Passeio público

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Eloá Carvalho

Resumo

A vista do Passeio Público, sempre presente da janela do meu ateliê na Cinelândia,  desperta a investigação sobre sua história e sobre o vazio deixado pela demolição  arbitrária do Palácio Monroe nos anos 1970. A noção desse desaparecimento conduz à  busca por outros apagamentos, como o antigo terraço de Mestre Valentim, antes um  mirante aberto ao mar, impossibilitado de existir após o afastamento do mar com a  construção da Avenida Beira Mar. É nesse lugar que surgiriam os Pavilhões do Passeio  Público, concebidos para a Exposição Internacional de 1922, mas concluídos  tardiamente e convertidos no Theatro Cassino e no Cassino Beira-Mar, ambos de vida  breve e igualmente eliminados da paisagem. A partir desses vestígios e ausências, os trabalhos da artista se articulam entre pinturas  que procuram revelar um Rio de Janeiro extinto. Em Vamos acabar de vez com esses  trambolhos e Nocturno, evocam histórias através de imagens condenadas ao  esquecimento. Já Contradições reúne falas sobre o Passeio desde sua inauguração,  registradas em aquarela sobre cartões, compondo uma linha do tempo que flutuam  entre elogios e críticas que revelam os ciclos de cuidado e abandono do jardim até sua  restauração em 2004.

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Como Citar
CARVALHO, Eloá. Passeio público. Das Questões, [S. l.], v. 21, n. 1, 2025. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/dasquestoes/article/view/60707. Acesso em: 24 dez. 2025.
Seção
Artigos

Referências

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