Uns índios (suas falas)
DOI:
https://doi.org/10.26512/dasquestoes.v11i1.37256Palabras clave:
Guimarães Rosa, Antropofagia, perspectivismo ameríndio, fala, escuta, letraResumen
A escuta da fala indígena - ou, mais exatamente, das falas indígenas - tem sido, ao longo da história da literatura brasileira, um procedimento decisivo para a configuração das mais variadas poéticas, do Romantismo, ou antes, até o presente. Característica fundamental dessa escuta (dessas escutas, já que também são múltiplas) é a força poética - e mesmo política - que, nela (nelas), podem adquirir mal-entendidos, equívocos, incompreensões, superinterpretações. Neste artigo, são examinados alguns momentos de escuta das falas indígenas por Guimarães Rosa, nos textos “Meu tio o Iauaretê”, de Estas estórias (a partir das leituras decisivas de Haroldo de Campos e Eduardo Viveiros de Castro), “Makiné”, do livro póstumo Antes das Primeiras estórias, e “Uns índios (sua fala)”, do também póstumo Ave, palavra.
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