news/wp-content/uploads/
UEBT.BARO2O12.portuguese.web_.pdf>. Acesso em 10/09/2012.
UNITED NATIONS UNIVERSITY. INSTITUTE OF ADVANCED STUDIES (UNUIAS).
Report: Bioprospecting in Antartica, 2005. Disponível em: <http://www.ias.unu.edu/
binaries2/antarctic_bioprospecting.pdf>. Acesso em: 15/06/2010.
WELCH, E. W.; SHIN, E.; LONG, J. Potential effects of the Nagoya Protocol on the
exchange of non-plant genetic resources for scientific research: Actors, paths, and
consequences. Ecological Economics 86, 2013, p. 136”“147, 2013.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
La presentación de la(s) obra(s) científica(s) original(es) por parte de los autores, como titulares de los derechos de autor de los textos enviados a la revista, de conformidad con la Ley 9.610/98, implica la cesión de derechos de autor de publicaciones impresas y/o digitales a la Revista de Sustenibilidad en Debate de los artículos aprobados para fines de publicación, en un único número de la Revista, autorizando también que la(s) obra(s) científica(s) aprobada(s) se divulguen de forma gratuita, sin ningún tipo de reembolso de derechos de autor, a través del sitio web de a Revista, para leer, imprimir y/o descargar el archivo de texto, a partir de la fecha de aceptación para publicación. Por lo tanto, los autores, al presentar los artículos a la Revista y, en consecuencia, la libre cesión de derechos de autor relacionados con el trabajo científico presentado, son plenamente conscientes de que no serán remunerados por la publicación de los artículos en la revista.Â
La Revista está licenciada bajo una licencia no comercial y sin derivaciones Creative Commons (No permite la realización de obras derivadas) 3.0 Brasil, con el propósito de difundir conocimientos científicos, como se indica en el sitio web de la publicación, que permite el intercambio del texto y el reconocimiento de su autoría y publicación original en esta revista.
Los autores pueden asumir contratos adicionales por separado, para la distribución no exclusiva de las obras publicadas en la revista Sustenibilidad en Debate (por ejemplo, en un capítulo de libro), siempre que se indique que los textos se publicaron originalmente en esta revista y que se menciona el DOI correspondiente. Se permite y incentiva a los autores a publicar y distribuir su texto online después de su publicación (por ejemplo, en repositorios institucionales o en sus páginas personales).Â
Los autores aceptan expresamente los términos de esta Declaración de Derechos de Autor, que se aplicará a la presentación si es publicada por esta Revista.