The costs of utopia: Brasilia, Johannesburg, and Moscow
DOI :
https://doi.org/10.18830/issn.1679-0944.n18.2017.02Mots-clés :
Ideologia utópica, Livre mercado, Espaço urbanoRésumé
A ideologia utópica poderia influenciar a estrutura espacial das cidades a ponto de sobrepor-se aos princípios básicos de auto-organização, que se propunham praticamente universais? Neste artigo, defino o conceito de ideologia utó- pica como uma doutrina imposta por um governo, seja local ou central, e que anseia em alcançar um estado futuro de equilíbrio permanente. Sob minha definição, a teoria do liberalismo econômico é o oposto da ideologia utópica, pois, primeiramente, mercados são criados espontaneamente por indivíduos ou firmas, não podendo ser impostos por governos; e segundo porque o liberalismo econômico implica em ajustes constantes em direção ao estado de equilíbrio impossível de ser previamente conhecido. Os pontos principais desenvolvidos neste artigo são (i) em alguns casos a ideologia pode tornarse a maior determinante da forma urbana, (ii) o resultado espacial de ideologias opostas são constantemente idênticos e (iii) Cidades moldadas por princípios utópicos impõem um custo que afeta negativamente o bem-estar de seus habitantes. Enquanto me concentro em três exemplos extremos de cidades moldadas pela utopia ”“ Brasília, Joanesburgo e Moscou ”“ também apresento que casos de ideologias mais suaves em cidades como Curitiba (Paraná, Brasil) e Portland (Oregon, EUA) têm apresentado um custo menor, mas não insignificante. Concluo que formas suaves de ideologia utópica ainda são comuns para regulamentar o uso da terra, que contribui com ineficiências e perda do bem estar social em muitas cidades modernas.
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