Edições anteriores
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Para Além dos Limites: Pensamento Crítico e Reflexões Estéticas na Sociedade Contemporânea
v. 13 n. 2 (2023)A formação brasileira tem sido marcada por séculos de lavagens cerebrais inconscientes. Começou com a Igreja Católica, que assessorava a dominação da Corte e recebia ricas prebendas por isso. As cidades eram construídas em torno de uma igreja matriz, para que todos girassem em torno dela. Isso foi estendido para dentro das escolas, em que se doutrinavam crianças que não tinham tirocínio crítico para pensar por si. Abuso de incapazes nunca foi um nome dado a isso. No entanto, a “inteligência esclarecida” ficou espantada com os delírios golpistas evangélicos, os acampamentos em frente aos quartéis, o chamamento de ETs com celulares para o alto. O ridículo se concentra num ponto para não haver espanto com o delírio permanente da história.
ISSN 2238-362X
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Resistência
v. 13 n. 1 (2023)A Revista tem sido lida em todos os continentes, com centenas e até milhares de leituras de seus artigos e ensaios. A proposta nela contida tem reverberado, ainda que isso não conte para
um Qualis reduzido a formalismos. Não há arrogância na busca interdisciplinar, pois se sabe que
a verdade depende dos ângulos pelos quais se busca o objeto, num processo de revisão permanente.Enquanto as regras de avaliação forem ditadas por modelos consolidados em alguns locais das metrópoles, as instituições dos “subdesenvolvidos” não terão chances de concorrer. Elas terão de aprender a se desenvolver. Terão de ver como superar os limites imperantes, em vez de insistir em descartar os que são capazes de ultrapassá-las.
A antropofagia crítica da alta cultura das metrópoles não se faz com a louvação do beau sauvage nem com a piadinha de que o problema ontológico é odontológico ou que tupi or not tupi, that is the question.
Pode ser engraçadinho, mas é ordinário. Não se será convidado a sentar nas academias das metrópoles nem como membro correspondente. Se as futuras gerações não forem politizadas, se não aprenderem desde pequenas as grandes obras de filosofia, literatura, economia, política, se não tiverem a coragem de pensar por si, vai-se continuar no negacionismo, sem o difícil caminho da criação original. O subdesenvolvido, para se desenvolver, precisa aprender a deixar de ser seu próprio inimigo.
ISSN 2238-362X
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RES 2-2022
v. 12 n. 2 (2022)Este número da RES 2-2022 é dedicado à memória de Erinaldo Sales, prematuramente perdido para a Covid. Por mais cuidados que ele tenha tomado, acabou sucumbindo e já está fazendo muita falta para o NEHS, para a Revista e para os colegas e amigos. A homenagem que podemos prestar a ele é dando continuidade ao trabalho, tentando sintonizar a sua busca da verdade, a sintonia com o belo nas diversas artes, a preocupação com a educação. Ele era um homem esclarecido, um pesquisador dedicado, sempre pronto a ajudar aos demais. Foi professor no ensino público, estava preocupado com os caminhos do país. Foi um exemplo de pessoa, de educador. Que não tenha vivido em vão!
ISSN 2238-362X
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RES 1-2022
v. 12 n. 1 (2022)O presente número da RES reflete o presente não só por trazer fotos e reflexões sobre a pandemia de Covid: mesmo no nível especulativo, tenta repensar o que está se passando na História atual, marcada pela Guerra da Ucrânia e por um realinhamento das forças políticas mundiais, passando-se da hegemonia americana total para uma pluralização dos polos de influência. Não se faz aqui política partidária, mas também não se pretende consagrar uma postura alienada, indiferente à responsabilidade que o ensino público tem com a sociedade que o sustenta.
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RES 2-2021
v. 11 n. 2 (2021)O Núcleo de Estética, Hermenêutica e Semiótica, NEHS, da FAU/UnB, decidiu organizar no final de 2021 o seu quinto Simpósio Internacional de Estética e Semiótica. Foi marcado para os dias 18 e 19 de novembro, como os dois últimos dias do Coordenador do Núcleo e Editor da RES, Flávio R. Kothe, enquanto professor ativo do quadro. A Comissão Organizadora resolveu transformar o evento numa homenagem de despedida. O NEHS teve o grande prazer de reencontrar professores de fora de Brasília e que já haviam participado anteriormente, colegas de Porto Alegre, Córdoba, Mendoza, Minho. O evento foi transmitido ao vivo pelo Youtube e foram feitas gravações das palestras. Por causa da pandemia, o evento foi feito no modo virtual. Aqui estamos publicando parte substancial das palestras e comunicações do Simpósio. Segundo informações colhidas junto ao Portal de Periódicos da Biblioteca Central da Universidade, vários artigos publicados na RES durante seus 11 anos de existência alcançaram centenas e até milhares de leituras em todos os continentes. É um sinal claro de que a opção feita na linha editorial, a refletir uma linha de pesquisa interdisciplinar, tem encontrado interesse e respaldo.
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v. 11 n. 1 (2021)
Num momento histórico em que se conjugam pandemia mundial e uma política nacional hostil à pesquisa, à ciência e à arte, a Revista de Estética e Semiótica, ao deixar de contar com o apoio da nova direção da Faculdade de Arquitetura da UnB, parecia estar se inviabilizando. Isso parecia clareza sombria até o final de maio de 2021. O problema foi exposto ao Núcleo de Estética, Hermenêutica e Semiótica. Houve mobilização no sentido de conseguir artigos, fazer revisão de textos, montar imagens. Súbito, em meados de junho, o milagre parecia feito. Ele não é, no entanto, produto apenas do presente. É herdeiro de contribuições pretéritas. O presente número é diferente dos anteriores.
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ARTE, ARQUITETURA E QUALIDADE II
v. 10 n. 2 (2020)A presente edição da REVISTA ESTÉTICA E SEMIÓTICA | Volume 10 | Número 2, sob o título ARTE, ARQUITETURA E QUALIDADE II, segue o princípio geral de sua organização usual, ou seja, começa com questões gerais e daí passa para outras mais específicas. Assim, aqui se começa com a ampla questão da verdade, passa-se por questões abertas de arquitetura, urbanismo e estética, estudam-se teóricos em sequência histórica, de Vitrúvio a Kant, para depois abordar problemas específicos de gestão urbana, bem como do patrimônio cultural da Feira do Guará, no Distrito Federal.
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ARTE, ARQUITETURA E QUALIDADE II
v. 10 n. 1 (2020)A presente edição propõe uma questão delicada, que não tem sido discutida maiormente no Brasil, mas que em países como Alemanha, Itália e Rússia se tornou nevrálgica. Como devem ser encaradas obras que serviram para exaltar regimes totalitários, ditaduras, quando se está pretendendo ter uma governança mais democrática? Quais são os nomes que devem ser exaltados em avenidas, prédios, pontes, cidades, estátuas? Quais os nomes que devem ser mudados para que não se continue consagrando a injustiça que neles é celebrada sob disfarce simbólico? O Núcleo da Estética, Hermenêutica e Semiótica vem há anos se preocupando com o que caracteriza e diferencia a obra estética de outros artefatos, assim, se propõe dar continuidade nas reflexões em tela.
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ARTE, ARQUITETURA E QUALIDADE
v. 9 n. 2 (2019)O NEHS, Núcleo de Estética, Hermenêutica e Semiótica da FAU/UnB reuniu-se em meados de 2019 para definir o cerne de suas então atuais preocupações, um ponto de convergência do que seus diversos membros estavam fazendo e discerniam como relevante para a linha de pesquisa, a fim de nortear seus debates e suas publicações. Confluiu-se para o tema “arte, arquitetura e qualidade”. O cerne do cerne estava no fim: queria-se recuperar a noção de qualidade numa era em que, por toda parte, se trata de definir o qualitativo por quantificações. Partindo dos quatro entendimentos de Aristóteles sobre a noção de qualidade, como houve tal redução para apenas uma? Como se pode pretender definir a qualidade por algo que não consegue abranger sua diferença específica? Como se configura a qualidade que diferencia a arte?
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ARTE, CRÍTICA E LIBERDADE II
v. 9 n. 1 (2019)O número 1-2019, além de trazer contribuições novas, completa a publicação de apresentações feitas no IV SIMPÓSIO DE ESTÉTICA, HERMENÊUTICA E SEMIÓTICA, realizado nos dias 20 e 21 de novembro de 2018, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, com o tema geral “ARTE, CRÍTICA E LIBERDADE”. O Simpósio tinha por objetivo “apreender os processos de construção crítica da arte, as formas como os sujeitos podem absorvê-la, conviver com ela e como esses processos se transcorrem nas instituições de ensino, ambientes de pesquisa e práticas e na própria cidade”.
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Arte, Crítica e Liberdade
v. 8 n. 2 (2018)Esse número 2-2018 da Revista RES contém uma parte das apresentações feitas no IV SIMPÓSIO DE ESTÉTICA, HERMENÊUTICA E SEMIÓTICA, realizado nos dias 20 e 21 de Novembro de 2018, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, com o tema geral “ARTE, CRÍTICA E LIBERDADE”.
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v. 8 n. 1 (2018)
O primeiro simpósio organizado pelo NEHS, em 2015, foi sobre Poder e Manipulação; o segundo, em outubro de 2016, sobre Arte e Metafísica; o terceiro, em outubro de 2017, sobre Arte e Verdade. O primeiro foi publicado na Revista Paranoá número 16 de 2016; o segundo, na RES número 1 de 2017; o terceiro teve uma parte das palestras abrigadas na RES número 2 de 2017, mas, como as participações haviam aumentado, foi preciso abrigar parte das apresentações no presente número. Antes disso, a RES número 1 de 2016 abrigara textos derivados em grande parte de simpósios organizados pelas Faculdades de Arquitetura e de Comunicação da Universidade de Brasília sobre a arquitetura a partir do imaginário e o imaginário a partir da arquitetura. Decidiu-se no presente número retomar o que os números iniciais da RES continham: publicar trabalhos criativos, como projetos arquitetônicos, fotografias, poemas, contos, desenhos.
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Arte e Verdade
v. 7 n. 2 (2017)Este número compila trabalhos apresentados no III Simpósio Simpósio de Estética Hermenêutica e Semiótica, com o tema Arte e Verdade, realizado na Faculdade de Arquitetura da Universidade de Brasília em outubro de 2017.
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v. 7 n. 1 (2017)
Revista se baseia na segunda edição do Simpósio de Estética e Semiótica sobre “Arte e Metafísica”, realizado pelo Núcleo de Estética, Hermenêutica e Semiótica da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, nos dias 24 e 25 de outubro de 2016.
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v. 6 n. 2 (2016)
Este Dossiê de Estudos Clássicos – perspectivas mitológicas faz parte do projeto de Estudos Estéticos, Hermenêuticos e Semióticos que perpassam pela área de Estudos Mitológicos. O que se pergunta é a relação entre estruturas míticas e construções artísticas. Abre-se a necessidade de desenvolver a Mitologia Comparada, área que não tem sido desenvolvida na universidade brasileira.
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v. 6 n. 1 (2016)
Este número da RES aborda a arquitetura a partir do imaginário e o imaginário a partir da arquitetura. Busca justamente esta "coexistência", algo que ocorre tanto no espaço concreto da cidade como no espaço virtual da imaginação. O espaço arquitetônico, a rua, a casa, a quadra, e o espaço comunicacional – cinematográfico, publicitário e midiático – dialoga necessariamente com a emergência da intimidade e do aberto. A noção de afeto permeia tudo, assim como o espanto e o encantamento induzem a uma compreensão da alteridade. O espaço é um meio de constituição do sujeito e meio de expressão de vontades reais e imaginárias.
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v. 5 n. 2 (2015)
O presente número é dedicado aos estudos mitológicos e à influência de mitos no modo de pensar, de valorar, de encarar a vida e a morte. Não interessa ao conservadorismo decifrar esquemas de crenças que servem para controlar e manipular a sociedade, mantendo privilégios de minorias. Não é ocasional a falta de Mitologia Comparada nos estudos universitários brasileiros. Contamos aqui com colaborações de pesquisadores da Argentina, de Portugal, da Espanha e da Itália. O Dossiê está dividido em duas partes que buscam privilegiar dois interesses temáticos específicos, complementares entre si. A primeira aborda questões relacionadas a alma e suas influências míticas. A segunda aborda questões relacionadas a mito e manipulação.
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v. 5 n. 1 (2015)
A cartografia está presente em diversos trabalhos aqui publicados, buscando um diálogo entre geografia e urbanismo. A relação muitas vezes problemática entre sonoridade e cidade também aparece como contrapartida. Buscam-se regras da percepção. Como as pessoas interpretam aquilo que elas avistam? Por que muitas vezes não conseguem discernir a natureza real do que está diante de seus sentidos? Abrem-se assim as questões do que parece ser extrassensorial, ou seja, a questão metafísica enquanto fator determinante da “visão de mundo”.
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v. 4 n. 2 (2014)
A pretexto de que a arte constitui um reino autônomo, ideal, que se afasta do cotidiano, questões estéticas básicas têm sido deixadas de lado, como a estetização da política, a utilização de elementos estéticos na propaganda de governos diversos, a politização da arte. Se a arte tem sido usada para legitimar oligarquias, será que ela realmente livre, como pretendeu o iluminismo? Será que isso é antes um sonho do que uma prática? Qual é a relação que isso vai estabelecer com processos de democratização? Os ensaios se preocupam com os desdobramentos dessas questões.
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v. 4 n. 1 (2014)
Neste número complementam-se estudos anteriores, como o sobre ilustrações sobre a obra de Dante ou sobre o sistema penal e a construção penitenciária. Surgem também novas contribuições, como a sobre a questão da perspectiva no desenho urbano, a iconologia de Panofsky, o espaço sensorial, a arte postal, o futebol. Toda área de conhecimento mostra a presença de outras áreas, que é preciso dominar com cuidado, pois não se trata de um mero jogo de livres associações. É fácil dizer que se devem promover estudos transdisciplinares: difícil, fazê-los com competência.
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v. 3 n. 2 (2013)
Aqui, arquitetos examinam as ilustrações feitas para o Inferno de Dante ou a presença de monumentos em praças públicas. Tem-se também um confronto entre Nietzsche e Heidegger, assim como se discute a relação entre cinema e filosofia. De modos diversos, fazem-se esforços no sentido de captar diálogos entre as artes e das artes com setores do conhecimento. Quer-se uma atualidade filosófica para buscar um distanciamento racional em relação aos fenômenos que marcam a existência contemporânea.
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v. 3 n. 1 (2013)
Neste número enfatiza-se o cruzamento entre Direito Penal e construções prisionais, ou seja, como a sociedade precisa procurar se preservar de criminosos que possam gerar violências, pessoas que cometeram leves delitos e a possibilidade de recuperação de quem tenha cometido erros. Não há quem não tenha errado, mesmo querendo fazer o mais certo. O crime costuma ser cometido em nome de virtudes. Se a liberdade é constitutiva do ser humano, a supressão da liberdade pode piorar o processo de recuperação do sujeito e, ao mesmo tempo, não punir tende à deterioração da vida social.
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v. 2 n. 2 (2012)
A organização das cidades do mundo dito cristão em torno do centro delimitada por um templo católico – seja igreja, matriz ou catedral – ensina aos moradores da cidade que a vida deles deve girar em torno daquilo que é doutrina pela teologia. O templo é um discurso em pedra que leva as pessoas a se convencerem de que o sentido da existência está no além da existência terrena. É preciso um recuo em relação ao doutrinado para que se possa perceber qual tipo de convicção está sendo pregado e apregoado em pedra e que leva os moradores a organizarem seus percursos em função daquilo que é ditado por esse centro. Não entende arquitetura quem só entende de construção espacial.
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v. 2 n. 1 (2012)
No processo de consolidação de sua proposta inicial, este número da Revista traz o diálogo da arquitetura com a filosofia e a psicologia, mas ele se abre também para trabalhos como estudos fotográficos. Tenta-se entender o mais importante filósofo do século XX, Martin Heidegger, para conseguir pensar melhor fenômenos existenciais e construtivos. Morar tem entre nós o duplo sentido de habitar em um lugar e entender algo. As pessoas mudam no espaço e transmudam no tempo. Construir um abrigo num lugar expressa uma compreensão do mundo. O construído é subjetividade objetivada, nele se projetam vetores inconscientes que precisam ser pensados.
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Revista de Estética e Semiótica
v. 1 n. 2 (2011)Esta Revista tem um projeto interdisciplinar, a girar em torno da arquitetura e das demais artes, mas aberto também a trabalhos criativos e a um curiosidade atroz e necessária em torno dos processos de comunicação. Ela é um nicho, surge para resguardar um fluxo descontínuo de preocupações, para criar um espaço em que certas reflexões possam ser veiculadas e expostas. Deriva de uma experiência em ressuscitar a revista Paranoá, que estava desativada na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília. Ela é mantida e veiculada pelo Núcleo de Estética, Hermenêutica e Semiótica (NEHS), que reúne pessoas de origens diversas e é aberto para contribuições das mais diversas áreas e regiões.
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v. 1 n. 1 (2011)
Abre-se o pano: começa a encenação da Revista de Estética e Semiótica. Ela se dispõe a dançar para o mundo todo. Sabe-se como inicia, nem tudo pode ser dito, mas não se sabe qual será seu percurso e onde vai chegar. A linha de pesquisa “Estética, Hermenêutica e Semiótica” se caracteriza pelo trabalho interdisciplinar, se volta para a estética, filosofia da arte, arte comparada, semiótica da cultura, hermenêutica filosófica e arquitetônica, análise e interpretação de obras de arte e de fenômenos culturais relevantes. Tem ainda preocupação acerca da distinção entre espaços construídos e obras de arte arquitetônica, do arquitetônico na filosofia e nas artes, do aproveitamento de figuras de linguagem para o entendimento de obras de arte e monumentos. Ela se ocupa com questões jurídicas, psicológicas, axiológicas e ecológicas que envolvem o processo arquitetônico e urbanístico. Ele tem sentido prático, questiona o belo como algo distante e isento de finalidades.