Ação Política Híbrida e a Dissolução da Cidadania

Autor/innen

DOI:

https://doi.org/10.26512/rfmc.v8i3.34494

Schlagworte:

Discurso. Estratégia. Máquina. Subjetivação. Fabricação.

Abstract

O objetivo do artigo é reconhecer e analisar determinadas reflexões conceituais acerca da ação política que apresentem as formas mecânicas ou funcionais, indicando estratégias do agir autônomas em relação aos aspectos discursivos. Nossa hipótese é a de que categorias tradicionais, tais como a soberania, a representação, as instituições do Estado e da sociedade civil são insuficientes como instrumentos de compreensão do político. A questão central é a de que os regimes de produção de subjetividades encontram sua maior eficácia na intersecção ou nas fronteiras entre os modos discursivos e os funcionais. Busca-se introduzir aspectos de certa filosofia contemporânea que, antecedendo o capitalismo de vigilância e suas tecnopolíticas, já se debruçava sobre a fabricação e as máquinas enquanto elementos dos processos de condução das vidas individuais e coletivas.

Downloads

Keine Nutzungsdaten vorhanden.

Autor/innen-Biografie

Edson Teles, Universidade Federal de São Paulo, Unifesp

Professor de filosofia política no curso de graduação em Filosofia e no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde coordena o Centro de Antropologia e Arqueologia Forense (CAAF/Unifesp). Coordena também o FiloPol - núcleo de filosofia e política (Unifesp/CNPq). Doutor em filosofia pela Universidade de São Paulo (USP).

Literaturhinweise

ARENDT, Hannah. A condição humana. Tradução Roberto Raposo. Revisão técnica e Apresentação Adriano Correia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.

_____. A promessa da política. Tradução Pedro Jorgensen Jr. Rio de Janeiro: Difel, 2008.

_____. Entre o passado e o futuro. Tradução Mauro W. Barbosa de Almeida. São Paulo: Perspectiva, 1997.

_____. Origens do totalitarismo. Tradução Roberto Raposo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

DELEUZE, Gilles. Foucault. Tradução Claudia Sant’Anna Martins. São Paulo: Brasiliense, 2006.

DELEUZE, Gilles, GUATTARI, Félix. Mil platôs: Capitalismo e Esquizofrenia. Volume 5. Tradução de Peter Pál Pelbart e Janice Caiafa. São Paulo: 34, 2012a.

_____. Mil platôs: Capitalismo e Esquizofrenia. Volume 3. Tradução de Aurélio G. Neto, Ana Lúcia de Oliveira, Lúcia Cláudia Leão e Suely Rolnik. São Paulo: 34, 2012b.

FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Tradução Raquel Ramalhete. Petrópolis/RJ : Vozes, 2009.

_____. Segurança, Território, População: curso dado no Collège de France (1977-1978). Tradução Eduardo Brandão. São Paulo: Martins Fontes, 2008.

_____. Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975-1976). Tradução Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

_____. Microfísica do poder. Organização e tradução Roberto Machado. Rio de Janeiro: Graal, 1979.

GUATARRI, Félix. As três ecologias. Tradução Maria C. F. Bittencourt. Campinas/SP: Papirus, 1990.

_____ e ROLNIK, Suely. Micropolítica. Cartografias do desejo. Petrópolis/RJ: Vozes, 1999.

HARAWAY, Donna et alli. Antropologia do ciborgue. As vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica, 2009.

LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos. Tradução Carlos Irineu da Costa. São Paulo: 34, 2013.

LYRA, Edgar. “Hannah Arendt e a ficção científica”. In: O que nos faz pensar, v. 20, n. 29, p. 97-122, maio 2011. Disponível em http://www.oquenosfazpensar.fil.puc-rio.br/index.php/oqnfp/article/view/330. Acesso em setembro de 2020.

MBEMBE, Achille. Brutalisme. Paris: La Découverte, 2020.

PAIVA, A. et alli. Rio sob intervenção: medo, percepção de risco e vitimização na cidade do Rio de Janeiro. São Paulo: FBSP e Datafolha, 2018.

RANCIÈRE, Jacques. “L’introuvable populisme”. In: BADIOU et alli. Qu’est-ce qu’um peuple? Paris: La Fabrique, 2013, pp. 137-143.

_____. O desentendimento. Política e filosofia. Tradução Ângela Leite Lopes. São Paulo: 34, 1996.

ROUVROY, Antoinette, BERNS, Thomas. “Governamentalidade algorítmica e perspectivas de emancipação: o díspar como condição de individuação pela relação?”. Tradução Paulo Henrique Andrade. In: Revista Eco Pós, vol. 18, n. 2. Rio de Janeiro: UFRJ, 2015, pp. 36-56.

TELES, Edson. Ação política em Hannah Arendt. São Paulo: Almedina, 2019.

_____. “Governamentalidade algorítmica e as subjetivações rarefeitas”. In: Revista Kriterion. Belo Horizonte: UFMG, nº 140, agosto 2018, pp. 429-448.

_____. “A revolta dos tuiutis”. In: Peixe Elétrico, fevereiro de 2018. Disponível em https://www.peixe-eletrico.com/single-post/2018/02/23/A-revolta-dos-Tuiutis. Acessado em setembro de2020.

Veröffentlicht

2021-01-31

Zitationsvorschlag

TELES, Edson. Ação Política Híbrida e a Dissolução da Cidadania. Revista de Filosofia Moderna e Contemporânea, [S. l.], v. 8, n. 3, p. 81–103, 2021. DOI: 10.26512/rfmc.v8i3.34494. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/fmc/article/view/34494. Acesso em: 3 dez. 2024.