Ensino de língua estrangeira e ensino médio (integrado): sob a mira(gem) da formação omnilateral e politécnica
DOI:
https://doi.org/10.26512/rhla.v13i1.1343Resumo
Em face da publicação das novas diretrizes curriculares para a educação básica, para o ensino médio e para a educação profissional técnica, este trabalho resgata: 1) os fundamentos da concepção de formação humana integral que embasa a proposta da etapa final da educação básica brasileira bem como 2) os construtos filosóficos que orientam as práticas de ensino de línguas estrangeiras em contexto brasileiro, com o objetivo de entender suas aproximações e distanciamentos. Para tal, trataremos, primeiramente, dos fundamentos filosóficos, epistemológicos e pedagógicos da concepção de educação omnilateral e politécnica baseada na concepção de educação marxista, e, em seguida, das abordagens de ensino de línguas estrangeiras hegemônicas no Brasil, quais sejam, a formalista e a comunicativa e da abordagem contrahegemônica, a do letramento crítico, assumida nos documentos oficiais. A discussão teórica evidencia que a proposta de letramento crítico para o Ensino de Línguas Estrangeiras, integrada ou não à s outras abordagens de ensino de línguas estrangeiras, está coerente com o princípio da formação humana integral em sua totalidade, em termos epistemológicos e pedagógicos. Levando em consideração que a maior parte dos professores de línguas estrangeiras em serviço em escolas de ensino médio (integrado à educação profissional técnica) não recebe(ra)m formação para materializar as dimensões de um ensino de uma língua estrangeira a partir de uma abordagem de letramento crítico, grandes esforços e investimentos terão quer ser demandados pelo Estado (caso lhe convenha que essa abordagem passe de prescrita à adotada), pelas escolas e, principalmente, pelos professores para que se possa possibilitar de fato uma formação emancipatória que não dispense, mas que não se restrinja à preparação para o ingresso no ensino superior nem tampouco ao mundo do trabalho.
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