Estímulo às Funções Executivas: Um relato de experiência na Educação Infantil

Autores

  • Claricy Araújo Rodrigues
  • Bianca de Melo Ferreira
  • Alena Nobre UPE
  • Jacqueline Travassos de Queiroz

Palavras-chave:

Funções Executivas, PIAFEx, Educação Infantil, Controle Inibitório

Resumo

O presente artigo tem como objetivo analisar e discutir a importância da realização de brincadeiras para o desenvolvimento de crianças e também a sua relação com as funções executivas. O relato de experiência a seguir, é resultado de uma intervenção que foi realizada no ano de 2022 em uma escola infantil localizada na cidade de Garanhuns, em Pernambuco, com crianças na faixa etária de 4 a 6 anos. As brincadeiras foram retiradas do PIAFEX (Programa de Intervenção em Autorregulação e Funções Executivas) – dispõe de inúmeras atividades desenvolvidas com o propósito de auxiliar o desenvolvimento das funções executivas em crianças. Dentre os objetivos nas atividades escolhidas, é visto atividades que tem por função em crianças: estimular o controle inibitório e a flexibilidade cognitiva, aprimorar a memória e a atenção, adquirir a habilidade de pensar antes de agir, solucionar desafios inesperados e também orientar o comportamento de acordo com algumas regras para que o indivíduo consiga obter um bom desempenho em habilidades que serão bastante utilizadas em etapas futuras da vida. Com os resultados da prática, foi possível analisar que as crianças apresentavam uma energia comum para a idade e muita euforia em realizar o que era proposto quando estimuladas. No entanto, as atividades que precisavam categorizar e agrupar figuras, foram as que mais demonstraram problemas de compreensão. Para concluir, demonstra-se que a nossa visita na escola promoveu, ainda que em pequena escala, uma melhora no desempenho escolar e comportamental das crianças que foram alvo de nossa pesquisa.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARAÚJO, V.; ARAÚJO, R.; SCHEFFER, A. Discutindo aprendizagem e desenvolvimento da criança à luz do referencial histórico-cultural. Portal Repositório, 2018. Disponível em: <https://ufsj.edu.br/portal-repositorio/File/vertentes/viviam_e_outras.pdf>.

BARTGIS, J.; LILLY, A.; THOMAS, D. Event-related potential and behavioral measures of attention of 5, 7, and 9 years-old. Journal of General Psychology, 130(3), p. 311-335, 2003.

BEST, J.; MILLER, P. A Developmental perspective on Executive Function. Child Dev 2010; 81:1641-60.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Secretaria de Educação Básica. – Brasília: MEC, SEB, 2010. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/diretrizescurriculares_2012.pdf

COSTA, J.; LOUZADA, F.; MACEDO, L.; SANTOS, D. Funções Executivas e Desenvolvimento na primeira infância: Habilidades Necessárias para a Autonomia. Estudo nº 3. Comitê Científico do Núcleo Ciência Pela Infância. 2016. Disponível em: http://www.ncpi.org.br

DIAS, N.; SEABRA, A. Funções executivas: desenvolvimento e intervenção. Temas sobre desenvolvimento, v. 19, n. 107, p. 206-212, 2013.

DIAS, N.; SEABRA, A. Programa de intervenção sobre a autorregulação e

funções executivas - PIAFEX. v. 1 2013.

LOGAN, G. D. On the ability to inhibit thought and action – A user’s guide to the stop signal paradigm. In D. Dagenbach, & T. H. Carr (Eds.), Inhibitory processes in attention, memory, and language. p. 189-239, 1994.

RABELO, L. Como estimular funções executivas nas crianças? Brain Support, 2022. Disponível em: https://www.brainlatam.com/blog/como-estimular-funcoes-executivas-das-criancas-1887.

RIDDERINKHOF, K.; VAN DER MOLEN, M. (1995). A psychophysiological analysis of developmental differences in the ability to resist interference. Child Development, p. 1040-1056, 1995.

ROLIM, A; GUERRA, S; TASSIGNY, M. Uma leitura de Vygotsky sobre o brincar na aprendizagem e no desenvolvimento infantil. Rev. Humanidades, Fortaleza, v. 23, n. 2, p. 176-180, jul/dez. 2018.

SANTOS, D.; PORTO, J.; LERNER, R. O Impacto do Desenvolvimento na Primeira Infância sobre a Aprendizagem. Estudo nº 1. Comitê Científico do Núcleo Ciência Pela Infância. 2014. Disponível em: http://www.ncpi.org.br

SCHUSTER, S. Desenvolvimento infantil em Vygotsky: Contribuições para a mediação pedagógica na educação infantil. 17 f. TCC (Graduação) – Licenciatura em Pedagogia, Universidade Federal da Fronteira Sul, Chapecó, 2016. Disponível em: https://rd.uffs.edu.br/bitstream/prefix/1297/1/SCHUSTER.pdf

UPE. Projeto de Extensão “Educação Cognitiva e Desenvolvimento Humano: da Infância ao Envelhecimento”. UPE Campus Garanhuns. Disponível em: http://www.upe.br/garanhuns/nueec/

VERBRUGGEN, F.; LOGAN, G. Automatic and controlled response inhibition: Associative learning in the Go/No-Go and Stop-Signal Paradigms. Journal of Experimental Psychology: General, p. 649–672, 2008.

Downloads

Publicado

2023-12-29

Como Citar

ARAÚJO RODRIGUES, Claricy; DE MELO FERREIRA, Bianca; NOBRE, Alena; TRAVASSOS DE QUEIROZ, Jacqueline. Estímulo às Funções Executivas: Um relato de experiência na Educação Infantil. Participação, [S. l.], v. 1, n. 40, p. 73–82, 2023. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/participacao/article/view/49047. Acesso em: 24 nov. 2024.

Artigos Semelhantes

<< < 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.