Os sentidos caligráficos em Hilal Sami Hilal. Por uma proposta de pintescritura
DOI:
https://doi.org/10.26512/vis.v16i1.20488Palavras-chave:
Hilal Sami Hilal. Intersemiose. Teoria e História da Arte. Literatura. Giro Pictórico.Resumo
É em torno do costeiro, do litorâneo, zona de contaminação a ecoar a lição lacaniana, que se enredam as tramas de um texto em que o poético oscila entre a língua e a imagem. O (des)fiar narrativo, circular e plurivocal das obras do artista visual Hilal Sami Hilal em que o verbal assume, por meio de inscrições alfabéticas oxidadas, a aparência de notações a beirar o hieroglífico ”“ torna-se alegoria, uma vez que encerra a questão, insistente e fantasmal, da leitura de obras de arte a partir de uma análise comparativa e contrastiva de diferentes sistemas semióticos. Ocupam-nos aqui alguns modos pelos quais literatura e visualidade copulam caligráficos a produzir sentidos na materialidade do que batizamos pintescritura.Downloads
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