O Estado como relação social: consequências teórico-analíticas da (re)leitura relacional

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0102-6992-202338030003

Palabras clave:

Estado, Estado-e-sociedade, Abordagem relacional, Mudança institucional

Resumen

Os argumentos centrais do artigo é que o Estado, percebido como parte de uma totalidade social, é uma relação social e, portanto, faz-se necessário uma (re)leitura relacional para se pensar a imbricação Estado/sociedade. Ao assumir esse pressuposto, discutirei o Estado como agente e como campo e, a partir de diálogos com a tradição histórico-institucionalista, refletirei sobre a autonomia do Estado e as mudanças institucionais. Com isso, espero trazer para o debate algumas considerações para uma reflexão teórica, com implicações analíticas, a partir de uma perspectiva relacional sobre o Estado.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Marcelo de Souza Marques, Universidade Federal do Espírito Santo

Doutor em Sociologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS). Pesquisador de Pós-Doutoramento no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo, contanto com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Espírito Santo (FAPES). Integra o Grupo de Pesquisa CNPq Núcleo Participação e Democracia (NUPAD-UFES)

Citas

BERTRAMSEN, René B. From the capitalist state to the political economy. In: BERTRAMSEN, René B.; THOMSEN, Jens P. F.; TORFING, Jacob (orgs.). State, economy and society, p. 94-145. London: Unwin Hyman, 1991.

CARLOS, Euzeneia. Movimentos sociais e instituições participativas: efeitos do engajamento institucional no contexto pós-transição. Belo Horizonte: Fino Traço, 2015.

CARLOS, Euzeneia; DOWBOR, Monika; ALBUQUERQUE, Maria do Carmo. Movimentos sociais e seus efeitos nas políticas públicas: balanço do debate e proposições analíticas. Civitas, v. 17, n. 2, p. 360-378, 2017.

CODATO, Adriano. Poulantzas, o Estado e a revolução. Crítica Marxista, n. 27, p. 65-85, 2008.

DIMAGGIO, Paul J.; POWELL, Walter W. A gaiola de ferro revisitada: isomorfismo institucional e racionalidade coletiva nos campos organizacionais. RAE - Revista de Administração de Empresas, v. 45, n. 2, p. 74-89, 2005 [1983].

GURZA LAVALLE, Adrian; CARLOS, Euzeneia; DOWBOR, Monika.; SZWAKO, José. (orgs.). Movimentos sociais e institucionalização: políticas sociais, raça e gênero no Brasil pós-transição. Rio de Janeiro: Editora Uerj, 2019.

GRAEFF, Caroline B.; NASCIMENTO, Kamila; MARQUES, Marcelo de S. A crítica pós-fundacionalista: um debate em construção. Norus, v. 7, n. 11, p. 580-599, 2019. Disponível em: <https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/NORUS/article/view/17061/10441>. Acesso em: 13 mar. 2023.

» https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/NORUS/article/view/17061/10441

HALL, Peter A.; TAYLOR, Rosemary C. R. As três versões do neo-institucionalismo. Lua Nova, n. 58, p. 193-224, 2003.

HOUTZAGER, Peter P. Os últimos cidadãos. Conflito e modernização no Brasil rural (1964-1995). São Paulo: Globo, 2004.

JESSOP, Bob. El Estado. Passado, presente, futuro. Madrid: Catarata, 2017.

______. The State and power. In: CLEGG, Stewart R.; HOUGAARD, Mark (orgs.).The Sage handbook of power. Los Angeles; London; New Dehli; Singapore; Washing­ton DC: Sage, 2009.

______. State power. A strategic-relational approach. Cambridge, UK: Polity Press, 2008.

______. Bringing the State back in (yet again): reviews, revisions, rejections, and redirections. International Review of Sociology, v. 11, n. 2, p. 149-173, 2001.

______. Foreword: “On articulate articulation”. In: BERTRAMSEN, René B.; THOMSEN, Jens P. F.; TORFING, Jacob (orgs.). State, economy and society, p. xii-xxxiv. London: Unwin Hyman, 1991a.

______. On the originality, legacy, and actuality of Nicos Poulantzas. Studies in Political Economy, n. 34, p. 75-108, 1991b.

______. The capitalist state: Marxist theories and methods. Oxford, UK: Martin Robertson & Company, 1982.

LACLAU, Ernesto. Teorías marxistas del Estado: debates y perspectivas. In: LECHNER, Nobert (org.). Estado y política em América Latina. México: Siglo Veintiuno, 1981.

MAHONEY, James; THELEN, Kathleen. A theory of gradual institutional change. In: ______ (orgs.). Explaining institutional change: ambiguity, agency and power, p. 1-37. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2010.

MARQUES, Marcelo de S. Status ontológico da Teoria do Discurso (TD) em Laclau e Mouffe: diálogos, perspectivas teóricas e conceitos básicos. Dados, v. 63, n. 2, p. 1-33, 2020. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/dados/v63n2/0011-5258-dados-63-2-e20180242.pdf>. Acesso em: 13 mar. 2023.

» https://www.scielo.br/pdf/dados/v63n2/0011-5258-dados-63-2-e20180242.pdf

MOUFFE, Chantal. A política e o político. In: ______. Sobre o político, p. 7-32. São Paulo: Martins Fontes, 2015.

NORTH, Douglass C. Instituições, mudança institucional e desempenho econômico. São Paulo: Três Estrelas, 2018 [1990].

PECI, Alketa. A nova teoria institucional em estudos organizacionais: uma abordagem crítica. Cadernos EBAPE.BR, v. 4 p. 1-12, 2006.

POULANTZAS, Nicos. O Estado, o poder, o socialismo. São Paulo: Paz & Terra, 2015 [1978].

______. O Estado, os movimentos sociais, o partido. Espaço & Debates, Ano III, n. 9, p. 70-79, 1983 [1979].

______. As classes sociais no capitalismo de hoje. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1978 [1974].

______. Poder político e classes sociais. São Paulo: Martins Fontes, 1977 [1968].

SINGER, Paul. Introdução à economia solidária. São Paulo: Perseu Abramo, 2002.

SKOCPOL, Theda. Los origenes de la politica social en los Estados Unidos. Madrid: Ministerio de Trabajo y Asuntos Sociales, 1996.

______. Protecting soldiers and mothers. The political origins of social policy in the United States. Cambridge, MA: Havard University Press, 1995 [1992].

______. Bringing the State back in: strategies of analysis in current research. In: EVANS, Peter B.; RUESCHEMEYER, Dietrich; SKOCPOL, Theda (orgs.). Bringing the State Back In, p. 3-43. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1985.

______. Los Estados y las revoluciones sociales. Un análisis comparativo de Francia, Rusia y China. México: Fondo de Cultura Económica, 1984 [1979].

STREECK, Wolfgang; THELEN, Kathleen. Introduction: institutional change in advanced political economies. In: ______ (orgs.). Beyond continuity: institutional change in advanced political economies, p. 1-39. Oxford, UK: Oxford University Press, 2005.

THELEN, Kathleen. How institutions evolve: insights from comparative historical analysis. In: MAHONEY, James; RUESCHEMEYER, Dietrich (orgs.). Comparative historical analysis in the social sciences, p. 208-240. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2003.

Publicado

2023-10-09

Cómo citar

Marques, M. de S. (2023). O Estado como relação social: consequências teórico-analíticas da (re)leitura relacional. Sociedade E Estado, 38(03), e46792. https://doi.org/10.1590/s0102-6992-202338030003

Número

Sección

Artigos

Artículos similares

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 > >> 

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.