A coleção arqueológica da Rádio Comunitária A Voz da Selva de Boa Esperança, RDS Amanã, Amazonas, histórias de uma coleção parente

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/museologia.v12i24.49239

Palavras-chave:

Coleção parente, coleção comunitária, gestão do patrimônio, arqueologia amazônica, comunidade ribeirinha

Resumo

O artigo reflete sobre a apropriação de objetos arqueológicos por crianças ribeirinhas no contexto amazônico, em um exímio processo de seleção que, posteriormente, gerou uma coleção local. Atualmente, a coleção está guardada na Rádio Comunitária a Voz da Selva, na comunidade de Boa Esperança, localizada na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Amanã, Amazonas. Por meio do aprendizado de como as famílias se relacionam com as coisas, em um processo constante de aproximação com o tempo da memória, indicamos desafios para a gestão do patrimônio arqueológico e para a musealização da arqueologia. Devido à porosidade dos materiais arqueológicos na vida em comunidades, apresentamos a noção de coleção parente, que reforça a conexão desses conjuntos com as pessoas e suas experiências de vida, ampliando a dimensão educacional do patrimônio arqueológico.

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Biografia do Autor

Mauricio Andre Silva, MAE USP

Educador e responsável pela Seção Técnica de Educação para o Patrimônio do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. Doutorando do Programa de Pós Graduação em Arqueologia e Mestre em Arqueologia, ambos pelo Museu de Arqueologia e Etnologia, MAE-USP (2015 - dissertação vencedora da 4ª Edição do Prêmio Luiz de Castro Faria do Centro Nacional de Arqueologia do IPHAN), Bacharel em História pela Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, FFLCH - USP (2008) e Licenciado Pleno em História pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, FE- USP (2009). Atua com educação em museus desde 2005 e possui experiência nas áreas de Arqueologia, Museologia, História Oral e Etnografia. Participante do Laboratório de Pesquisas sobre Museus na América Latina - LAPEMAL (MAE-USP). Colabora com os trabalhos do Laboratório de Arqueologia dos Trópicos - ARQUEOTROP (MAE/USP). Sócio efetivo da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) e do International Council of Museums (ICOM).

Márjorie Do Nascimento Lima, Museu de Arqueologia e Etnologia da USP

Sou mãe, arqueóloga, com mestrado e doutorado (2014-2022) pelo Programa de Pós-Graduação em Arqueologia do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo (MAE/USP), onde desenvolvi trabalhos sobre a história Antiga de sítios arqueológicos, localizados em Unidades de Conservação do estado do Amazonas. Essa relação se configura em um de meus principais interesses de pesquisa na atualidade, partindo da relação entre comunidades tradicionais ribeirinhas e a materialidade arqueológica. Tenho licenciatura em História pela Universidade Federal do Amazonas (2008). Sou pesquisadora associada ao Grupo de Arqueologia e Patrimônio Cultural na Amazônia do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e do Laboratório de Arqueologia dos Trópicos (Arqueotrop - MAE/USP). Fui membra da coordenação da Regional Norte da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) durante duas gestões consecutivas (2014 a 2016 & 2016 a 2018). Sócia efetiva da Sociedade de Arqueologia Brasileira desde 2014. Também me interesso na composição da comunidade arqueológica brasileira e no debate sobre maternidade na academia, interesses tais hoje reunidos sob a rede Perfis, Comunidade Profissional Arqueológica do Brasil. Minha atuação nos últimos anos esteve direcionada à arqueologia da Amazônia, com ênfase na história indígena desta região, construção de cronologias culturais e a relação de comunidades tradicionais com áreas de proteção.

Eduardo Kazuo Tamanaha, Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

Graduado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006) e doutor em arqueologia pelo Programa de Pós-Graduação do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP (2018). Atualmente coordena as atividades do Grupo de Pesquisa em Arqueologia e Gestão do Patrimônio Cultural da Amazônia do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM-OS). Também é colaborador do Laboratório de Arqueologia dos Trópicos (Arqueotrop) do MAE-USP. Atua em trabalhos inter e multidisciplinares no contexto pan-amazônico, correlacionando passado-presente e cultura-natureza, além de coordenar pesquisas e atividades na área de extroversão do conhecimento científico em comunidades tradicionais e escolas públicas/privadas.

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Publicado

2023-11-17

Como Citar

Silva, M. A., Lima, M. D. N., & Tamanaha, E. K. (2023). A coleção arqueológica da Rádio Comunitária A Voz da Selva de Boa Esperança, RDS Amanã, Amazonas, histórias de uma coleção parente . Museologia & Interdisciplinaridade, 12(24), 139–166. https://doi.org/10.26512/museologia.v12i24.49239

Edição

Seção

Dossiê Museologias, Coleções e Arqueologias