“MAIS HUMANO QUE HUMANO, MAIS ROBÔ QUE ROBÔ”:
A IMAGEM DO CIBORGUE NA ESTÉTICA ACELERACIONISTA
DOI:
https://doi.org/10.26512/dasquestoes.v12i1.32749Palavras-chave:
Ciborgue, Haraway, Shaviro, Aceleracionismo, EstéticaResumo
RESUMO: o presente artigo visa analisar, na ficção científica, como é retratado o personagem ciborgue que, no nosso entendimento, é aquele ser que está além de dualidades orgânico-artificial, humano-robô, natureza-tecnologia, e também critica a noção clássica de sujeito. Para falar sobre o ciborgue, empreenderemos a tese de Donna Haraway em seu Manifesto Ciborgue. Segundo ela, o ciborgue apresenta um horizonte pós-capitalista, pós-gênero e pós-humano, dado sua quebra de dualidades. Feito isso, iremos expor o “aceleracionismo estético” proposto por Steven Shaviro, que para ele seriam as obras de ficção que exageram e intensificam os terrores do neoliberalismo de forma imanente. Para fazer isso, temos que passar por fundamentos da estética kantiana, bem como a conceituação de Michael Hardt e Antonio Negri do problema da subsunção no capitalismo tardio. Por fim, trataremos de mostrar como a figura do ciborgue é retratada em certos filmes de ficção científica.
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Referências
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