O que a Ciência Política (não) tem a Dizer sobre o Neogolpismo Latino-Americano?
DOI:
https://doi.org/10.21057/10.21057/repamv14n2.2020.26975Palavras-chave:
Ciência Política, Neogolpismo, América LatinaResumo
Qual tem sido a reação da ciência política latino-americana, e especialmente da ciência política brasileira, diante dos processos de ruptura institucional de novo tipo sofridos por diversos países da região nesta última década? Ou, mais concretamente: como a disciplina vem se posicionando frente ao que aconteceu em Honduras em 2009, no Paraguai em 2012 e no Brasil em 2016? Qual a centralidade que ocupa este tema na agenda de investigação dos cientistas políticos dos nossos países? Procuramos responder a estas perguntas a partir da análise dos textos publicados nas principais revistas da área, assim como do exame dos artigos apresentados nos Congressos da Associação Brasileira de Ciência Política (ABCP) e nos Congressos da Associação Latino-Americana de Ciência Política (ALACIP), buscando por termos selecionados que guardam relação com a temática dos neogolpes. Partimos do pressuposto de que, diante de um fenômeno novo que põe em xeque a sobrevivência das democracias latino-americanas, a ciência política, sempre preocupada justamente com a questão democrática, deveria dar ao assunto o destaque que este merece, pondo-o, assim, no topo das suas preocupações acadêmicas e políticas. O artigo confirma a hipótese da quase ausência do tema na produção da ciência política latino-americana.
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