FÍSICA EM UM MUSEU DE BIOLOGIA: UM ESTUDO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS ATRAVÉS DE VARIÁVEIS HIDROLÓGICAS DA MATA ATLÂNTICA

Autores

  • Thiago Auer Camilo de Jesus Programa de Pós-Graduação em Ensino de Física (PPGEnFis/UFES)
  • Laercio Ferracioli Instituto Nacional da Mata Atlântica (INMA)

DOI:

https://doi.org/10.26512/rpf.v1i1.45927

Palavras-chave:

Ciência; tecnologia; ensino médio; mudanças climáticas; vazão.

Resumo

Estudos em escala global apontam que as mudanças climáticas são uma realidade concreta a ser enfrentada. Dados atuais revelam uma variação em medidas de variáveis hidrológicas em biomas, tais como, o bioma Mata Atlântica. Esses estudos revelam tendências em mudanças acentuadas no padrão de períodos de secas e cheias, com consequente desaparecimento de ecossistemas. Nesse contexto, foi estruturada uma oficina visando levar estudantes de Ensino Fundamental e Médio a refletirem sobre as mudanças climáticas a partir de conceitos da Física, Biologia, Química e Matemática, com um enfoque na articulação entre pensar e fazer, além do referencial da ciência cidadã e da Base Nacional Comum Curricular. Partindo de procedimentos de coleta de dados de pesquisa desenvolvida no INMA - Instituto Nacional da Mata Atlântica, estudantes engajaram na proposta apresentada. A oficina foi realizada tanto em sala de aula quanto em um hotspot de biodiversidade na Mata Atlântica, o parque do Museu de Biologia Prof. Mello Leitão (MBML), sede do INMA, em Santa Teresa, Estado do Espírito Santo e contou com a participação de 118 alunos de 6 turmas da 1ª série do Ensino Médio da EEEFM José Pinto Coelho que coletaram dados para o cálculo da vazão do Córrego São Pedro que passa pelo Parque do Museu e atrás da Escola. Após as atividades, resultados preliminares revelam que os alunos apresentam dificuldades em realizar matemática básica, média aritmética, equações e conversão de unidades. Em relação às mudanças climáticas, foi possível observar que apresentaram um conhecimento básico sobre a temática.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALVARENGA, L.A, DE MELLO, C.R., COLOMBO, A., CHOU, S.C.,CUARTAS, L.A. and VIOLA, M.R. Impacts of Climate Change on the Hydrology of a Small Brazilian Headwater Catchment Using the Distributed Hydrology-Soil-Vegetation Model. American Journal of Climate Change, v.7, p.355-366, 2018. https://doi.org/10.4236/ajcc.2018.72021

DICKINSON, J.L., ZUCKERBERG, B. & BONTER, D.N. Citizen Science as an Ecological Research Tool: Challenges and Benefits. Annual Review of Ecology, Evolution, and Systematics, pp. 149-172, 2010.

FERRACIOLI, L. O ‘V’ Epistemológico como Instrumento Metodológico para o Processo de Investigação. Revista Didática Sistêmica 1: p.106-125, 2010.

INMA, Instituto Nacional da Mata Atlântica. O Museu de Biologia Professor Mello Leitão (MBML). Disponível em: https://www.gov.br/inma/pt-br (acessada em 13/10/2022).

MITTERMEIER, R. A. et al.. Hotspots revisited: earth’s biologically richest and most endangered terrestrial ecoregions. Cemex, Hardcover, 2005.

PBMC – Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. Contribuição do Grupo de Trabalho 2 ao Primeiro Relatório de Avaliação Nacional do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas. Sumário Executivo do GT2. PBMC, Rio de Janeiro, 2013.

RIBEIRO, M. C.; METZGER, J. P.; MARTENSEN, A. C.; PONZONI, F. J.; HIROTA, M. M. The Brazilian Atlantic Forest: how much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biological Conservation, 142, p.1141-1153, 2009.

ROCHELLE, A. L. C. Heterogeneidade ambiental: diversidade e estrutura da comunidade arbórea de um trecho da Floresta Ombrófila. 2008. 126f. Dissertação (Mestrado em Biologia Vegetal) - Universidade Estadual de Campinas, UNICAMP, São Paulo.

ROY, H.E., POCOCK, M.J.O., PRESTON, C.D., ROY, D.B., SAVAGE, J., TWEDDLE, J.C. & ROBINSON, L.D. Understanding Citizen Science & Environmental Monitoring. Final Report on behalf of UK-EOF. NERC Centre for Ecology & Hydrology and Natural History Museum, pp. 5-11, 2012.

SILVERTON, J. A new dawn for citizen science. Trends in Ecology & Evolution. v.24, p.467-471, 2009.lo

MCTI - Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.Terceira Comunicação Nacional do Brasil à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, v.1, Brasília, 2016.

THOMAZ, L.D. & MONTEIRO, R. Composição florística da Mata Atlântica de encosta da Estação Biológica de Santa Lúcia, município de Santa Teresa – ES. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão (Nova Série), v.7, p.1-48, 1997.

Downloads

Publicado

2022-12-07

Como Citar

CAMILO DE JESUS, Thiago Auer; FERRACIOLI, Laercio. FÍSICA EM UM MUSEU DE BIOLOGIA: UM ESTUDO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS ATRAVÉS DE VARIÁVEIS HIDROLÓGICAS DA MATA ATLÂNTICA . Revista do Professor de Física, [S. l.], v. 6, n. Especial, p. 46–51, 2022. DOI: 10.26512/rpf.v1i1.45927. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/rpf/article/view/45927. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Anais do Encontros Integrados em Física e Seu Ensino 2022