A luta e resistências de mulheres negras militantes do Movimento Negro Unificado

Autores

  • Natasha Karenina de Sousa Rego UESPI
  • Aline Pereira da Costa CEFET RJ
  • Cristiana Dos Santos Luiz UNB
  • Elaine Ferreira do Nascimento FIOCRUZ

DOI:

https://doi.org/10.26512/insurgncia.v7i2.38535

Palavras-chave:

Resistências Negras; Mulheres Negras; Movimento Negro Unificado (MNU)

Resumo

O presente artigo é o resultado de uma pesquisa acadêmica composta por revisão blibliográfica, observação participante e entrevistas semiestruturadas com militantes do Movimento Negro Unificado do estado do Rio de Janeiro. Tem como objetivo apresentar, por meio das trajetórias de luta e resistência de mulheres negras, como se deu a construção das agendas dos movimentos negros, bem como revelar as rupturas e continuidades destas agendas na aplicação de políticas públicas na perspectiva negra feminina

Referências

ALBERTI, Verena; PEREIRA, Amilcar Araujo. Movimento negro e "democracia racial" no Brasil: entrevistas com lideranças do movimento negro. Rio de Janeiro: CPDOC, 2005. Disponível em: <https://cpdoc.fgv.br/producao_intelectual/arq/1504.pdf>. Acesso em 30 jun 2019.

BISPO, Antônio. Colonização, quilombos: modos e significações. Brasília: INCTI; UnB; INCT; CNPq; MCTI, 2015.

CALDEIRA, Bárbara. Reflexões sobre as contribuições teórico-metodológicas da intelectual negra Kimberlé Crenshaw e seu conceito de interseccionalidade. In: FREITAS, Viviane Gonçalves. Intelectuais negras: vozes que ressoam. Belo Horizonte: PPGCOM UFMG, 2019, p.109-134. Disponível em: <https://seloppgcom.fafich.ufmg.br›novo›wp-content›uploads› 2019/08>. Acesso em 30 out 2019.

CARNEIRO, Sueli. Mulheres em Movimento. Revista de Estudos Avançados, São Paulo. v.17, n.49, 2003. Disponível em: <http://www.revistas.usp.br/eav/article/view/9948>. Acesso em: 17 out 2019.

CARDOSO, Cláudia Pons. Amefricanizando feminismo: o pensamento de Lélia Gonzalez. Estudos Feministas, Florianópolis, 22(3): 320, setembro-dezembro/2014, p.965-986.

COLLINS P. Hill – Pensamento Feminista Negro Conhecimento, consciência e a política do empoderamento. Tradução de Natália Luchini. Revisão da tradução: Bianca Tavolari. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4123078/mod_resource/content/1/Patricia%20Hill%20Collins.pdf>. Acesso em 12 jun 2019.

CRENSHAW, K.. Demarginalizing the intersection of race and sex; a black feminist critique of discrimination doctrine, feminist theory and antiracist politics. University of Chicago Legal Forum, pp. 139-167. (1989). Disponível em: https://chicagounbound.uchicago.edu › vol1989 › iss1>Acesso em 30 out 2019.

__________________ . Documento para o encontro de especialistas em aspectos da discriminação racial relativos ao gênero (L. Schneid, Trad.). Revista Estudos Feministas, 10(1), 2002, p. 171-188.

DIÁRIO DE PETROPÓLIS. Diários nos bairros. Vila São José. Comunidade que surgiu de uma tragédia. Domingo, 31 de julho de 2011. Disponível em: <https://issuu.com/diariodepetropolis/docs/jornal31-07-11/9>. Acesso em 12 jun 2019.

DOMINGUES, Petrônio. Movimento negro brasileiro: alguns apontamentos históricos. Tempo, n. 23, 2007, p. 100-122. Disponível em: . Acesso em 30 jun 2019.

DUSSEL, Enrique. Europa, modernidad y eurocentrismo. In: LANDER, Edgardo. La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, 2000, p.41-54. Disponível em: . Acesso em 30 jun 2019.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e Técnicas de Pesquisa Social. São Paulo: Atlas, 1999 GONZALEZ, Lélia. A categoria político-cultural de amefricanidade. Tempo Brasileiro nº 92/93(jan/jun). Rio de Janeiro 1988a p.69-82. Disponível em: <https://negrasoulblog.files.wordpress.com/2016/04/a-categoria-polc3adtico-cultural-de-amefricanidade-lelia-gonzales1.pdf> Acesso em 30 out 2019.

______. Mulher Negra. In: NASCIMENTO, Elisa Larkin (Org). Guerreiras da Natureza: mulher negra, religiosidade e ambiente. São Paulo: Selo Negro, 2008. p.29-47

______. Mulher negra na sociedade brasileira. In. CRUZ, Anette Goldberg Velasco e; LUZ, Madel T. O lugar da Mulher: estudos sobre a condição feminina na sociedade ideal. Rio de Janeiro: Graal, 1982

______. Por um feminismo Afro-latino-Americano. 1988b. Disponível em <

https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/271077/mod_resource/content/1/Por%20um%

feminismo%20Afro-latino-americano.pdf>. Acesso em 30 jun 2019.

_________________Por um feminismo afrolatinoamericano. In: GONZALEZ, L. Primavera para Rosas Negras. Org: UCPA 1. ed. Rio de Janeiro: Diáspora Negra, v. 1, 2018. Cap. 35, p. 307-320.

FERNANDES, Viviane Barboza; SOUZA, Maria Cecilia Cortez Christiano de. Identidade Negra entre exclusão e liberdade. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rieb/n63/0020-3874-rieb-63-0103.pdf>. Acesso em 10 jun 2019.

IPEA. Boletim de Políticas Sociais - Acompanhamento e Análise 13, 2007

_____. Dossiê Mulheres Negras. Disponível em: http://ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/livros/livros/livro_dossie_mulheres_negras.pdf>. Acesso em 10 jul 2019.

______. Retrato das desigualdades de gênero e raça / Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ... [et al.]. - 4ª ed. - Brasília: Ipea, 2011. 39

MBEMBE, Achille. Necropolítica. Arte & Ensaios | revista do ppgav/eba/ufrj | n. 32 | dezembro 2016. Disponível em: <https://revistas.ufrj.br/index.php/ae/article/view/8993>. Acesso em 30 jun 2019.

MENEGAT, Elizete. A periferia é o limite: notas sobre a crise do modelo ocidental de urbanização. Cadernos Metrópole, n13, pp. 107-132, 1º sem. 2005. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/metropole/article/download/8801/6522>. Acesso em 10 out 2019.

MENEGAT, Marildo. Estamos Livres para Criar uma Nova Forma de Existência (entrevista). Revista Radis, nº10, maio de 2014. Disponível em: <http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/revistaradis/140/reportagens/%E2%80%98 estamos-livres-para-criar-uma-nova-forma-deexistencia%E2%80%99.>. Acesso em 30 jun 2019.

MNU. Estatuto do Movimento Negro Unificado. Disponível em: <https://movimentonegrounificadoba.files.wordpress.com/2013/10/estatuto-do-movimento-negro-unificado.pdf>. Acesso em 11 jun 2019

MONICO, L. et al. A observação participante enquanto metodologia de investigação qualitativa. v. 3 (2017): Atas - Investigação Qualitativa em Ciências Sociais.

MUNANGA, Kabengele; GOMES, Nilma Lino. O negro no Brasil de hoje. São Paulo: Global, 2016

NASCIMENTO, Abdias. O genocídio do negro brasileiro: processo de um racismo mascarado. São Paulo: Perspectiva, 2017.

NOGUEIRA, Oracy. Tanto preto quanto branco: estudos de relações raciais. São Paulo: T. A. Queiroz, 1979

PEREIRA, Amilcar Araújo. O “mundo negro”: relações raciais e a constituição do Movimento Negro contemporâneo no Brasil. Rio de Janeiro: Pallas/Faperj, 2013.

PEREIRA, Joseane. Griots: os contadores de histórias da África Antiga. Geledés. 23/03/2019. Disponível em: <https://www.geledes.org.br/griots-os-contadores-de-historias-da-africa-antiga/>. Acesso em 10 jul 2019.

PETRÓPOLIS. Conselho Municipal de Cultura. Membros. 2019.Disponível em: <http://www.petropolis.rj.gov.br/ccm/index.php/conselhos/cmc-conselho-municipal-de-cultura/membros.html> Acesso em 10 jun 2019.

QUIJANO, Anibal. Eurocentrismo, colonialidade do poder e America Latina. In: LANDER, Edgardo. La colonialidad del saber: eurocentrismo y ciencias sociales. Perspectivas latinoamericanas. Buenos Aires: CLACSO, 2000.Disponível em: <http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/sur-sur/20100708034410/lander.pdf>. Acesso em 30 jun 2019.

QUINTANS, Mariana Trotta Dallalana. Classe, raça e gênero na luta por direitos do movimento negro. Revista InSURgência, Brasília, ano 1, v.1, n.1, jan./jun, 2015, p.72-100. Disponível em: . Acesso em 30 jun 2019.

SAFFIOTI, Heleieth Iara Bongiovani. Gênero, patriarcado, violência. São Paulo: Perseu Abramo, 2004

SCHERER-WARREN, Ilse. Movimentos sociais: um ensaio de interpretação sociológica. Florianópolis: editora UFSC, 1987.

SCHUCMAN, Lia Vainer. Entre o Encardido, o Branco e o Branquíssimo. Branquitude, Hierarquia e Poder na cidade de São Paulo. São Paulo: Annablume Editora, 2014.

SEGATTO, Rita Laura. Género y colonialidad: en busca de claves de lectura y de un vocabulario estratégico descolonial. In: BIDASECA, Karina Bidaseca; VAZQUEZ LABA, Vanesa (comps.). Feminismos y poscolonialidad. Descolonizando el feminismo desde y en América Latina. Buenos Aires: Ediciones Godot, 2011, p.17-48. Disponível em <https://revistas.unc.edu.ar/index.php/polemicasfeminista/.../12587>. Acesso em 25 jun 2019

SOARES, Iraneide da Silva. Caminhos, pegadas e memórias: uma história social do Movimento Negro Brasileiro. Universitas, Relações Internacionais, Brasília, v.14, n.1, jan/jul 2016. Disponível em: <https://www.publicacoesacademicas.uniceub.br/relacoesinternacionais/article/view/3686>. Acesso 30 out 2019.

SOUSA, Maria Sueli Rodrigues de (org). Dossiê Esperança Garcia. Símbolo de resistência na luta pelo direito. Teresina: EDUFPI, 2017.

TATE, Shirley Anne. Descolonizando a raiva: teoria feminista negra e a prática nas Universidades do Reino Unido. In: BERNARDINO-COSTA, Joaze;

WERNECK, Jurema; IRACI, Nilza. A situação dos direitos humanos das mulheres negras no Brasil. Geledés; Crioula, 2017. Disponível em: <http://fopir.org.br/wp-content/uploads/2017/01/Dossie-Mulheres-Negras-.pdf>. Acesso em 10 jul 2019.

Downloads

Publicado

31.07.2021

Como Citar

DE SOUSA REGO, Natasha Karenina; PEREIRA DA COSTA, Aline; DOS SANTOS LUIZ, Cristiana; FERREIRA DO NASCIMENTO, Elaine. A luta e resistências de mulheres negras militantes do Movimento Negro Unificado. InSURgência: revista de direitos e movimentos sociais, Brasília, v. 7, n. 2, p. 55–77, 2021. DOI: 10.26512/insurgncia.v7i2.38535. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/insurgencia/article/view/38535. Acesso em: 8 nov. 2024.