A Exploração do meio ambiente no Brasil e os povos indígenas:
Por uma compreensão intercultural e coletiva dos direitos humanos
DOI:
https://doi.org/10.21057/10.21057/repamv15n2.2021.36171Palavras-chave:
Ambiente; Exploração; Indígenas; InterculturalResumo
O presente estudo objetiva discutir a emergente necessidade de uma releitura dos direitos humanos no século XXI e do direito à autodeterminação dos povos indígenas frente à expansão agrícola e exploração do meio ambiente que ocorre no Brasil, originária da aplicação de políticas neoliberais específicas. Será abordado o imperativo do aprofundamento do estudo de uma visão intercultural para adequada compreensão crítica desse fenômeno, sendo demonstra a insuficiência da atual concepção de direitos humanos, que mais serve para respaldar uma política neoliberal de redução do Estado na atividade regulatória e fiscalizatória do meio ambiente em benefício do desenvolvimento econômico do que para proteção adequada dos direitos humanos (especialmente sociais e culturais) dos direitos dos povos indígenas.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Diana Almeida e REYES, Eloy Alfaro. “Componente antropológico”. In: MÉNDEZ, Julio Marcelo Prieto. Derechos de la naturaleza: Fundamento, contenido y exigibilidad jurisdiccional. Quito: Corte Constitucional del Ecuador - CEDEC, 2013.
BOCUHY, Carlos. “2020 aponta crises ainda maiores em 2021 na área ambiental”. Jornal Estado de São
Paulo, 05 dez. 2020.
BRAGON, Ranier. “Em dois anos, Bolsonaro esvaziou órgãos que cuidam de questões ambientais, indígenas e agrárias: cumprindo indicativo da campanha, presidente acentuou desmonte iniciado em gestões anteriores”.
Jornal Folha de São Paulo, 28 dez. 2020.
CAL Y MAYOR, Araceli Burguete. “Autonomía: la emergencia de un paradigma en las luchas por la descolonización en América Latina”. In: GONZÁLEZ, Miguel, CAL Y MAYOR, Araceli Burguete e ORTIZ, Pablo. La autonomía a debate: autogobierno indígena y Estado plurinacional en América Latina. Quito: FLACSO, 2010. p.63-94.
CAPELLA, Juan Ramón. Os cidadãos servos. Tradução: Lédio Rosa de Andrade e Têmis Correia Soares. Porto Alegre: Sérgio Antonio Fabris, 1998.
CASQUETES, Jesús. Movimientos Sociales y Democracia. El poder de la Calle: ensayos sobre acción colectiva. Madrid: Centro de Estudios Políticos y Constitucionales, 2006.
CHAUÍ, Marilena e SANTOS, Boaventura de Sousa Santos. Direitos Humanos, democracia e desenvolvimento. São Paulo: Cortez, 2013.
FERREIRA, Jorge e DELGADO, Lucilia de Almeida Neves (Org.). O tempo do liberalismo oligárquico: da
Proclamação da República à Revolução de 1930 – Primeiro República (1889-1930). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018. Recurso digital. Formato: epub.
FERNANDES, José Pedro Teixeira. Geopolítica em tempo de paz e guerra. Coimbra: Almedina, 2019.
FLORES, Joaquin Herrera. “Direitos Humanos, interculturalidade e racionalidade de resistência”. Tradução: Carol Proner. Revista Sequência, vol. 23, nº 44, pp. 09-30. 2002.
FREDERICO, Samuel. “Economia política do território e as forças de dispersão e concentração no agronegócio brasileiro”. Revista GEOgraphia, ano.17, nº 35, Dossiê 2015, pp. 68.-94.
GONZA, Alejandra. Convención Americana sobre Derechos Humanos comentada. STEINER, Christian e
URIBE, Patricia (coord.) Bogotá: Fundación Konrad Adenauer, Programa Estado de Derecho para Latinoamérica, 2014.
GONZÁLEZ, Miguel. “Autonomías territoriales indígenas y regímenes autonómicos (desde el Estado) en América Latina”. In: GONZÁLEZ, Miguel, CAL Y MAYOR, Araceli Burguete e ORTIZ, Pablo. La autonomía a debate: autogobierno indígena y Estado plurinacional en América Latina. Quito: FLACSO, 2010.
ORIÁ, Ricardo. O direito ao passado contra o negacionismo histórico. Jornal Estado de São Paulo, 07 dez 2020.
RAPOPORT, Mario; LAUFER, Rubén. “Os Estados Unidos diante do Brasil e da Argentina: os golpes militares da década de 1960”. Rev. bras. polít. int., Brasília , v. 43, n. 1, p. 69-98, Jun. 2000. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-73292000000100004&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 16 Jan. 2021.
RESENDE, Sarah Mota. “No que depender de mim, não tem mais demarcação de terra indígena, diz Bolsonaro a TV”. Presidente eleito falou em entrevista ao ‘Brasil Urgente’, da Band. Jornal Folha de São Paulo, 05. nov. 2018.
RIBEIRO. Gabriel Mithá. Um século de escombros: pensar o futuro com os valores morais da Direita. Portugal: Oficina do Livro, 2019.
SANTOS, Boaventura de Sousa. A gramática do tempo: para uma nova cultura política, 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2010.
SANTOS, Boaventura de Sousa. Se Deus fosse um ativista dos direitos humanos, 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2014.
SANTOS, Boaventura de Sousa. “Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes”. Revista Novos Estudos, nº 79. nov. 2007.pp.71-94.
SANTOS, Manoel Leonardo, MANCUSO, Wagner Pralon, RESENDE, Ciro Antônio da Silva e BARBOZA, Danilo Praxedes. Financiamento de campanha e lobbying empresarial nas comissões permanentes da câmara dos deputados. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Rio de Janeiro: Ipea, 2021. Disponível em: <https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/TDs/td_2622.pdf>. Acesso em: 15.01.2021.
WATANABE, Phillippe. “Desmatamento na Amazônia volta a bater recorde e cresce 9,5% de 2019 a 2020.
Área derrubada na floresta foi a maior da última década, mais de 11 mil quilômetros quadrados”. Jornal Folha de São Paulo, 30.nov.2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Marcelo Rodrigues Mazzei, Juvêncio Borges da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) visando aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d. Ao ter seu trabalho aprovado e publicado, o autor compromete-se a colaborar com os processos de avaliação de outros trabalhos, em conformidade com sua disponibilidade e área de atuação.