“Museu do Mangue pega fogo”

Explosão discursiva e produção de sentidos sobre o Museu do Mangue de Aracaju/SE

Autores

  • Clovis Carvalho Britto Universidade Federal do Sergipe
  • Roberto Fernandes dos Santos Júnior Universidade Federal de Sergipe

DOI:

https://doi.org/10.26512/museologia.v4i8.16910

Palavras-chave:

Museu do Mangue, Evento crítico, Discursos

Resumo

As obras do Museu do Mangue foram iniciadas em 2010, através de um convênio firmado entre a Prefeitura Municipal de Aracaju-SE e o Ministério das Cidades. As justificativas de sua criação se pautaram na preservação e promoção do ecossistema e na revitalização do Bairro Coroa do Meio. Em 2011 um incêndio atingiu as instalações que abrigariam o museu, fator que impossibilitou sua inauguração e contribuiu para que a estrutura e entorno fossem destinados ao abandono, à comercialização e uso de psicoativos. Nas tensões entre a virtual musealização e o sentimento de não-pertencimento da população, nosso intuito é visualizar de que modo a presença/ausência do Museu do Mangue constitui uma explosão discursiva no campo do patrimônio sergipano.

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Biografia do Autor

Clovis Carvalho Britto, Universidade Federal do Sergipe

Realiza estágio pós-doutoral em Estudos Culturais no Programa Avançado de Cultura Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Doutor em Sociologia pela Universidade de Brasília (UNB). Mestrando em Museologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Professor do Núcleo de Museologia da Universidade Federal do Sergipe (UFS).

Roberto Fernandes dos Santos Júnior, Universidade Federal de Sergipe

Graduando em Museologia pela Universidade Federal de Sergipe. Bolsista PIBIC/UFS.

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Publicado

2015-12-09

Como Citar

Britto, C. C., & Santos Júnior, R. F. dos. (2015). “Museu do Mangue pega fogo”: Explosão discursiva e produção de sentidos sobre o Museu do Mangue de Aracaju/SE. Museologia & Interdisciplinaridade, 4(8), 158–170. https://doi.org/10.26512/museologia.v4i8.16910

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