Perspectivas, percursos e cidade virtual

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18830/issn2238-362X.v13.n2.2023.04

Palavras-chave:

Perspectiva, passeio arquitetônico, realidade virtual

Resumo

Desde os templos gregos, passando pelo Renasci­mento e pela arquitetura palladiana, até o espaço cenográfico do barroco, são diversos os exemplos de arquiteturas consagradas que utilizaram recursos de composição para criar ilusões de ótica. Tais recursos consideram o corpo e o modo com que o sujeito per­ceberá o edifício a partir de perspectivas. Atualmen­te, as perspectivas do espaço “de realidade virtual” são mais bem percebidas por meio de um percurso, que é induzido, mas dando a impressão de ser tribu­tário do sujeito. O sujeito se torna um expectador do espaço configurado para todo homem de qualquer altura. Ou seja, todos terão a mesma perspectiva, já que os percursos são os mesmos. Nesse sentido, ob­servamos uma espécie de massificação do homem, desconsiderando as particularidades individuais fí­sicas e emocionais na sua autonomia.

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Biografia do Autor

Carolina da Rocha Lima Borges

Carolina Borges possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela PUC-GO, mestrado e doutorado na linha de Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo pela FAU-UnB, com interstício na Università degli Studi di Palermo. É professora no curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Brasília, ministrando as disciplinas de Teoria e História da Arte, Arquitetura e do Urbanismo e Projeto Arquitetônico.

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Publicado

02-01-2024

Como Citar

Borges, C. da R. L. (2024). Perspectivas, percursos e cidade virtual . Revista Estética E Semiótica, 13(2), 64–72. https://doi.org/10.18830/issn2238-362X.v13.n2.2023.04