Museus e patrimônio
pensamento cibertecnológico e cultura digital
DOI:
https://doi.org/10.26512/museologia.v10iEspecial.36211Palavras-chave:
Cultura Digital, Cibertecnologia, Memória, Museus, PatrimônioResumo
Neste trabalho, apresentamos uma reflexão sobre como as tecnologias digitais alteraram, nas últimas décadas e, inclusive, em um contexto de isolamento social motivado pela pandemia de Covid-19, a maneira como vivenciamos os museus e o patrimônio cultural. Revisitamos ideias e pensamentos de teóricos como Wiener, Haraway, Preciado e Levy para refletir, da cibernética ao ciborgue e à cultura datacêntrica, sobre estas transformações ao considerar a inter-relação entre sujeito-tecnologia-sociedade. Para isso também pontuamos marcos formativos ou históricos, no Brasil e no mundo, que culminam em uma gama de recursos que expandem memórias e espaços museológicos com o impulso de cibertecnologias. Adventos que estão na base do que nomina-se cultura digital, onde a sociedade se remodela afetada por adendos tecnológicos. Trazemos, ainda, resultados de cartografias de espaços na internet de instituições museais brasileiras, realizadas entre 2018 e 2020, que sinalizam o quão estamos em um processo de imersão na cultura digital.
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