Folclore, Religiões Afro-Cubanas e Racismo em Santiago de Cuba.
DOI:
https://doi.org/10.21057/10.21057/repamv13n3.2019.27337Palavras-chave:
Folclore. Racismo. Religiões afro-cubanas. CUbaResumo
O texto busca desenvolver uma reflexão sobre os cruzamentos entre políticas culturais formais e práticas afro-religiosas a partir de um Festival acadêmico-cultural na cidade de Santiago de Cuba. Com investimentos em conjuntos folclóricos, após o triunfo da Revolução de 1959, muitas pessoas viram suas práticas religiosas de matriz africana ocuparem espaços outrora negados a elas. Porém, as medidas tomadas pelo governo Revolucionário, embasadas numa ideia de que todas as desigualdades sociais eram fruto de uma ideologia burguesa capitalista, não foram suficientes para acabar com as discriminações raciais na Ilha. Partindo de dois eventos importantes na cidade de Santiago de Cuba, o Festival do Caribe e o Carnaval, busco levantar algumas questões sobre quais os contextos em torno de eventos legitimados ou não pelo Estado.
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