Filosofia na Literatura:
Sedução, Prazer e Liberdade
DOI:
https://doi.org/10.26512/resafe.v0i8/9.4173Palavras-chave:
Ciências Sociais, Filosofia, Educação, Filosofia da Educação, Ensino de Filosofia, Literatura, LeituraResumo
Este artigo pretende indicar alguns pontos de cruzamento entre a filosofia e a literatura, enfatizando o modo como ambas se ligam à experiência da leitura. Segundo Larrosa, nesta experiência há uma despersonalização do leitor; com ela o leitor abandona-se e se "des-maternaliza". Mas como abandonar o "primeiro ser" - fixado em mundo interpretado e administrado - do qual nos fala Larrosa? Difícil tarefa essa, pois segue na contramão, uma vez que a presença da indústria cultural esforça-se exatamente no sentido de promover um embotamento de nossas percepções estéticas. Em tempos de empobrecimento da experiência, tanto a literatura quanto a filosofia - tomada não como teoria, mas como prática, como vivência, como experiência de um filosofar - nos lançam para além do escrito e permitem a transformação do que somos.
Downloads
Referências
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. In: ABREU, Márcia (org.). Leituras no Brasil: antologia comemorativa pelo 10o COLE. Campinas, SP: Mercado das Letras, 1995. p. 29-46.
GALLAND, Antoine. As mil e uma noites. Tradução de Alberto Diniz. Rio de Janeiro: Ediouro, 2001. vols. 1 e 2.
LARROSA, Jorge. Leitura e metamorfose: em torno de um poema de Rilke. Tradução de Alfredo Veiga-Neto. In: ____________. Pedagogia profana: danças, piruetas e mascaradas. Belo Horizonte: Autêntica, 2003. p. 97-116.
LISPECTOR, Clarice. Felicidade Clandestina. In: Seminário Nacional de Literatura Infantil e Juvenil - Manual. Elaborado por Eliana Yunes et al. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro, 1988. p.15-17.
VOLKER, Paulo. Filosofia e Literatura ou as relações perigosas. In: KOHAN, Walter Omar; LEAL, Bernardina. (org.) Filosofia para crianças em debate. Petrópolis, RJ: Vozes, 1999. p. 139-146.