As redes de suporte social informal como fontes de provisão social em Portugal:

o caso da população idosa

Autores

Palavras-chave:

provisão social informal, Estado-providência, família, idosos, envelhecimento

Resumo

Os indicadores de envelhecimento na população portuguesa colocam Portugal como um dos países mais envelhecidos do mundo, sendo os idosos um grupo populacional socialmente vulnerável. A vulnerabilidade, resultante de trajetórias ao longo da vida com acúmulo progressivo de desvantagens, tem como determinantes os fortes níveis de perda de autonomia com o avançar da idade, o risco de isolamento social, o elevado risco de exclusão e de pobreza, colmatado pelo forte impacte das transferências sociais no rendimento, a par das transformações na sociedade portuguesa, particularmente na morfologia das famílias e na relação com o trabalho. Este quadro de vulnerabilidade tem encontrado resposta na expansão de políticas de bem-estar no contexto do desenvolvimento do Estado-providência, mas também na provisão informal, sobretudo das famílias. Em tempos recentes, assistimos a uma inversão na trajetória providencial por parte do Estado português, cada vez mais recuado, agudizando-se a responsabilidade familiar. O artigo apresenta uma reflexão sobre a relevância do suporte social informal na proteção social em Portugal no que concerne à população idosa, problematizando particularmente o papel providencial das famílias num contexto de austeridade, a partir de documentação e literatura produzida no e sobre o contexto social português.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sónia Guadalupe, Instituto Superior Miguel Torga (ISMT)

 Doutora em serviço social pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), doutora em saúde mental pela Universidade do Porto, professora no Instituto Superior Miguel Torga, Coimbra (Portugal). 

Júlia Cardoso, Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL)

Doutora em serviço social pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), professora no ISCTE-IUL e no Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa da Universidade Lusíada (Portugal), Lisboa, Portugal. 

Referências

ABOIM, S.; VASCONCELOS, P.; WALL, K. Support, social networks and the family in Portugal: two decades of research. International Review of Sociology, v. 23 n. 1, p. 47-67, 2013.

AGUIRRE, R. El Futuro del cuidado. In ARRIAGADA, I. (Ed.). Futuro para las familias y desafíos para las políticas. Serie “Seminarios y Conferencias”. Santiago de Chile: Cepal, 2008.

ALARCÃO, M. Família e sistemas envolventes. In FERNANDES; O. M.; MAIA, C. (Coords.). A família portuguesa no século XXI. Lisboa: Parsifal, 2015.

ANDRADE, F. F. Desfamiliarização das políticas sociais na América Latina: uma breve análise dos sistemas de proteção social na região. Barbarói, v. 31, p. 56-71, 2009.

ATTIAS-DONFUT, C. La dynamique de l’entraide intergénérationelle. In: Age, génération, activité: vers un nouveau contrat social? Actes des 1ères Rencontres Sauvy Paris: Caisse Nationale des Allocations Familiales, 14-15 Oct. 1998.

ATTIAS-DONFUT, C.; OGG, J. Évolution des transferts intergénérationnels: vers un modèle européen? Retraite et Société, n. 58, p. 11-29, 2009.

ATTIAS-DONFUT, C.; LAPIERRE, N.; SEGALEN, M. Le nouvel esprit de famille. Paris: Odile Jacob, 2002.

BALANDIER, G. Sens et puissance. Paris: Presses Universitaires de France, 1986.

BAZO, M. T. Personas mayores y solidaridad familiar. Política y Sociedad, v. 45, n. 2, p. 73-85, 2008.

BOURDIEU P. À propos de la famille comme catégorie réalisée. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, n. 100, p. 32-36, 1993.

BRANCO, F.; AMARO, I. As práticas do “Serviço Social activo” no âmbito das novas tendências da política social: uma perspectiva portuguesa. Serviço Social & Sociedade, n. 108, p. 656-679, 2011.

BRIS, H. J-L. Responsabilidade familiar pelos dependentes idosos nos países das comunidades europeias. Lisboa: Conselho Económico e Social, 1994. Disponível em: <http://www.ces.pt/download/600/RespFamDepIdosos.pdf>.

CABRAL, M. V.; SILVA, P. A.; MENDES, H. Saúde e doença em Portugal. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais, 2002.

CALDAS, C. P. Envelhecimento com dependência: responsabilidades e demandas da família. Cadernos de Saúde Pública, v. 19, n. 3, p. 773-781, 2003.

CAMPOS, M. S.; MIOTO, R. C. T. Política de assistência social e a posição da família na política social brasileira. Ser Social, v. 12, p. 165-190, 2003.

CAPUCHA, L. Envelhecimento e políticas sociais em tempos de crise. Sociologia, Problemas e Práticas, n. 74, p. 113-131, 2014.

CARVALHO, M. C. B. Famílias e políticas públicas. In: ACOSTA, A. R.; VITALE, M. A. F. (Orgs.). Família - redes, laços e políticas públicas. 5. ed. p. 267-275. São Paulo: Cedpe; PUC-SP; Cortez, 2010.

CARVALHO. I. M. M.; ALMEIDA, P. H. Família e proteção social. São Paulo em Perspectiva, v. 17, n. 2, p. 109-122, 2003.

CASTEL, R. As metamorfoses da questão social: uma crônica do salário. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 2003 [1995].

____. L'État-providence et la famille: la gestion précaire des risques sociaux. In: SINGLY, François de; SCHULTHEIS, Franz (Éds.). Affaires de famille, affaires d'Etat, Actes du colloque franco-allemand “Sociologie de la famille”. Jarville-La-Malgrange: Edition de L’Est, 1991.

CASTILHO, C. F. V.; CARLOTO, C. M. O familismo na política de Assistência Social: um reforço à desigualdade de gênero? Anais do I Simpósio sobre Estudos de Gênero e Políticas Públicas. Londrina: Universidade Estadual de Londrina, 2010.

CONSELHO ECONÓMICO E SOCIAL. Parecer de Iniciativa sobre as consequências económicas, sociais e organizacionais decorrentes do envelhecimento da população. Lisboa: Conselho Económico e Social , 2013. Disponível em: <http://www.ces.pt/download/1335/FINAL_Parecer%20Envelhecimento_aprovado%20em%20Plenario.pdf>.

COSTA, A. B. Exclusões sociais. Lisboa: Gradiva, 2004.

COSTA, A. B.; BAPTISTA, I.; PERISTA, P.; CARRILHO, P. Um olhar sobre a pobreza. Vulnerabilidade e exclusão social no Portugal contemporâneo. Lisboa: Gradiva , 2008.

DAATLAND, S. O.; LOWENSTEIN, A. Intergenerational solidarity and the Family-Welfare State balance. European Journal of Ageing, v. 2, p. 174-182, 2005.

DANIEL, F.; MONTEIRO, R.; FERREIRA, J. Cartografia da oferta pública e privada de serviços dirigidos à população idosa em Portugal. Serviço Social & Sociedade, n. 126, p. 235-261, 2016.

DEUS, A.; GUADALUPE, S.; DANIEL, F. Expectativas associadas ao cuidar das gerações mais velhas: comparação entre filhos únicos e membros de fratrias. In: Livro de Actas do VII Congresso Português de Sociologia, Sociedade, Crise e Reconfigurações. Porto: Universidade do Porto (Portugal), 20 a 23 de Junho de 2012. Disponível em: <http://www.aps.pt/vii_congresso/papers/finais/PAP1067_ed.pdf>.

DUVOUX, N. Le nouvel âge de la solidarité - pauvreté, précarité et politiques publiques. Paris: Le Seuil-La République des idées, 2012.

ERERA, P. I. Family diversity. Continuity and change in the contemporary family. Thousand Oaks: Sage Publications, 2002.

ESPING-ANDERSEN, G. Social foundations of postindustrial economies. Oxford (UK): Oxford University Press, 1999.

____. The three worlds of welfare capitalism. New Jersey: Princeton University Press, 1990.

ESTEVES, A. J. A família numa sociedade em mudança. Sociologia, v. 1, n. 1, p. 79-100, 1991.

EUROSTAT. Active ageing and solidarity between generations - a statistical portrait of the European Union 2012. Luxembourg: Publications Office of the European Union, 2011. Disponível em: <http://epp.eurostat.ec.europa.eu/cache/ITY_OFFPUB/KS-EP-11-001/EN/KS-EP-11-001-EN.PDF>.

FARINHA, C.; ANDRADE, I. The age-old problem of old age poverty in Portugal. Lisbon: School of Economics & Management, Centre for Applied Mathematics and Economics, University of Lisbon, 2013.

FERNANDES, A. A. Velhice, solidariedades familiares e política social: itinerário de pesquisa em torno do aumento da esperança de vida. Sociologia, Problemas e Práticas, n. 36, p. 39-52, 2001.

FERREIRA, A.; MORAES, V.; BADARÓ, L.; FRANCO, A. Família, protecção social e redes sociais: algumas reflexões a partir da história de vida de uma família. In: VIANNA A.; LACERDA, P. Direitos e políticas sexuais no Brasil: o panorama atual. Rio de Janeiro: Cepesc, 2004.

FERREIRA, V.; MONTEIRO, R. Austeridade, emprego e regime de bem-estar social em Portugal: em processo de refamilização? Ex aequo, n. 32, p. 49-67, 2015.

FERRERA, M. O futuro da Europa social: repensar o trabalho e a protecção social na nova economia. Lisboa: Celta, Presidência Portuguesa da União Europeia, 2000.

FIGUEIREDO, D. Cuidados familiares ao idoso dependente. Lisboa: Climepsi Editores, 2007.

FLANDRIN, J.-L. Famílias - parentesco, casa e sexualidade na sociedade antiga. Lisboa: Editorial Estampa, 1995.

FRADE, C.; COELHO, L. Surviving the crisis and austerity: the coping strategies of Portuguese households. Indiana Journal of Global Legal Studies, v. 22, n. 2, p. 631-664, 2015.

FRANZONI, J. M. Regímenes del bienestar en América Latina. Madrid: Fundación Carolina, 2007. Disponível em: <http://www.fundacioncarolina.es/wp-content/uploads/2014/08/DT11.pdf>.

GIL, A. P. M. Heróis do quotidiano: dinâmicas familiares na dependência. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian; Fundação para a Ciência e Tecnologia, 2010.

____. Conciliação entre vida Profissional e vida familiar: o caso da dependência. Lisboa: Núcleo de Estudos e Conhecimento, Instituto de Segurança Social, 2009. Disponível em: <http://www.seg-social.pt/documents/10152/135827/conciliacao_vida_profissional_familiar/2d308149-a66d-4075-bbaa-2eb95869c677>.

____. Redes de solidariedade intergeracionais na velhice. Cadernos de Política Social, n. 1, p. 93-114, 1999.

GIL, A. P. M. (Ed.); SANTOS, A. J.; KISLAYA, I.; NICOLAU, R. Envelhecimento e violência. Lisboa: Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge, 2014. Disponível em: <http://repositorio.insa.pt/bitstream/10400.18/1955/3/Envelhecimento%20e%20Viol%C3%AAncia%202011-2014%20.pdf>.

GODBOUT, J. T. Le don, la dette et l’identité. Paris: La Découverte, 2000.

GRUNDY, E. Reciprocity in relationships: socio-economic and health influences on intergenerational exchanges between Third Age parents and their adult children in Great Britain. British Journal of Sociology, v. 56, n. 2, p. 233-255, 2005.

GRUNDY, E.; TOMASSINI, C. El apoyo familiar de las personas de edad, en Europa: contrastes e implicaciones. Notas de Población, n. 77, p. 219-250, 2003.

GUERRERO, T. J.; NALDINI, M. Democratización de la familia y cambios demográficos en Espanha. In: GUERRERO, T. J. (Ed.). Cambios familiares y trabajo social, p.65-93. Madrid: Ediciones Académicas, 2007.

HESPANHA, P. Vers une société-providence simultanément pré et post-moderne. Oficina do Centro de Estudos Sociais, n. 38. Coimbra: Centro de Estudos Sociais, 1993.

HESPANHA, P.; FERREIRA, S.; PACHECO, V. O Estado social, crise e reformas. In: OBSERVATÓRIO DAS CRISES E DAS ALTERNATIVAS (Org.). Anatomia da crise: identificar os problemas para construir alternativas, p. 161-249. Coimbra: Centro de Estudos Sociais , 2013.

INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA (INE, PORTUGAL). Rendimento e condições de vida, 2015 (Dados provisórios). Destaque. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística, IP, 2015.

____. Dia Mundial da População, 11 julho de 2014. Destaque. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística, IP , 2014.

____. Saúde e incapacidades em Portugal 2011. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística, IP, 2012.

____. Sobre a pobreza, as desigualdades e a privação material em Portugal. Lisboa: Instituto Nacional de Estatística, IP , 2010.

JESUS, A. C. S.; AZEVÊDO, J. K. F.; SILVA, L. G. A participação da família na política social brasileira: construindo um campo de debates”. Actas da V Jornada Internacional de Políticas Públicas. São Luís: Universidade Federal do Maranhão, 23 a 26 de Ago. 2011.

JOAQUIM, C. Proteção social, terceiro setor e equipamentos sociais: Que modelo para Portugal? Cadernos do Observatório. Coimbra: Observatório das Crises e Alternativas do Centro de Estudos Sociais, 2015. Disponível em: <http://www.ces.uc.pt/observatorios/crisalt/documentos/cadernos/CadernoObserv_III_fevereiro2015.pdf>.

LEANDRO, M. E. Laços familiares em questão: antinomias nas sociedades hipermodernas. In LEANDRO, M. E. (Coord.). Laços familiares e sociais, p. 95-115. Viseu: Psicosoma, 2011.

LEANDRO, M. E.; FERREIRA, L. M. Os laços sociais em questão. Metamorfoses sociais, metamorfoses de uma nação. In LEANDRO, M. E. (Coord.). Laços familiares e sociais, p. 27-57. Viseu: Psicossoma, 2011.

LESEMANN, F.; MARTIN, C. Estado, comunidade e família face à dependência dos idosos. Ao encontro de um “Welfare-Mix””. Sociologia, Problemas e Práticas, n. 17, p. 115-139, 1995.

LOPES, A. Pobres que envelhecem ou velhos que empobrecem? - Alguns apontamentos sobre o tema da pobreza na população idosa. In: DIOGO, F.; CASTRO A.; PERISTA, P. (Orgs.). Pobreza e exclusão social em Portugal: contextos transformações e estudos, p. 149-164. V. N. Famalicão: Húmus, 2015.

MACHADO, M. C. Envelhecimento e políticas de saúde. In: FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN (Ed.). O tempo da vida, p. 125-133. Cascais: Princípia, 2009.

MARQUES, J. A reconfiguração do estado-providência. Gestão e Desenvolvimento, n. 15-16, p. 105-119, 2008.

MARTIN, C. The rediscovery of family solidarity: backgrounds and concepts? In: KNIJN, T.; KOMTER, A. (Eds.). Solidarity between the sexes and the generations: transformations in Europe, p. 3-17. Cheltenham: Edward Elgar, 2004.

____. Os limites da protecção da família - introdução a uma discussão sobre as novas solidariedades na relação família-Estado. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 42, p. 53-76, 1995.

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL (MTSS). A dependência: o apoio informal, a rede de serviços e equipamentos e os cuidados continuados integrados. Lisboa: Centro de Informação e Documentação (GEP-CID) do Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, 2009.

MIOTO, R. C. T. Família e políticas sociais. In: BOSCHETTI, I.; BEHRING, E.; MIOTO, R. C. T.; SANTOS, S. M. M. (Orgs.). Política social no capitalismo: tendências contemporâneas, p.130-148. São Paulo: Cortez, 2008.

NUNES, J. A. Com mal ou com bem, aos teus te atém: as solidariedades primárias e os limites da sociedade providência. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 42, p. 5-25, 1995.

NUNES, R. Ética e família. In: FERNANDES, O. M.; MAIA, C. (Coords.). A família portuguesa no século XXI, p. 39-50. Lisboa: Parfisal, 2015.

ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO E DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO (OCDE/OECD). The future of families to 2030. OECD Publishing, 2012.

PARROTT, T. M.; BENGTSON, V. L. The effects of earlier intergenerational affection, normative expectations, and family conflict on contemporary exchange of help and support. Research on Aging, v. 21, n. 1, p. 73-105, 1999.

PAUGAM, S. Le lien social. 2. ed. Paris: Presses Universitaires de France , 2009.

____. A desqualificação social: ensaio sobre a nova pobreza. Porto: Porto Editora, 2003.

____. A desqualificação social. In: SOULET, M.-H. (Org.). Da não-integração, p. 107-135. Coimbra: Quarteto, 2000.

PEDROSO, J.; BRANCO, P. Mudam-se os tempos, muda-se a família. As mutações do acesso ao direito e à justiça de família e das crianças em Portugal. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 82, p. 53-83, 2008.

PEREIRA, P. A. P. Mudanças estruturais, política social e papel da família: crítica ao pluralismo de bem-estar. In MIONE, A.; MATOS, M. C.; LEAL, M. C. (Orgs.). Política social, família e juventude: uma questão de direitos. 2. ed. p. 25-42. São Paulo: Cortez , 2006.

PICHLER, F.; WALLACE, C. Patterns of formal and informal social capital in Europe. European Sociological Review, v. 23 n. 4, p. 423-435, 2007.

PIMENTEL, L. As pessoas idosas e os seus contextos familiares: convite a um olhar diferente. In: FERNANDES, O. M.; MAIA, C. (Coords.). A Família portuguesa no século XXI, p. 171-178. Lisboa: Parfisal , 2015.

____. Cuidar de pessoas idosas dependentes: as interseções entre a esfera pública e a esfera privada. Rediteia, n. 45, p. 67-77, 2012.

____. O Sexo dos Anjos: os cuidados às pessoas idosas dependentes como uma esfera de acção preferencialmente feminina. Ex Aequo, n. 23, p. 23-37, 2011.

____. Entre o dever e os afectos: os dilemas de cuidar de pessoas idosas em contexto familiar. Actas do VI Congresso Português de Sociologia, Mundos Sociais: saberes e práticas. Lisboa: FCSH da Universidade Nova de Lisboa, p. 1-15, 2008. Disponível em: <http://www.aps.pt/vicongresso/pdfs/259.pdf>.

PIMENTEL, L. G.; ALBUQUERQUE, C. P. Solidariedades familiares e o apoio a idosos. Limites e implicações. Textos & Contextos, v. 9 n. 2, p. 251-263, 2010.

PORDATA - BASE DE DADOS DE PORTUGAL CONTEMPORÂNEO [on-line]. Censos da população em Portugal; Indicadores de envelhecimento em Portugal e na Europa; Famílias em Portugal e na Europa.

PORDATA - Estatísticas, gráficos e indicadores de Municípios, Portugal e Europa. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2016.

PORTUGAL, S. Famílias e redes sociais. Ligações fortes na produção de bem-estar. Coimbra: Almedina, 2014.

____. Dádiva, família e redes sociais. In: PORTUGAL, S.; MARTINS, P. H. (Orgs.). Cidadania, políticas públicas e redes sociais, p. 39-53. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2011.

____. Retórica e acção governativa na área das políticas de família desde 1974. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 56, p. 81-98, 2000.

PRIER, B. (Coord.). As heranças familiares. Lisboa: Climepsi, 1999.

RODRIGUES, C. F. (Coord.); FIGUEIRAS, R.; JUNQUEIRA, V. Desigualdade do rendimento e pobreza em Portugal: As consequências sociais do programa de ajustamento. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos , 2016.

RODRIGUES, F. Novas políticas sociais novas: entre «belas» e «senãos». Locus Soci@l, n. 1, p. 90-94, 2008.

ROSA, M. J. V. Das famílias aos agregados domésticos a partir dos factos. In: FERNANDES, O. M.; MAIA, C. (Coords.). A família portuguesa no século XXI, p. 29-37. Lisboa: Parsifal , 2015.

ROSA, M. J. V.; CHITAS, P. Portugal e a Europa: os números. Lisboa: FFMS/Relógio de Água, 2013.

SANTOS, B. S. A reinvenção solidária e participativa do Estado. Oficina do Centro de Estudos Sociais, n. 134. Coimbra: Centro de Estudos Sociais , 1999.

____. Sociedade-providência ou autoritarismo social? “Editorial”. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 42, p. i-vii, 1995.

____. Pela mão de Alice - o social e o político na pós-modernidade. Porto: Afrontamento, 1994.

____(Org.). Portugal, um retrato singular. Porto: Afrontamento , 1993.

SANTOS, B. S.; FERREIRA, S. A reforma do Estado-providência entre globalizações conflituantes. In: HESPANHA, P.; CARAPINHEIRO, G. (Orgs.). Risco social e incerteza, pode o Estado social recuar mais? p. 177-225). Porto: Afrontamento , 2002.

SARACENO, C. Social inequalities in facing old-age dependency: a bi-generational perspective. Journal of European Social Policy, v. 20, n. 1, p. 32-44, 2010. Disponível em: <http://doi.org/10.1177/0958928709352540>.

SARTI, C. Famílias enredadas. In: ACOSTA, A. R.; VITALE, M. A. F. (Orgs.). Família - redes, laços e políticas públicas. 5. ed. p. 22-38. São Paulo: Cedpe, PUC-SP, Cortez Editora, 2010.

SAWAIA, B. B. Família e afetividade: a configuração de uma práxis ético-política, perigos e oportunidades. In: ACOSTA, A. R.; VITALE, M. A. F. (Orgs.). Família - redes, laços e políticas públicas. 5. ed. p. 39-52. São Paulo: Cedpe, PUC-SP, Cortez Editora , 2010.

SERAPIONI, M. O papel da família e das redes primárias na reestruturação das políticas sociais. Ciência & Saúde Coletiva, v. 10 (sup), p. 243-253, 2005.

SHULTHEIS, F. The family’s contribution to social reproduction: a state concern. In: Commaille, J.; Singly, F. (Ed.). The family question in the European Community. Dordrecht: Kluwer Academic Publishers, 1997.

SILVA, P. A. O modelo de welfare da Europa do sul - reflexões sobre a utilidade do conceito. Sociologia, Problemas e Práticas, n. 38, p. 25-59, 2002.

SILVEIRA, A. S. Estado do bem-estar social e desfiliação social. Política & Sociedade, v. 12, n. 23, p. 145-176, 2013.

SOUSA, L.; FIGUEIREDO, D. Supporting family carers of older people in Europe - the national background report for Portugal. Hamburg: Lit Verlag, 2007.

____. Services for supporting family carers of elderly people in Europe: characteristics, coverage and usage. Eurofamcare, 2004

SOUSA, L.; FIGUEIREDO, D.; CERQUEIRA, M. Envelhecer em família. Os cuidados familiares na velhice. Coleção “Idade do saber”. Porto: Ambar, 2004.

SPOSATI, A.; RODRIGUES, F. Sociedade-providência: uma estratégia de regulação social consentida. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 42, p. 77-103, 1995.

SUNKEL, G. El papel de la família en la protección social en América Latina. Santiago de Chile: Cepal, División de Desarrollo Social, 2006.

UNITED NATIONS (UN). World population ageing 2015. New Work: United Nations, Department of Economic and Social Affairs Population Division, 2015. Disponível em: <http://www.un.org/en/development/desa/population/publications/pdf/ageing/WPA2015_Report.pdf>.

VASCONCELOS, P. Capital social, solidariedade familiar e desigualdade social no Portugal contemporâneo. Tese (Doutorado) - Escola de Sociologia e Políticas Públicas Escola de Tecnologias e Arquitectura (ISCTE-IUL), Lisboa, 2011. Disponível em: <http://hdl.handle.net/10071/3395>.

____. Redes sociais de apoio. In: WALL, K. (Org.). Famílias em Portugal, p. 599-631. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais , 2005.

____. Redes de apoio familiar e desigualdade social: estratégias de classe. Análise Social, v. 37 n. 163, p. 507-544, 2002.

VICENTE, H. T.; SOUSA, L. Relações intergeracionais e intrageracionais: a matriz relacional da família multigeracional. Revista Temática Kairós Gerontologia, v. 15, n. 2, p. 99-117, 2012.

VOLPI, R. La fine della famiglia. La rivoluzione di cui non ci siamo accorti. Milano: Mondadori, 2007.

WALL, K.; ABOIM, S.; CUNHA, V.; VASCONCELOS, P. Families and informal support networks in Portugal: the reproduction of inequality. Journal of European Social Policy, v. 11, n. 3, p. 213-233. 2001.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Active ageing, a policy framework. A contribution of the WHO to the Second United Nations World Assembly on ageing. Madrid: WHO, 2002.

WILLIAMS, F. Repensar as famílias. Lisboa: Principia, 2010.

YAZBECK, M. C. Pobreza e exclusão social: expressões da questão social. Temporalis, Ano III n. 3, p. 33-40, 2001.

ZANATTA, A. L. Le nuove famiglie. Felicità e rischi delle nuove scelte di vita. Bologna: Il Mulino, 2008.

Downloads

Publicado

30-04-2018

Como Citar

Guadalupe, S., & Cardoso, J. (2018). As redes de suporte social informal como fontes de provisão social em Portugal:: o caso da população idosa. Sociedade E Estado, 33(01), 215–250. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/sociedade/article/view/18359

Edição

Seção

Artigos

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.