Reorganização Familiar e Rede Social de Apoio Pós-homicídio Juvenil

Auteurs-es

  • Daniela Fontoura Domingues UnB
  • Maria Auxiliadora Dessen UnB

Mots-clés :

Família, Violência, Homicídio juvenil, Luto, Rede social de apoio

Résumé

A morte violenta de jovens provoca mudanças no cotidiano das famílias e nas comunidades, particularmente nos modos de organização dos sobreviventes. Este estudo buscou investigar as transformações nos sentimentos, nas relações sociais e na rede social de apoio de 8 famílias que perderam jovens vitimados por homicídio no Distrito Federal. Participaram da pesquisa mães e irmãos destes jovens, que responderam a um questionário de caracterização do sistema familiar e a uma entrevista semiestruturada. Os relatos, submetidos à análise qualitativa, apontaram sentimentos de desespero, dor, culpa, revolta e medo. O episódio alterou o funcionamento familiar, provocando desorganização nas relações conjugais e parentais. Os resultados indicam a necessidade de fortalecer a rede social dessas famílias e investimentos em políticas públicas.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

Andrade, G. R. B., & Vaitsman, J. (2002). Apoio social e redes: Conectando solidariedade e saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 4, 925-934.
Armour, M. P. (2002). Journey of family members of homicide victims: A qualitative study of their post-homicide experience. American Journal of Orthopsychiatry, 72, 372-382.
Armour, M. P. (2006). Meaning making of survivors of violent death. In E. K. Rynearson (Ed.), Violent death: Resilience and intervention beyond the crisis (pp. 101-122). New York: Routledge.
Asaro, M. R. (2001). Working with adult homicide survivors, part I: Impact and sequelae of murder. Perspectives in Psychiatric Care, 37, 95- 101.
Barber-Madden, R., & Saber, B. A. (2010). A situação dos jovens no mundo. In R. Barber-Madden & T. F. Santos (Eds.), A juventude brasileira no contexto atual e em cenário futuro (pp. 17-39). Brasília: UNFPA.
Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.
Bonanno, G. A. (2006). Grief, trauma, and resilience. In E. K. Rynearson (Ed.), Violent death: Resilience and intervention beyond the crisis (pp. 31-46). New York: Routledge.
Bromberg, M. H. P. F. (1996). Luto: a morte do outro em si. In M. H. P. F. Bromberg, M. J. Kovács, M. M. J. Carvalho, & V. A. Carvalho (Eds.), Vida e morte: Laços de existência (pp. 98-121). São Paulo: Casa do Psicólogo.
Builes, G. M. G., Arias, G. M. A., & Minayo, M. C. (2008). Las migraciones forzadas por la violencia: El caso de Colombia. Ciência & Saúde Coletiva, 13, 1649-1660.
Cano, I., & Ribeiro, E. (2007). Homicídios no Rio de Janeiro e no Brasil: Dados, políticas públicas e perspectivas. In M. V. G. Cruz & E. C. Batitucci (Eds.), Homicídios no Brasil (pp. 51-78). Rio de Janeiro: FGV.
Currier, J. M., & Neimeyer, R. A. (2006). Fragmented stories: The narrative integration of violent loss. In E. K. Rynearson (Ed.), Violent death: Resilience and intervention beyond the crisis (pp. 85-100). New York: Routledge.
Dessen, M. A. (2009). Questionário de caracterização do sistema familiar. In L. Weber & M. A. Dessen (Eds.), Pesquisando a família: Instrumentos para coleta e analise de dados (pp. 102-114). Curitiba: Juruá.
Dessen, M. A., & Braz, M. P. (2000). Rede social de apoio durante transições familiares decorrentes do nascimento de filhos. Psicologia: Teoria & Pesquisa, 16, 221-231.
Dessen, M. A., & Cerqueira-Silva, S. (2009). Desenvolvendo sistemas de categorias com dados de entrevistas. In L. Weber & M. A. Dessen (Eds.), Pesquisando a família: Instrumentos para coleta e análise de dados (pp. 43-56). Curitiba: Juruá.
Dessen, M. A., & Polonia, A. C. (2007). A família e a escola como contextos de desenvolvimento humano. Cadernos de Psicologia e Educação Paidéia, 17, 21-32.
Domingues, D. F., Villas Boas, A. C. B. V., & Dessen, M. A. (2011). Homicídio juvenil por arma de fogo e reorganização familiar: um estudo de caso. PSICO (PUCRS), 42, 51-58.
Elgar, F. J., & Aitken, N. (2010). Income inequality, trust and homicide in 33 countries. The European Journal of Public Health, 4, 1-6.
Kovács, M. J. (1992). Morte e desenvolvimento humano. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Malone, L. (2007). In the aftermath: Listening to people bereaved by homicide. Probation Journal, 4, 383-393.
Mayer, L. R. (2002). Rede de apoio social e representação mental das relações de apego de meninas vítimas de violência doméstica. Tese de Doutorado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.
Miller, L. (2009). Family survivors of homicide: Symptoms, syndromes, and reaction patterns. The American Journal of Family Therapy, 37, 67-79.
Mota, E. L. A., Franco, A. L. S., & Motta, M. C. (1999). Migração, estresse e fatores psicossociais na determinação da saúde da criança. Psicologia: Reflexão e Crítica, 12, 28-42.
Murphy, S. A. (2006). Evidence-based interventions for parents following their children’s violent death. In E. K. Rynearson (Ed.), Violent death: Resilience and intervention beyond the crisis (pp. 175-194). New York: Routledge.
Peres, M. F. T. (2007). Homicídios, risco e vulnerabilidade: para uma discussão da dinâmica da vitimização por homicídios. In M. V. Gonçalves-Cruz & E. C. Batitucci (Eds.), Homicídios no Brasil (pp. 125-139). Rio de Janeiro: FGV.
Peres, M. F. T., Cardia, N., & Santos, P. C. (2006). Homicídios de crianças e jovens no Brasil: 1980-2002 (Relatório Institucional, s.n.). Retrieved from http:www.neveusp.org
Pressman, D., & Bonanno, G. A. (2007). With whom do we grief? Social and cultural determinants of grief processing in the United States and China. Journal of Social and Personal Relationships, 24, 729-746.
Raphael, B., Stevens, G., & Dunsmore, J. (2006). Clinical theories of loss and grief. In E. K. Rynearson (Ed.), Violent death: Resilience and intervention beyond the crisis (pp. 3-29). New York: Routledge.
Salloum, A., & Rynearson E. K. (2006). Family resilience after violent death. In E. K. Rynearson (Ed.), Violent death: Resilience and intervention beyond the crisis (pp. 47-63). New York: Routledge.
Schaefer, J. A., & Moss, R. H. (2007). Bereavement experiences and personal growth. In M. S. Stroebe, R. O. Hansson, W. Stroebe, & H. Schut (Eds.), Handbook of bereavement research: Consequences, coping, and care (5ed., pp. 145-167). Washington, DC: American Psychological Association.
Shear K., Gorscak, B., & Simon, N. (2006). Treatment of complicated grief following violent death. In E. K. Rynearson (Ed.), Violent death: Resilience and intervention beyond the crisis (pp. 157-174). New York: Routledge.
Sluzki, C. E. (1997). A rede social na prática sistêmica. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Spungen, D. (1998). Homicide: The hidden victims ”“ a guide for professionals. London: Sage.
Temple, S. (1997). Treating inner-city families of homicide victims: A contextually oriented approach. Family Process, 36, 133-149.
Vasconcelos, A. M. N., & Costa, A. (2005). Demografia da violência no Distrito Federal: evolução e características. In A. Paviani, I. C. B. Ferreira & F. F. P. Barreto (Eds.), Brasília: Dimensões da violência urbana (pp. 33-56). Brasília: UnB.
Viano, E. C. (2007). Homicídio: uma perspectiva vitimológica. In M. V. Gonçalves-Cruz & E. C. Batitucci (Eds.), Homicídios no Brasil (pp. 105-124). Rio de Janeiro: FGV.
Waiselfisz, J. J. (2010). Mapa da violência: Anatomia dos homicídios no Brasil. São Paulo: Instituto Sangari.
Walsh, F. (2007). Traumatic loss and major disasters: Strengthening family and community resilience. Family Process, 2, 207-227.
Walsh, F., & McGoldrick, M. (2004). Loss and family: A systemic perspective. In F. Walsh & M. McGoldrick (Eds.), Living beyond loss: Death in the family (2nd ed., pp. 3-26). New York: W.W. Norton & Company.

Téléchargements

Publié-e

2013-07-04

Comment citer

Domingues, D. F., & Dessen, M. A. (2013). Reorganização Familiar e Rede Social de Apoio Pós-homicídio Juvenil. Psicologia: Teoria E Pesquisa, 29(2), 141–148. Consulté à l’adresse https://periodicos.unb.br/index.php/revistaptp/article/view/17601