Che Guevara

sentidos em confronto no discurso midiático

Autores

Palavras-chave:

discurso jornalístico. ideologia. memória discursiva.

Resumo

Sob a ótica da teoria de Análise do Discurso de matriz francesa, sobretudo com base nos postulados de Michel Pêcheux, pretendemos mobilizar alguns estudos sobre o discurso jornalístico a fim de observar os efeitos de sentidos que este promove nas quatro textualizações ora selecionadas acerca de Che Guevara. Consideramos que o espaço de enunciação do discurso jornalístico dá grandes margens a interpelações ideológicas que o coloca acima de suspeitas, merecedor de credibilidade, visto que é apoiado pelas supostas eficácia e fidedignidade das provas. Assim, este discurso condensaria mérito e confiabilidade aos seus registros, ancorando-se na ilusão inerente à linguagem da possibilidade de controle dos sentidos que devem circular sobre certo fato ou acontecimento. Na tentativa de desnaturalizar tais sentidos, esse artigo se coloca, inferindo que os dizeres sobre Che na grande imprensa tensionam a fratura do “herói” e, na imprensa não-convencional, anotam nele o homem, intelectual e militante.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia e Bacharel em Ciências da Informação e Documentação, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo. Membro do grupo de pesquisa “Discurso e memória: nos movimentos do sujeito” (CNPq).

Professora Doutora do Curso de Graduação em Ciências da Informação e da Documentação e do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo. É graduada em Letras, com doutorado em Psicologia, pela mesma universidade. Profa. colaboradora do Mestrado em Ciência, Tecnologia e Sociedade da UFSCar. Líder do grupo de pesquisa “Discurso e memória: nos movimentos do sujeito” (CNPq). Bolsista CNPQ.

Referências

Farsa. In: Ferreira, A. B. H. (1999). Dicionário Aurélio: Século XXI. Rio de Janeiro: Nova Fronteira. CD-ROM.

Mariani, B. (1998). O PCB e a imprensa. Campinas: Editora da Unicamp e Editora Revan.

Moraes, D. (1998) Planeta Mídia: tendências da comunicação na era global. Campo Grande: Letra livre.

Orlandi, E. L. P. (1992). Entremeio e discurso. Santa Maria: [s.n.],. Congresso Interdisciplinar.

Orlandi, E. L. P. (1997). A Linguagem e seu funcionamento: as formas de discurso. 4.ed. Campinas: Pontes.

Orlandi, E. L. P. (2003). Análise de Discurso: Princípios e Procedimentos. Campinas, SP: Pontes.

Orlandi, E. L. P. e Rodrigues, S. L. (Org.). (2006). Introdução à s ciências da linguagem: discurso e textualidade. Campinas: Pontes.

Pêcheux, M. (1997). Análise automática do discurso (AAD-69). In F.GADET, e T. HAK, (org.). In: Por uma análise automática do discurso; uma introdução à s obras de Michel Pêcheux. Campinas: Ed. da Unicamp. (Título original: Analyse Automatique du Discours. Paria, 1969).

Pêcheux, M. (1997). Semântica e discurso: uma crítica a afirmação do óbvio. 3 ed. Campinas: Editora da Unicamp. Tradução de Eni de Lourdes Puccinelli Orlandi [et al.].

Pêcheux, M. (1999) O papel da memória. In: DAVALLON, J.; DURAND, J. L.; ORLANDI E. P (orgs). Papel da memória. Tradução e introdução de José Horta Nunes. Campinas: Pontes, 1999.

Pêcheux, M. (2002). O discurso: estrutura ou acontecimento. Tradução: Eni P. Orlandi. 3. ed. Campinas, SP: Pontes.

Downloads

Publicado

2020-10-19

Como Citar

Daiana Oliveira, & Lucíla Maria Sousa. (2020). Che Guevara: sentidos em confronto no discurso midiático. RALED, 9(2), 63–80. Recuperado de https://periodicos.unb.br/index.php/raled/article/view/33551

Edição

Seção

Artigos