Os desafios da efetividade e o estatuto jurídico da participação: a Política Nacional de Participação Social
DOI:
https://doi.org/10.1590/s0102-69922017.3203005Palavras-chave:
Efetividade, participação, Política Nacional de Participação SocialResumo
Este artigo analisa a Política Nacional de Participação Social, lançados via Decreto N. 8.243/2014, com o objetivo de mapear suas inovações, limites e potencialidades para responder aos desafios da efetividade da participação social no país. As propostas serão contrastadas a partir de quatro dimensões da efetividade, as quais, argumento, tem pautado o debate acadêmico sobre as experiências de interação Estado e sociedade: participação e deliberação, representação, implementação e articulação. Não obstante os grandes limites da Política, conclui-se que a PNPS incide sobre as quatro dimensões apresentadas, sendo que os dilemas da implementação e da articulação das instituições participativas com as distintas arenas do Estado são superficialmente tratados. A dificuldade de lidar com estes pontos e os conflitos entre Executivo e Legislativo em torno de sua aprovação revelam que a participação social no Brasil continuará dependente da compreensão diferenciada que cada arranjo governamental possui acerca das interações entre Estado e sociedade.