O lugar da experiência e da razão na origem do conhecimento do turismo
DOI:
https://doi.org/10.26512/revistacenario.v1i1.15206Palavras-chave:
Turismo.Resumo
Este artigo discorre sobre o domínio material e conceitual do turismo-tese, o objeto da ciência, através dos conhecimentos sistematizados por autores da área e por organismos oficiais de caráter mundial. Analisamos a fragilidade dessas teorias de indução empírica e a atitude positivista onde ocorre uma explícita subordinação do imaginário pela observação do fato. Reconstruímos a epistemologia interna, estabelecendo uma crítica ao domínio conceitual-antítese aos métodos e fundamentos utilizados no ensino do Turismo como um campo disciplinar: o empirismo, o funcionalismo e o sistemismo. Alçamo-nos da sociologia compreensiva de Michel Maffesoli e da teoria da complexidade de Edgar Morin, buscando a construção de um conhecimento turístico interdisciplinar abarcando sua complexidade. A nova síntese é permeada pela análise da epistemologia derivada, onde a relação de sujeito/objeto reconstrói-se organicamente e de forma complexa, estabelecendo-se o domínio da psicogênese e sociogênese do conhecimento turístico, recuperando os valores humanos no discurso científico do turismo.
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