Metodologia das Explicações Adaptacionistas
DOI:
https://doi.org/10.26512/rfmc.v7i3.27509Palavras-chave:
adaptacionismo; evolução; seleção natural; explicação científica; valores cognitivosResumo
O tema deste artigo está vinculado à s discussões em torno do poder explicativo do programa adaptacionista que tem seu principal fundamento no processo de seleção natural. Os temas aqui apresentados e discutidos serão direcionados metodologicamente para apresentar, ao final, um arcabouço conceitual a partir do qual o adaptacionismo possa ser situado dentro do amplo debate acerca da evolução e, também, reconhecido como um programa de pesquisa que contribui com a biologia evolutiva, oferecendo boas explicações científicas. Entretanto, não será aqui sustentada a tese de que as explicações adaptacionistas são as mais eficazes e de maior credibilidade, dentre as alternativas existentes e que devem ser as mais utilizadas no meio científico. Diferente disso, esse estudo tentará mostrar que as explicações adaptacionistas têm os seus valores cognitivos ampliados quando vinculadas à s abordagens que se fundamentam em mecanismos evolutivos diferentes da seleção natural, bem como a conhecimentos bem estabelecidos. Seu poder heurístico se expande e permite que muitos dos problemas ligados à evolução sejam mais bem entendidos e analisados, com a formulação das perguntas corretas diante dos fenômenos biológicos.
Downloads
Referências
ABRANTES, P. & ALMEIDA, F. Evolução Humana: A Teoria da Dupla Herança. Em: ABRANTES, P. [et al.]. Filosofia da Biologia. Porto Alegre: Artmed, 2011, pp. 261-295.
BRANDON, R. Adaptation and Environment. New Jersey: Princeton University Press, 1995.
CAPONI. G. Aproximação Epistemológica à Biologia Evolutiva do Desenvolvimento. Em: ABRANTES, P. Filosofia da Biologia. Porto Alegre: Artmed, 2011a, pp. 211-223.
_____ La Segunda Agenda Darwiniana: contribución preliminar a la historia del programa adaptacionista. México, DF: Centro de Estudios Filosóficos, Políticos y Sociales Vicente Lombardo Toledano, 2011b.
COPI, I. Introdução à Lógica. São Paulo: Mestre Jou, 1978.
CRONIN, H. Adaptation: a critique of some current evolutionary thought. Em: The Quarterly Review of Biology. London: Centre for Philosophy of Natural and Social Science, 80 (1), 2005, pp. 19-26.
DARWIN, C. On the Origin of Species. London: Penguin Books, 2009.
DAWKINS, R. The Extended Phenotype: the long reach of the gene. New York: Oxford University Press, 1999.
_____ O Gene Egoísta. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
FEYERABEND, P. Contra o Método. São Paulo: Editora UNESP, 2007.
GODFREY-SMITH, P. Darwinian Populations and Natural Selection. New York: Oxford University Press, 2009a.
_____ What Darwinism Explains. Cambridge: University of Cambridge, for the Darwin Festival, july 2009b. Disponível em: < https://www.researchgate.net/publication/265880015_What_Darwinism_Explains>. Acesso em: 10 mar. 2011.
GOULD, S. J. & LEWONTIN, R. C. The Spandrels of San Marco and the Panglossian Paradigm: a critique of the adaptationist programme. Londres: Proc. R. Soc. B 205, 1979, pp. 581-598.
GOULD, S. J. & VRBA, E. Exaptation - a missing term in the science of form. Boulder: Paleobiology, vol. 8, no 1, 1982, pp. 4-15.
GRÜNE-YANOFF, T. Appraising models nonrepresentationally. Chicago: The University of Chicago Press, 2013. Disponível em: <https://www.jstor.org/stable/10.1086/673893?seq=1#page_scan_tab_contents>. Acesso em: 30 de mai.2018.
HEMPEL C. G. & OPPENHEIM P. Studies in the Logic of Explanation. Philosophy of Science, 1948. Diponível em: < http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/summary?doi=10.1.1.294.3693>. Acesso em: 6 de jun. 2018.
HUME, D. Investigação Acerca do Entendimento Humano. Nova Cultural, Os Pensadores, São Paulo, 1999.
JABLONKA, E. e LAMB, M. J. Evolução em Quatro Dimensões. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
LALAND, K. N. & BROWN, G. R. Sense and Nonsense: Evolutionary Perspectives on Human Behaviour. New York: Oxford University Press, 2002.
LORENZANO, P. Leis e Teorias em Biologia. Em: ABRANTES, P. Filosofia da Biologia. Porto Alegre: Artmed, 2011, pp. 53-82.
MAYR, E. O Desenvolvimento do Pensamento Biológico. Brasília: UnB, 1998.
_____ Biologia, Ciência Única. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
_____ Isto é Biologia: A Ciência do Mundo Vivo. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
POPPER, K. A Demarcação Entre Ciência e Metafísica. Em: CARRILHO, M. Epistemologia: Posições e Críticas. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1991, pp. 201-265.
PSILLOS, S. Causation & Explanation. Montreal & Kingston: McGill-Queen’s University Press, 2002.
REZNICK, D. N. & GHALAMBOR, C. K. The population ecology of contemporary adaptations: what empirical studies reveal about the conditions that promote adaptive evolution. Riverside: University of California, 2001. Disponível em: <https://biology.ucr.edu/ucirpee/ReznickGhalambor2001.pdf>. Acesso em: 6 de jun. 2018.
ROSENBERG, A. The Structure of Biological Science. New York: Cambridge University Press, 1985.
_____ Introdução à Filosofia da Ciência. São Paulo: Loyola, 2009.
SANTILLI, E. Níveis e unidades de seleção: o pluralismo e seus desafios filosóficos. Em: ABRANTES, P. Filosofia da Biologia. Porto Alegre: Artmed, 2011, pp. 193-210.
STERELNY, K & GRIFFITHS, P. E. Sex and death: an introduction to philosophy of biology. Chicago: The University of Chicago Press, 1999.
SEPÚLVEDA, C. & MEYER D. & EL-HANI, C. Adaptacionismo. Em: ABRANTES, P. Filosofia da Biologia. Porto Alegre: Artmed, 2011, pp. 162-192.
SOBER, E. Philosophy of Biology. 2nd edition, Boulder: Westview Press, 2000.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Direitos Autorais para artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da primeira publicação para a revista. Em virtude dos artigos aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não-comerciais.