Estratégias de Aprendizagem e Desempenho Acadêmico:
Evidências de Validade
Palavras-chave:
Aprendizagem, Estudo, Avaliação psicoeducacional, Estratégias de aprendizagemResumo
O objetivo deste estudo foi verificar a validade fatorial de uma escala de estratégias de aprendizagem, bem como explorar sua validade concorrente em relação ao desempenho acadêmico de estudantes. Participaram 815 crianças do Ensino Fundamental de escolas públicas e privadas dos Estados de São Paulo e Minas Gerais. A Escala de Estratégias de Aprendizagem foi aplicada coletivamente. Para a operacionalização dos objetivos, recorreu-se à análise fatorial exploratória. Os alphas de Cronbach do instrumento e das três subescalas revelaram índices aceitáveis de consistência interna. A análise de variância apontou diferenças estatisticamente significativas entre o desempenho acadêmico e a pontuação na escala. Os dados foram discutidos em termos de suas possíveis implicações para a área de avaliação psicoeducacional.
Downloads
Referências
Boruchovitch, E. (1999). Estratégias de aprendizagem e desempenho escolar: considerações para a prática educacional. Psicologia: Reflexão e Crítica, 12, 361-376.
Boruchovitch, E., & Santos, A. A. A. (2004a). Escala de avaliação de estratégias de aprendizagem para crianças do ensino fundamental. Manuscrito não publicado, Universidade São Francisco, Bragança Paulista.
Boruchovitch, E., & Santos, A. A. A. (2004b). Escala de avaliação de estratégias de aprendizagem para crianças do ensino fundamental. Manuscrito não publicado, Universidade São Francisco, Bragança Paulista.
Boruchovitch, E., & Santos, A. A. A. (2006). Estratégias de aprendizagem: conceituação e avaliação. Em A. P. P. Noronha & F. F. Sisto (Orgs.), Facetas do fazer em avaliação psicológica (pp. 107-124). São Paulo: Vetor.
Boruchovitch, E., Santos, A. A. A., Costa, E. R., Neves, E. R. C., Cruvinel, M. Primi, R., & Guimarães, S. E. R. (2006). Estudo preliminar para construção de uma escala de estratégias de aprendizagem infantil. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 22, 297-304.
Buriasco, R. L. C. (2000). Algumas considerações sobre avaliação educacional. Estudos em Avaliação Educacional, 22, 155-177.
Bzuneck, J. A. (2001). O esforço nas aprendizagens escolares: mais do que um problema motivacional do aluno. Revista Educação e Ensino ”“ USF, 6, 7-18.
Bzuneck, J. A. (2004). Aprendizagem por processamento da informação: uma visão construtivista. Em E. Boruchovitch & J. A. Bzuneck (Orgs.), Aprendizagem: processos psicológicos e contextos social na escola (pp. 17-54). Petrópolis: Vozes.
Costa, E. R., & Boruchovitch, E. (2000). Fatores que influenciam o uso de estratégias de aprendizagem. Psico-USF, 5, 11-24.
Darsie, M. M. P. (1996). Avaliação e aprendizagem. Cadernos de Pesquisa, 99, 47-59.
Dembo, M. H. (1994). Applying educational psychology (5th ed.). New York: Longman.
Esteban, M. T. (2000). Exigências democráticas/exigências pedagógicas: avaliação. Tecnologia Educacional, 29, 3-6.
Jamieson, J. (1995). The cognitive styles of reflection/inpulsivity and field independence/dependence and ESL success. Em Brown, H. D. & Gonzo, S. T. (Orgs.), Readings on second language acquisition (pp. 119-137). Illinois: Prentice Hall.
Kasai, R. C. B. (2000). Avaliação da aprendizagem: um projeto vivido. Revista Diálogo Educacional, 1, 41-49.
Loranger, A. L. (1994). The study strategies of successful and unsuccessful high school students. Journal of Reading Behavior, 26, 347-360.
Martins, R. C. (1999). Avaliação crítica de uma experiência de ensino aprendizagem. Estudos de Psicologia ”“ PUC- Campinas, 16, 54-64.
Mckeachie, W. J., Pintrich, P. R., & Lin, Y. G. (1985). Teaching learning strategies. Educational Psychologist, 20, 153-160.
Moura, E. V. X. (1992). Influência da abordagem e nível de proficiência no uso de estratégias por alunos bem e mal sucedidos. Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual Paulista, Assis.
Nori, R., & Giusberti, F. (2006). Predicting cognitive styles from spatial abilities. American Journal of Psychology, 119, 67-86.
Noronha, A. P. P. (1999). Avaliação psicológica: usos e problemas com ênfase nos testes. Tese de Doutorado, Universidade Católica de Campinas, Campinas.
Noronha, A. P. P., & Alchieri, J. C. (2001). Reflexões sobre os instrumentos de avaliação psicológica. Em R. Primi (Org.), Temas em avaliação psicológica (pp. 7-16). Campinas: IBAP.
Oliveira, K. L., Boruchovitch, E., & Santos, A. A. A. (2006) Escala de Estratégias de Aprendizagem: estudo das propriedades psicométricas. Em C. Machado, L. Almeida, M. A. Guisande, M. Gonçalves & V. Ramalho (Orgs.), XI Conferência Internacional ”“ Avaliação Psicológica: formas e contextos (pp. 509-516). Braga: Psiquilibrios Edições.
Onatsu-Arvilommi, T., Nurmi, J. E., & Aunola, K. (2002). The development of achievement strategies and academic skills during the first year of primary school. Learning an Instruction, 12, 509-527.
Prieto, G., & Muñiz, J. (2000). Um modelo para evaluar la calidad de los tests utilizados em España. Retirado em 14/01/2006, de http://www.cop.es/tests/modelo.htm.
Purdie, N., & Harttie, J. (1996). Cultural differences in the use of strategy for self-regulated learning. American Educational Reserarch Journal, 33, 845-871.
Reay, D. (2006). I’m not seen as one of the clever children: Consulting primary school pupils about the social conditions of learning. Educational Review, 58, 171-181.
Sisto, F. F., Sbardelini, E. T. B., & Primi, R. (2001). Contextos e questões da avaliação psicológica. São Paulo: Casa do Psicólogo.
Sternberg, R. J. (2000). Psicologia cognitiva (M. R. B. Osório, Trad.). Porto Alegre: Artes Médicas. (Trabalho original publicado em 1996)
Tapia, J. A., & Garcia-Celay, I. M. (1966). Motivação e aprendizagem escolar. Em C. Coll, J. Palácios & A. Marchesi (Orgs.), Desenvolvimento psicológico e educação: psicologia da educação (pp. 161-175). Porto Alegre: Artes Médicas.
Valdés, M. T. M. (2003). Estrategias de aprendizaje: bases para la intervención psicopedagógica. Revista de Psicopedagogía, 20, 136-142.
Veenman, M. V. J., Wilhelm, P., & Beishuizen, J. J. (2004). The relation between intellectual and metacognitive skills from a developmental perspective. Learning and Instruction, 14, 89-109.
Zimmerman, B. J., & Martinez-Pons, M. (1986). Development of a structured interview for assessing student use of self-regulated learning strategies. American Educational Research Journal, 23, 614-628.