O minimalismo absurdo na animação Morte e Vida Severina de Afonso Serpa

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26512/emtempos.v1i37.34089

Palavras-chave:

Universalismo. Minimalismo. Sina sertaneja.

Resumo

Este trabalho analisa a estética minimalista do Teatro do Absurdo empregada para transformar a peça-poema Morte e Vida Severina em animação cinematográfica 3D. Nesse sentido, analisa-se a produção de uma mise-en-scène marcada, audiovisualmente, por um existencialismo essencial e universal. O enfoque esteve em elementos sonoros e cores monocromáticas que universalizam o sertão através do sentimento de espanto, da sensação de  silêncio  e  vazio  e de  uma  monotonia  existencial.  A  partir  dessas  percepções  mais universais, discutimos como a estética minimalista universal, oriunda do Teatro do Absurdo, se atualiza no cartunismo xilográfico de Serpa. Analisamos ainda como essa técnica, oriunda do Nordeste brasileiro, ajuda a retratar a complexidade e a sofisticação da tragédia humana, em um mundo pós-conflito. A tragédia humana, por sua vez, se atualiza em diferentes eventos históricos, épocas e sociedades. Neste trabalho, vemos o sertanejo Severino se tornar um homem universal, vivenciando no sertão a sua trágica versão de um mundo absurdo.

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Publicado

2020-12-03

Como Citar

SILVA, Daniel Ferreira da. O minimalismo absurdo na animação Morte e Vida Severina de Afonso Serpa. Em Tempo de Histórias, [S. l.], v. 1, n. 37, 2020. DOI: 10.26512/emtempos.v1i37.34089. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/emtempos/article/view/34089. Acesso em: 23 abr. 2024.