El MTST y el poder de la ideología: análisis del medio PodOcupá

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.26512/revistainsurgncia.v9i1.44555

Palabras clave:

Ideologia, MTST, PodOcupá, István Mészáros

Resumen

Este artículo analiza el proyecto ideológico del MTST a partir de la comprensión de los determinantes económicos y políticos presentes en el proceso pedagógico de formación de la militancia de este movimiento social, a través del análisis del podcast PodOcupá. El método de producción de los datos primarios que se utilizó fue el Análisis de Contenido y para la interpretación semántica de estos datos se utilizó la dialéctico-materialista. Para ello, el autor István Mészáros fue un referente central en el cuerpo teórico de la obra, pues su análisis plantea que la ideología es la dimensión práctica de la conciencia social. Se identificó que el sistema económico que pretende este movimiento social tiene como ejemplo el modelo de los comedores solidarios, se centra en la categoría del trabajo, con el proletariado como agente orgánico del movimiento. Como determinantes políticos, el proyecto que se busca es el de la democracia participativa basada en la formación del poder popular, que los mecanismos internos de representación apunten a incluir a todos y que, sobre todo, se respete la existencia de subjetividades como plurales, ya que son libres, identidades dignas de autorrepresentación. Además, este estudio se justificó sociológica y éticamente sobre la base de la importancia social de la producción de nuevas investigaciones que reconozcan los planes de intervención social elaborados por los propios movimientos sociales como proyectos ideológicos específicos y,por lo tanto, resultantes de contradicciones concretas en las relaciones sociales.

Biografía del autor/a

Matheus Braz Horstmann, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil

Possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade Federal do Pampa, campus Santana do Livramento/RS (UNIPAMPA); Especialização em Sociologia pela Universidade Federal de Rio Grande (FURG). Atualmente é tutor do Projeto de Extensão Incubadora de Empreendimentos Econômicos da Fronteira da Paz, UNIPAMPA, campus Santana do Livramento/RS.

Ricardo Gonçalves Severo, Universidade Federal de Rio Grande, Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil

Professor da Universidade Federal do Rio Grande (FURG). Doutorado em Ciências Sociais pela PUCRS (2014), com área de concentração em sociologia política. Trabalha com o tema movimentos sociais, ativismo político, juventudes e educação. Atua no Programa de Pós-Graduação em Educação e na Especialização em Sociologia da FURG. Integrante dos Grupos de Pesquisa Geração e Juventude (GERAJU) e Dinâmicas Políticas, Estado e Movimentos Sociais (DIPEM).

Citas

ANTUNES, Ricardo. O privilégio da servidão: o novo proletariado de serviço na era digital. São Paulo: Boitempo, 2018.

BARDIN, Laurence. Análise de Conteúdo. Tradução: Luis Antero Reto, Augusto Pinheiro. São Paulo: Edições 70, 2011.

BOULOS, Guilherme. Por que ocupamos?: uma introdução à luta dos sem-teto. Scortecci Editora, São Paulo. 2012.

BOULOS, Guilherme. Estudo sobre a variação de sintomas depressivos relacionada à participação coletiva em ocupações de sem-teto em São Paulo. 2016. 124 f. São Paulo: Curso de Medicina, Programa de Psiquiatria (Mestrado) da Universidade de São Paulo, 2016. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5142/tde06062017084608/publico/GuilhermeCastroBoulos.pdf. Acesso em: 10 dez. 2020.

BRAGA, Ruy. Lutas Sociais no Sul Global. In: BRAGA, Ruy. A rebeldia do precariado: trabalho e neoliberalismo no sul global. São Paulo: Boitempo, 2017. p. 185-245.

CHAUÍ, Marilena. O que é Ideologia? 2. ed. São Paulo: Brasiliense, 2008. 119 p.

EAGLETON, Terry. A ideologia e suas vicissitudes no marxismo ocidental. In: ZIZEK, Sjavoj (org.). Um Mapa da Ideologia. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996. Cap. 9. p. 179-226.

FLICK, Uwe. Introdução à pesquisa qualitativa. [Qualitative sozialforschung, 3 rd ed. (Inglês)]. Tradução de Joice Elias Costa, Revisão técnica de Sônia Elisa Caregnato. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 405 p.

GIAQUINTO, Marina Ferreira. TORNANDO-SE UM “ACAMPADO”: a experiência das famílias organizadas pelo movimento dos trabalhadores sem teto (MTST). 2016. 196 f. São Carlo: Curso de Sociologia (Mestrado) da Universidade Federal de São Carlos, 2016. Disponível em: https://repositorio.ufscar.br/handle/ufscar/8612. Acesso em: 14 abr. 2021.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Ed. Atlas, 2008. Disponível em: https://ayanrafael.files.wordpress.com/2011/08/gil-a-c-mc3a9todos-e-tc3a9cnicas-de-pesquisa-social.pdf. Acesso em: 23 nov. 2017.

GOHN, Maria da Glória Marcondes. Teorias dos movimentos sociais: paradigmas clássicos e contemporâneos. Edições Loyola, 1997. Disponível em: http://flacso.org.br/files/2016/10/120184012-Maria-da-Gloria-Gohn-TEORIA-DOS-MOVIMENTOS-SOCIAIS-PARADIGMAS-CLASSICOS-E-CONTEMPORANEOS-1.pdf. Acesso em: 03 dez. 2020.

GORCZEVSKI, Clovis; BELLOSO MARTÍN, Nuria. Cidadania, democracia e participação política: os desafios do século XXI. 2018.

KOWARICK, Lúcio. A espoliação urbana. 2. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1979.

LEFEBVRE, Henry. O direito à cidade. 5. ed. São Paulo: Centauro Editora, 2008. 143 p.

LUKÁCS, Georg. História e consciência de classe: Estudos sobre a dialética marxista. 1. ed. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 2003.

MANNHEIM, Karl. Ideología y utopía: introducción a la sociología del conocimiento. México: Fondo de Cultura Económica, 2010. 161 p. (Edición Electrónica).

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. MARX, Karl. O capital – Crítica da economia política: livro primeiro – o processo de produção do capital. São Paulo: Boitempo, 2017.

MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. São Paulo: Boitempo, 2007.

MÉSZÁROS, István. Para além do capital: rumo a uma teoria da transição. Tradução: Paulo Cezar Castanheira, Sérgio Lessa. 1.ed. São Paulo: Boitempo, 2011.

MÉSZÁROS, István. O poder da ideologia. São Paulo: Boitempo Editorial, 2014.

MÉSZÁROS, István. A teoria da alienação em Marx. São Paulo: Boitempo Editorial, 2016.

MOVIMENTO DOS TRABALHADORES SEM TETO (MTST). Cartilha de princípios: organização e linha política. São Paulo: 2013.

NETTO, José Paulo. Capitalismo e reificação. São Paulo: Livraria Editora Ciências Humanas, 1981.

OLIVEIRA, Renan Dias. A FORMAÇÃO POLÍTICA DE TRABALHADORES PRECARIZADOS NO MST E NO MTST. Reves - Revista Relações Sociais, Universidade Federal de Viçosa, v. 2, n. 1, p. 0034-0050, 18 fev. 2019.

SIMÕES, Guilherme; CAMPOS, Marcos; RUD, Rafael. MTST: 20 anos de história: luta, organização e esperança nas periferias do Brasil. Autonomia literária, 2017.

SINGER, Paul. Economia solidária, um modo de produção e distribuição. In. SINGER, Paul; SOUZA, André Ricardo de. (orgs.) A Economia solidária no Brasil: A autogestão como resposta ao desemprego. 2000.

SOUZA, José Otávio Catafesto de. O sistema econômico nas sociedades indígenas Guarani pré-coloniais. Horizontes Antropológicos, v. 8, p. 211-253, 2002.

STANDING, Guy. O precariado: a nova classe perigosa. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.

TOMIZAKI, Kimi; CARVALHO-SILVA, Hamilton Harley de; SILVA, Maria Gilvania Valdivino. Socialização política e politização entre famílias do movimento dos trabalhadores sem teto. Educação & Sociedade, v. 37, n. 137, p. 935-954, 2016.

Publicado

22.12.2022

Cómo citar

HORSTMANN, Matheus Braz; GONÇALVES SEVERO, Ricardo. El MTST y el poder de la ideología: análisis del medio PodOcupá. InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais [InSURgência: revista de derechos y movimientos sociales], Brasília, v. 9, n. 1, p. 543–578, 2022. DOI: 10.26512/revistainsurgncia.v9i1.44555. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/44555. Acesso em: 21 nov. 2024.

Artículos similares

1 2 > >> 

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.