Da personagem à pauta ampla: representação da situação de rua na Folha de S. Paulo

Auteurs-es

DOI :

https://doi.org/10.35956/v.23.n1.2023.p.6-24

Mots-clés :

Situação de rua. Jornalismo online. Estudos Críticos do Discurso. Política pública.

Résumé

Este artigo investiga a representação discursiva em torno da situação de Wlademir Delvechio, pessoa em situação de rua na cidade de São Paulo que construiu um espaço para viver no local conhecido como Minhocão, mas teve seus pertences recolhidos numa ação municipal. Depois da repercussão do caso pela Folha de S. Paulo, a equipe da administração de João Doria divulgou que Delvechio seria empregado pelo programa Trabalho Novo, mas ele regressou ao Minhocão. Foram quatro notícias veiculadas sobre o caso na Folha de S. Paulo, as quais nomeamos para este artigo de “caso Delvechio”, e que serão analisadas à luz dos estudos críticos do discurso. Apesar de tomar uma situação individual, o objetivo é compreender como a produção discursiva do jornal fala a suas leitoras e leitores sobre a situação de rua de uma maneira geral, cruzando a temática de políticas públicas.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Bibliographies de l'auteur-e

Daniele Gruppi de Mendonça, Universidade de Brasília

Doutoranda em Linguística (Linguagem e Sociedade) pela Universidade de Brasília (UnB), Daniele Mendonça é jornalista (UnB), membro do Núcleo de Estudos de Linguagem e Sociedade (NELiS/UnB) e do Laboratório de Estudos Críticos do Discurso (LabEC/UnB).

Viviane de Melo Resende, Universidade de Brasília

Doutora em Linguística (Linguagem e Sociedade) pela Universidade de Brasília (UnB), Viviane Resende é professora associada do Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (LIP/UnB). É Coordendora Geral do INCT Caleidoscópio: Instituto de estudos avançados em iniquidades, desigualdades e violências de gênero e sexualidade e suas múltiplas insurgências, com sede na UnB e apoiado pelo CNPq. É pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL/UnB), orientando na área de Linguagem e Sociedade, especificamente em Estudos Críticos do Discurso. Coordenadora do Laboratório de Estudos Críticos do Discurso (LabEC/UnB) e vice-coordenadora do Núcleo de Estudos de Linguagem e Sociedade (NELiS/Ceam/UnB).

Références

Acosta, M. P. T. 2017. (Con)textos de violação e resistência: um estudo em análise de discurso crítica sobre o caso Michele Maximino. Em M. Resende, e J. F. S. Regis (orgs.), Outras perspectivas em Análise de Discurso Crítica, pp. 53-102. Campinas – Pontes Editores.

Acosta, M. P. T. e Resende, V. M. 2014. Gêneros e suportes: por um refinamento teórico dos níveis de abstração. Romantica Olomucensia, 26 (2): 127-142.

Ávila, H. R. e Molina, M. L. 2017. A situação de rua como problemática social estrutural nas cidades. Em V. M. Resende e R. B. Silva (orgs.), Diálogos sobre resistência: organização coletiva e produção do conhecimento engajado. Campinas – Pontes Editores.

Bernardino-Costa, J. 2015. Decolonialidade e interseccionalidade emancipadora: a organização política das trabalhadoras domésticas no Brasil. Sociedade e Estado, 30, jan./apr. Brasília.

Carvalho. A. B. e Gomes, M. C. A. 2020. Uma análise crítica e discursiva sobre (re)construções de representações e de identidades em relatos de mulheres gordas em blogs. Em M. C. A. Gomes e P. F Pimenta (orgs.), Representações discursivas de identidades de gêneros em práticas sociais brasileiras, pp. 19-35. Porto Alegre – Editora Fi.

Fairclough, N. 2003. Analysing discourse: textual analysis for social research. London: Routledge.

Fairclough, N. e Melo, I. 2012. Análise Crítica do Discurso como método em pesquisa social científica. Linha D’Água, 25 (2):307-329.

Fairclough, N. 2010. A dialética do discurso. Revista Teias, capa, 11 (22).

Freire, P. 1987. Pedagogia do Oprimido, Rio de Janeiro, Paz e Terra.

Folha de S. Paulo. 2008. Manual da Redação. Publifolha.

Halliday, M. A. K. 1978. Language as Social Semiotic: The Social Interpretation of Language and Meaning. London: Edward Arnold.

IPEA. 2016. [Disponível na Internet em http://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/7289/1/td_2246.pdf ]. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Estimativa da População em Situação de Rua no Brasil. Texto para discussão. Brasília: Rio de Janeiro. Disponível em: http://repositorio. ipea.gov.br/bitstream/11058/7289/1/td_2246.pdf. [Consulta: 10 setembro. de 2019].

Magalhães, et al. 2017. Análise de discurso crítica: um método de pesquisa qualitativa. Brasília: Editora Universidade de Brasília.

Mendonça, D. G. 2020. População em situação de rua: como as ações e políticas públicas são representadas na Folha de São Paulo. Dissertação. (Mestrado em Linguística) Universidade de Brasília, Brasília.

Molina, M. L. 2015. Representaciones discursivas de las personas em situación de pobreza urbana en notas periodísticas informativas publicadas em los principales diários argentinos. Tesis – Universidade de Buenos Aires.

Moraes, F. e Veiga da Silva, M. 2019. A objetividade jornalística tem raça e tem gênero: a subjetividade como estratégia descolonizadora. Em Anais do XXVIII Encontro Anual da Compós, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre-RS.

Moraes, F. 2018. Para que serve um jornalismo de subjetividade? Em XVI Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo, São Paulo (SP).

Resende, V. M. e Mendonça, D. G. 2019. População em situação de rua e políticas públicas: representações na Folha de São Paulo. Revista DELTA, São Paulo, SP, v. 35(4).

Resende, V.M. 2017a. Gestão Policial da pobreza: vulnerabilidade de pessoas em situação de rua aos rigores da ordem pública – um estudo do caso de Samir Ali Ahmed Sati. Revista CES, 23: 15-31.23(1) | 23

Resende, V. M. 2017b. Decolonizar os estudos críticos do discurso: por perspectivas latino-americanas. Em XII Congresso Internacional da Aled. Universidad Católica - Santiago do Chile.

Resende, V. M. e Ramalho, V. C. V. S. 2004. Análise de Discurso Crítica, do modelo tridimensional à articulação entre práticas: implicações teórico-metodológicas. Linguagem em (Dis)curso –LemD, Tubarão, 5, 1: 185-207.

Tomazi, M. M. 2020. A agentividade nas manchetes sobre violência de homens contra mulheres. Discurso & Sociedad,14: 823-844.

Tuchman, G. 1999. A objetividade como ritual estratégico: uma análise das noções de objetividade dos jornalistas. Em N. Traquina (org.), Jornalismo: questões, teorias e “estórias”. Lisboa: Veja 2: 61-73.

Van Dijk, T. A. 2001. Critical Discourse Analysis. Em D. Tannen e D. Schiffrin e H. Heidi (orgs.). Handbook of Discourse Analysis, pp. 352-371. Oxford: Blackwell.

Van Dijk, T. A. 2015. Discurso e poder. São Paulo: Contexto.

Van Dijk, T. A. 2008. Discourse and Power. New York: Palgrave Macmillan.

Van Leeuwen, T. 1997. A representação dos atores sociais. Em E. R. Pedro (org.). Análise Crítica do Discurso: uma perspectiva sociopolítica e funcional, pp. 169-222. Lisboa: Caminho.

Vieira, V.C. e Resende, V.M. 2016. Análise de discurso (para a) crítica: o texto como material de pesquisa. Campinas: Pontes.

Téléchargements

Publié-e

2023-08-21

Comment citer

Mendonça, D. G. de, & de Melo Resende, V. (2023). Da personagem à pauta ampla: representação da situação de rua na Folha de S. Paulo. Revista Latinoamericana De Estudios Del Discurso, 23(1), 6–24. https://doi.org/10.35956/v.23.n1.2023.p.6-24

Numéro

Rubrique

Artículos

Articles similaires

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 > >> 

Vous pouvez également Lancer une recherche avancée d’articles similaires à cet article.