Variabilidade espacial de propriedades físicas de solo e de variáveis de plantas daninhas em dois sistemas de manejo de solo
DOI:
https://doi.org/10.33240/rba.v4i3.49046Palabras clave:
Distribuição espacial, correlação espacial, densidade do solo, porosidade do solo,, plantas daninhas, geoestatísticaResumen
Variáveis físicas de solo e de plantas daninhas têm sido quantificadas e descritas como espacialmente dependentes. Estas descrições têm sido realizadas com o auxílio de ferramentas geoestatísticas, que permitem detectar a existência da dependência espacial, descrevê-la e fazer estimativas para locais não amostrados através da krigagem ou da co-krigagem. Este trabalho tem por objetivo estabelecer e descrever a variabilidade espacial dos seguintes parâmetros: Densidade do solo (Ds); macro (Mac); micro (Mic) e porosidade total (Pt) do solo; capacidade de aeração da matriz do solo (CAMS); teor de água armazenado na tensão de 100 cm de coluna de água - definido como a capacidade de campo do solo (CC); biomassa das plantas daninhas (biomassa); densidade de plantas daninhas (Dp); densidade de Commelina benghalensis (commelina) e densidade de Bidens pilosa (bidens), todos sob dois sistemas de manejo do solo, plantio direto (PD) e preparo convencional (PC). Amostragens foram realizadas em 128 pontos para cada sistemas, no cruzamento de coordenadas X e Y em malha de 3 x 5 m e de 3 x 2,5 m. Amostras de solo indeformadas foram coletadas no centro da camada de 0 –15 cm. A densidade total de plantas e de cada espécie foi obtida em uma área de 1 m2. A biomassa foi obtida coletando-se a parte aérea das plantas daninhas e secada em estufa até peso constante. A análise exploratória dos dados mostrou a existência de tendência determinística para as variáveis físicas de solo no PC e para as variáveis de plantas daninhas nos dois sistemas de manejo, com exceção da variável densidade de commelina, no PD. Os dados foram transformados para logaritmo natural e valores ‘outliers’ foram excluídos, atendendo à análise exploratória. A variabilidade espacial foi estudada utilizando-se a geoestatística, mediante a análise de semivariogramas e semivariogramas cruzados, interpolação por krigagem e construção de mapas de isolinhas. As variáveis apresentaram dependência espacial, com exceção da densidade de commelina no PC. Os alcances dos semivariogramas foram maiores no PC do que no PD, com exceções à biomassa e à CAMS. Nos semivariogramas cruzados entre as variáveis físicas de solo, o padrão da amplitude da dependência espacial se manteve, com alcances maiores no PC, exceto o alcance da Ds x CC. Os alcances dos semivariogramas cruzados entre variáveis físicas de solo e de plantas daninhas, em alcances foram, em geral, maiores no PD. Conclui-se que as propriedades físicas de solo e de plantas daninhas estudadas são espacialmente dependentes, com exceção da densidade de commelina no PC, e que as variáveis que apresentam correlação espacial e amostradas em menor intensidade, podem ser estimadas pela co-krigagem.
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