Mulheres negras e louças finas
três narrativas entre ocultamentos e visibilidades
DOI:
https://doi.org/10.26512/museologia.v11i22.43430Palabras clave:
mulheres negras; biografia de objetos; porcelana; museus de arte decorativa; literatura.Resumen
Gestado em um projeto de Iniciação Científica, este texto resulta de um exercício acadêmico que objetiva mostrar a presença de mulheres negras em acervos de porcelana para além de seu papel de cuidadoras no âmbito colonial e imperial-escravista, como implicitamente os museus de arte decorativa deixam transparecer. O texto entrecruza três narrativas sobre o tema que, museologicamente, se cristalizou como exclusivo das elites, ocultando que as chamadas “louças finas” foram também adquiridas por mulheres negras, antes e depois da abolição do trabalho escravo. A primeira, ancorada no texto literário da escritora Eliana Alves Cruz, narra sobre as sobras de um acervo de porcelana. A segunda, ancora-se em documentação museológica sobre um serviço de chá e café do período imperial-escravista, e a terceira entrelaça peças de dois terreiros de Candomblé de Salvador, o Gantois e o Maroketu, tendo as mulheres negras como proprietárias de porcelanas.
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